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Empreendedorismo | ATITUDE EMPREENDEDORA
Ser feliz, empreender ou ser feliz empreendendo?

Cristiano Brega, CEO da Confiance Medical Produtos Médicos, conta que é possível conciliar empreendedorismo com vida pessoal e obter satisfação.

· 15/04/2015 · Atualizado em 22/08/2022
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Minha empresa fez, em 2022, 20 anos de idade, mas foi só a partir de 2011 que ela começou a se tornar um negócio de alto impacto. Como na maioria das empresas pequenas, manter um alto crescimento se dá graças a alguns sacrifícios dos sócios. Os momentos de descanso com a família, a cervejinha com os amigos e o futebol com a galera várias vezes ficaram para trás por causa do trabalho.

Se olharmos o significado de “conciliar” no dicionário, uma das definições é: “chegar a acordo com”. Durante algum tempo, eu pensei que seria tranquilo fazer trabalho e vida pessoal chegarem a um acordo, mas, para esses dois se entenderem, eu pagava o pato, dormindo cada vez menos. Uma hora meu corpo gritava desesperado, mas, antes disso, nasceu minha amada Luísa.

Enquanto centro do que já aconteceu de mais especial na minha vida, a Luísa também disputava meu tempo. Família (agora com ela), trabalho e lazer se afastaram um pouco mais daquela ideia de conciliação. Para completar, passei no processo seletivo que me tornou Empreendedor Endeavor e, com isso, assumi compromissos como o de escalar o impacto da minha empresa e o de contribuir com meu conhecimento para as próximas gerações de empreendedores. O acordo estava perto do impossível. Voltei ao dicionário.

“Combinar elementos aparentemente divergentes, contrários ou incompatíveis" era justamente o que a correria estava parecendo: incompatível. Passei a me fazer, com certa frequência, algumas perguntas: o que eu quero para a minha vida? Será que estou disposto a abrir mão do convívio com a minha família e, principalmente, de acompanhar o crescimento da minha filha, para ter uma empresa que fature cinco vezes mais do que fatura hoje? Até que ponto vale a pena o sacrifício pessoal pelo crescimento da empresa?

Quando percebi que as respostas não viriam sozinhas, recorri a pessoas que já enfrentaram esse desafio. Só que o tiro saiu pela culatra, porque, para essas questões, não existe certo ou errado. Alguns me diziam que era possível conciliar, outros sugeriam escolher um caminho ou outro.

Um grande empreendedor aconselhou que eu não me preocupasse, pois meu coração indicaria a melhor direção, dando a entender que a conciliação seria improvável. Saí dessa conversa muito confuso, até desanimado. Eu precisava de outra resposta e fui correr atrás do que eu queria ouvir. 

Em busca da felicidade 

Foi quando, em uma mentoria, conheci um embaixador da Endeavor que me marcou muito. Não tive coragem de falar sobre esse tema com ele pessoalmente, mas depois, por e-mail, não resisti. Ele era, afinal, um exemplo perfeito: além de ser empreendedor serial (tem mais de dez empresas), também é casado, tem filhos e uma linda netinha. “Como é, mentor? É possível conciliar?”, perguntei.

Com muita simplicidade, ele respondeu o tão esperado sim e completou com a seguinte frase: 

“Se a felicidade não é uma das metas do seu projeto, não se meta nele!”

Foi como uma ficha esperando para cair: é possível, sim, conciliar trabalho e vida pessoal, porque, se você for feliz com os dois, eles nunca serão conflitantes. Eu adoro empreender na Confiance e sou completamente apaixonado pela minha família.

O apoio da minha esposa é fundamental para o meu crescimento profissional e ela me apoia porque sabe que sou feliz com o meu trabalho, ao passo que ser feliz no trabalho me ajuda a alcançar uma satisfação plena e buscar retribuir para fazer minha família mais feliz. Nesse ciclo vicioso do bem, a cada dia fico mais forte na busca dos meus objetivos.

Recentemente, um amigo me falou: “Deve ser muito difícil chegar em casa e ainda ter que cuidar da família, não sei como você consegue”. Para ele, minha resposta foi: “Na verdade eu não sei como consegui chegar até aqui sem elas!”. Trabalhar 12 horas por dia no que você gosta não é cansativo, cansativo é trabalhar uma hora no que você não gosta. Ficar com a família que você ama, depois de 12 horas de trabalho, não é cansativo. Pelo contrário, é a melhor forma de recarregar suas baterias para o dia seguinte.

Eu só sei de uma coisa: empreender no Brasil não é fácil - às vezes a gente fraqueja e pensa em desistir. Nessas horas, é muito bom ter uma vida pessoal para a qual fugir: amigos para tomar aquela cervejinha junto ou uma família que te apoia e fica ao seu lado. 

Quando a Sarah estava grávida, a música que eu mais colocava na barriga dela era “Bridge over troubled water”, na voz do Elvis Presley, pensando que um dia eu a cantaria para a Luísa. Hoje, eu vejo que é exatamente o inverso: elas são a minha ponte sobre águas turbulentas. São as minhas meninas que me dão essa força. Por isso, lembre-se sempre das palavras do meu mentor: só se meta onde puder ser feliz!


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