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Mon Jun 05 21:29:16 BRT 2023
Empreendedorismo | EMPREENDEDOR
Ser um jovem empreendedor no Brasil

Entender o comportamento e as necessidades desses empreendedores é fundamental para que sejam pensadas maneiras de apoiar e incentivar o empreendedorismo.

· Atualizado em 05/06/2023
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O brasileiro sempre teve certa tendência para o empreendedorismo. Assim, os desafios impostos pela crise econômica, juntamente com o sonho de conquistar a liberdade e a autonomia financeira, têm cooperado diretamente com o crescimento do empreendedorismo no Brasil. De acordo com o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2020, realizado com apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), 59% dos brasileiros desejam ter o próprio negócio.

Entre os jovens, empreender é um pouco mais desafiador, pois mesmo que apresentem ideias inovadoras com estratégias traçadas para colocá-las em prática, muitas vezes, surgem obstáculos na hora de buscar investimentos.

Segundo estudo realizado pelo Sebrae, utilizando dados da PNADC (I trimestre de 2012 a II trimestre de 2021), no segundo trimestre de 2021, havia 28,6 milhões de “donos de negócios” (Empregadores + Conta Própria) no Brasil, sendo que 1,9 milhão tinha até 24 anos (6,8% do total).

O Sudeste concentra 38% desses “donos de negócios”. Os estados que lideram o ranking são: SP com 18,7% e MG com 9,7%. 

Os "donos de negócios" com até 24 anos possuem as seguintes características:

  • São os que têm maior proporção de ensino médio (esta proporção cresceu nas últimas duas décadas: 49% têm nível médio);
  • São os que mais trabalham em tempo parcial;
  • São os que mais se dedicam a um único trabalho/atividade (o negócio);
  • São os que têm a maior a proporção de negócios informais;
  • São os que estão há menos tempo na atividade atual (o negócio);
  • São os que têm a menor proporção de “chefes de domicílio” (e a maior como “filhos”);
  • São os que têm a maior proporção de pessoas que se auto classificam como negras (pretos + pardos);
  • São os que têm a maior proporção de Conta Própria (e menor de Empregadores);
  • São os que têm menos empregados;
  • São os que ganham o menor rendimento;
  • Estão entre os que foram mais prejudicados pela pandemia (ao longo de 2020);
  • 46% estão em serviços, 22% no comércio, 14% na construção, 12% na agropecuária e 6% na indústria.

Assim, para que esses empreendedores tenham mais chances de prosperar nos seus negócios, é preciso apoio no sentido de terem mais conhecimento sobre  mercado e gestão empresarial, assim como oportunidades de financiamento. O mercado ainda não enxerga com bons olhos o empreendedor jovem, principalmente quando se fala da questão de investimento inicial, uma vez que não tem uma garantia para dar, nem experiência comprovada no universo dos negócios. Como os dados têm mostrado, empreender é um caminho para muitos jovens que esbarram na falta de emprego ou para garantir uma renda extra, por exemplo. Essas são motivações importantes para dar início ao negócio próprio, mas é necessário ir além do empreendedorismo por necessidade e apoiar jovens empreendedores.

Diante desse cenário, um dos caminhos para tirar a ideia do papel e realmente começar e desenvolver algo, é a incubação de negócios. O termo incubação pode parecer diferente para algumas pessoas, pois remete ao ato, natural ou artificial, de chocar ovos. No mundo dos negócios, esse processo se refere a um projeto ou empresa que tem como objetivo a criação ou desenvolvimento de pequenas ou microempresas, em que são apoiadas nas primeiras etapas de suas vidas.

As incubadoras oferecem consultoria desde a fase inicial do projeto, em que se desenvolve a ideia do negócio, porém, sua função vai muito além. É possível que o apoio inclua um espaço físico com os serviços básicos, como água, luz, telefone e Internet, além de orientação legal, financeira, contábil etc. Ainda, em alguns dos casos, se fomenta o contato com potenciais investidores. As incubadoras de empresas podem ser entidades públicas ou privadas e, é preciso participar de um processo seletivo para que um negócio faça parte de uma delas.

Os principais objetivos de uma incubadora são:

  • Apoiar o surgimento de novas empresas;
  • Minimizar o risco do fracasso de um novo negócio;
  • Assegurar o sucesso de projetos inovadores;
  • Colaborar com o crescimento de um negócio.

Conte sempre com o Sebrae para ajudar a levar o seu sonho mais longe. Temos uma série de cursos e materiais que poderão ajudar na sua jornada empreendedora.

Saiba mais:

Se precisar, procure a ajuda especializada do Sebrae, no seu estado.

Artigo criado a partir do conteúdo do DataSebrae

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