this is an h1

Durante o tempo de existência de uma empresa, chegar até o momento atual exige a superação de muitos obstáculos, dificuldades e crises. Mas o tempo vai passando e a persistência e resiliência do empreendedor fazem com que, a duras penas, a empresa sobreviva e continue atuando no mercado.

Nesse ciclo quase sem fim de crise, superação, crise, fica sempre a pergunta: quando virá a crise terminal? Aquela que, de tão forte, parecerá insuperável? 

A pergunta que o empreendedor deveria se fazer agora é: será que esse destino quase certo de viver a próxima crise não pode ser quebrado? A resposta é... Sim.

O primeiro passo é sair dessa corrente de preocupação constante pelo próximo ciclo das crises, isto é, continuar a consolidar um padrão que veio do passado. É preciso sair da armadilha de estar preso ao passado e pensar no futuro.

O passado aprisiona, cega e consome as nossas forças e o nosso tempo. É preciso parar de pensar nos problemas e focar nas soluções.

Depois, é fundamental analisar a empresa e identificar o momento em que ela está. Para isso, pode-se utilizar o modelo chamado de Ciclo de Crescimento Empresarial, desenvolvido pelo professor e especialista em organizações norte-americano, Larri Greiner, que identificou os ciclos de crescimento da empresa e quais as ações que devem ser implementadas quando surgem as crises relacionadas a cada ciclo.

O modelo baseia-se no princípio de que cada fase de crescimento alcança um momento de estabilidade, com possibilidades de iniciar uma nova fase de crescimento.

Ao final de cada etapa de crescimento, há um “ponto de virada” identificado como uma crise, que alguns autores chamam de breakthrough. Para sair dessa crise, é necessária uma renovação organizacional permitindo que a empresa salte para a próxima fase de crescimento.

As fases de crescimento

Fase 1 – Crescimento através da criatividade: as empresas nascem pequenas e, nessa fase, o seu crescimento decorre pela criatividade dos sócios, não há especialização, todos fazem tudo e o foco é fazer e vender.

As características da empresa nessa fase é possuir uma estrutura enxuta, a comunicação é informal, os sócios são individualistas e o forte é tomar rapidamente as decisões necessárias para fazer a empresa sobreviver no mercado. O que importa é controlar o volume de vendas.

O crescimento da empresa demanda aumento de funcionários, sobrecarga na gestão administrativa, necessidade por maior volume de capital. Tudo isso resulta numa falta de liderança dos sócios e uma busca pela profissionalização e especialização. A empresa contrata um gerente e define uma distribuição de atividades entre os sócios.

Fase 2 – Crescimento através da direção: a empresa tomou as medidas para superar a crise da fase anterior e saltar para a nova fase de crescimento. Nesse modelo de Greiner, as medidas para superar a crise serão a gênese da próxima crise.

Nessa fase, o gerente não consegue fazer de forma eficiente os controles dos processos em andamento.

A empresa caracteriza-se pelo excesso de burocracia porque foi implantado um orçamento centralizado, as decisões são mais lentas e a empresa passa a viver uma crise de falta de autonomia, em que é necessário aumentar o nível de delegação e distribuição de alçadas para as equipes fora da diretoria da empresa.

Fase 3 – Crescimento através da delegação: a empresa supera a crise e inicia uma nova fase de crescimento. Essa fase é caracterizada pela descentralização, atividades e alçadas foram delegadas, a estrutura descentralizada e os controles passam pelos sócios, passam a ser mais frouxos, baseados em relatórios, isso gera uma crise agora pela necessidade de aumentar o controle.

Fase 4 – Crescimento através da coordenação: a empresa se reorganizou em unidades de negócios, que, se antes eram isoladas, agora são coordenadas. A empresa nessa fase se caracteriza pelo controle baseado em planos, processos são padronizados, a responsabilidade pela eficiência e melhoria dos resultados abrange toda a estrutura organizacional e os sócios agora possuem um papel mais estratégico.

A nova crise surge em razão da burocracia, porque tudo está muito padronizado e com muitas normas.

Fase 5 – Crescimento através da colaboração: nessa nova fase de crescimento, substituíram-se os controles pela autonomia e o bom senso na tomada de decisões. A estrutura se transforma adotando modelos mais flexíveis, há uma maior participação dos colaboradores nas decisões da empresa, o controle é estabelecido com múltiplos objetivos.

Os sócios focam em buscar novos parceiros, fazer alianças e fusões. Pouco se observa o mercado e as mudanças que estão acontecendo no ambiente externo, e isso gera uma crise ocasionada pelas mudanças internas que provocaram um foco maior da empresa para dentro da organização. 

Fase 6 – Crescimento através de alianças: a empresa entra em uma nova fase de crescimento em que os sócios passam a ter um papel maior de consolidar a união de todas as estruturas agregadas, sem esquecer o papel estratégico, as estruturas continuam flexíveis, novas empresas foram criadas e há a necessidade de uma holding.

Vai surgir a nova crise, que é caracterizada pela falta de identidade da empresa. 

O importante, agora, é identificar em que fase a sua empresa está, compreender que as soluções adotadas vão gerar crescimento, mas também novas crises.

Analisando a empresa, observando a fase em que ela se enquadra, é possível provocar a renovação e tomar as atitudes mais adequadas para superar a crise, voltar a crescer e se preparar para a nova crise que virá. 

E sabe quem é o seu parceiro para todas as fases? O Sebrae. Acesse o Portal Sebrae e conheça as nossas ferramentas, os conteúdos, vídeos e cursos para elaborar as melhores soluções para superar as crises.

Comece fazendo os nossos cursos EaD Como agir de maneira empreendedora e Como expandir seu negócio.