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Sat Jul 15 13:51:57 BRT 2023
Empreendedorismo | ECONOMIA CRIATIVA
Remodelando a indústria tradicional pela economia criativa

Processos baseados em criatividade podem ajudar a inovar estratégias de empreendimentos convencionais sem mudar o público-alvo

· Atualizado em 15/07/2023
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O conceito de economia criativa surgiu em 2001 com um livro escrito pelo inglês John Howkins, Creative Economy, para conceituar “atividades as quais resultam em indivíduos exercitando sua imaginação e explorando seu valor econômico”.  

A economia criativa engloba processos de produção, criação e distribuição de produtos e serviços baseados na criatividade e no conhecimento. Esse modelo de economia engloba empreendimentos que dependem completamente da criatividade de inovar para gerar lucros, como são os segmentos de arquitetura, cinema, moda, design games e audiovisual, entre outros. 

Quando se trata da economia criativa, o trabalho deve ser encarado de maneira diferente do que ocorre nas empresas tradicionais. Isso porque, neste modelo, o importante não é quantas horas se trabalha, mas quanto se produz durante o tempo de trabalho. 

Na economia criativa os processos e o desenvolvimento da empresa devem ser abertos para o público, dando aos clientes a oportunidade de trabalhar em conjunto na geração de valor e de produtos melhores. 

De acordo com a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento), a economia criativa é classificada em quatro eixos: artes, criações funcionais, mídia e patrimônio. Tais eixos ainda se desmembram em outros setores, a saber: 

  • expressões culturais tradicionais; 
  • sítios culturais; 
  • artes visuais; 
  • artes dramáticas; 
  • audiovisual; 
  • publicidade e mídia impressa; 
  • design; 
  • novas mídias; 
  • serviços criativos. 

Dessa forma, ocupações que se relacionam com essas áreas são consideradas trabalhos criativos. 

Atualmente, a economia criativa já representa 7% do PIB mundial, com crescimento de 10% até 20% anualmente. No Brasil, esse segmento já corresponde a 3,5% do PIB, empregando 7% dos trabalhadores no país. De 2012 a 2020, o PIB dos segmentos criativos cresceu 78% em termos absolutos, enquanto a economia brasileira como um todo cresceu 55%. 

Economia criativa remodelando a economia tradicional 

A economia criativa não se restringe apenas aos negócios de base criativa, pois ela também pode ser usada como estratégia para inovar processos nas indústrias tradicionais de micro e pequeno porte, principalmente aquelas que produzem bens destinados ao consumidor final. 

Um exemplo da aplicação do conceito de economia criativa neste contexto é o reaproveitamento de matérias-primas derivadas da sobra da atividade-fim destas indústrias.  

Vejamos o exemplo de uma indústria que fabrica móveis luxuosos planejados. Esta indústria produz armários para cozinhas e quartos e utiliza materiais como o corian, um material sólido composto por resina e minerais naturais, aplicado em superfícies como bancadas de pia de cozinha e banheiro; e o MDF, que são os painéis de fibra de média densidade amplamente utilizados para a confecção de mobiliário. 

Do processo produtivo desta indústria resulta muita sobra destes materiais e eles precisam ter uma destinação. Há maneiras fáceis de descartar esse material, como vendê-los para serem reaproveitados, mas esse não é o modo mais eficiente nem sustentável. 

Para resultar na implantação de um ciclo sistêmico de sustentabilidade para essa indústria, é necessário criar uma outra unidade específica, um spin-off (aquilo que é derivado de algo que já foi desenvolvido anteriormente). 

Dessa maneira, as sobras de material são reutilizadas na produção de uma linha nova de produtos, complementares à atividade-fim da indústria, mas não necessariamente estão ligados à linha principal de atuação. Produtos com design e que agreguem valor para a marca.  

Vimos então que a economia criativa pode inspirar a revalorização dos resíduos, transformando-os em produtos que contribuem para o aumento da sustentabilidade da produção. Essa ressignificação da marca a partir de princípios inovadores e contemporâneos ajuda a atrair novos clientes, aumentar a margem de lucro e a geração de empregos e, portanto, o crescimento da empresa. 

Esse processo é denominado ciclo sistêmico de sustentabilidade, e é inspirado nas ações de economia criativa destinadas a modernizar os processos de indústrias tradicionais sem que para isso tenham que modificar suas atividades-fim. 

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