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Da mesma forma que as pessoas precisam se destacar no ambiente de trabalho, as empresas também precisam ser reconhecidas por seu público, pelo mercado e buscar ser referência no segmento em que atuam. Essa busca por um título de referência é chamada de vantagem competitiva.

A vantagem competitiva consiste no diferencial que uma empresa ou pessoa apresenta em relação a seu concorrente - seja pelo nível de esforço, organização, desempenho financeiro ou características econômicas. Ou seja: quando um cliente dá preferência para sua empresa em vez da concorrente, é um sinal de que você possui vantagem competitiva sobre a concorrência.

Além da competição, existe também a vantagem comparativa - outra forma de uma empresa sair na frente – que diz respeito à eficiência, à vantagem que ela possui por ser capaz de produzir algo especializado, oferecendo determinado produto ou serviço de maneira eficiente e vantajosa - especialmente quando comparada a outras marcas do mesmo segmento.

Desta forma, desenvolver pontos diferenciais é determinante para o sucesso de qualquer empresa. Para classificar de forma mais precisa esses diferenciais, é preciso conhecer as cinco forças de Porter. Essas forças direcionam o desenvolvimento de estratégias focadas no sucesso, observando diferentes necessidades do mercado.

Existem três características fundamentais para definir a vantagem competitiva de uma empresa:

• Gerar valor ao cliente: ou seja, obter uma percepção positiva aos olhos do cliente. 
• Ser insubstituível: a vantagem competitiva não deve ser replicada, adaptada ou substituída pelos concorrentes. 

• Ser sustentável: para se tornar uma real vantagem, ela precisa ser duradoura. Caso contrário, ela deixará de sê-la em breve.

Outro ponto importantíssimo é a inovação. Ter este conceito no sangue da empresa também é uma forma de manter um diferencial competitivo. Para que ela tenha a cultura da inovação, é necessário treinar as pessoas e fazer com que novas ideias sejam aceitas mais facilmente dentro da empresa.

A importância da biodiversidade

O termo biodiversidade foi usado pela primeira vez na década de 1980, como sinônimo da expressão da diversidade biológica. Falar em diversidade biológica é falar da riqueza de espécies de uma região, bem como das variações ocorrentes nessas espécies.

Todas as áreas do planeta apresentam biodiversidade, entretanto em algumas regiões ela é maior, o que não significa que sua importância seja diminuída quando em menor quantidade. Cada espécie tem seu papel na natureza e é fundamental para o equilíbrio do ecossistema.

O Brasil ocupa quase metade da América do Sul e é o país com a maior diversidade biológica do mundo. São mais de 116.000 espécies animais e mais de 46.000 espécies vegetais conhecidas no país, espalhadas pelos seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos.

As diferentes zonas climáticas do Brasil favorecem a formação de biomas (zonas biogeográficas), a exemplo da Floresta Amazônica, maior floresta tropical úmida do mundo; o Pantanal, maior planície inundável; e da floresta tropical pluvial da Mata Atlântica. Além disso, o Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km², que inclui ecossistemas como recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos.

A biodiversidade é importante em diversos aspectos. De acordo com a “Convenção sobre Diversidade Biológica”, ela apresenta valores ecológico, genético, social, científico, educacional, cultural, recreativo e estético.

Além disso, apresenta também importância econômica. Como sabemos, os seres vivos são importante matéria-prima na fabricação de alimentos, medicamentos, cosméticos, vestimentas e até habitação. Preservar e saber trabalhar com esta diversidade biológica é garantir que esses recursos não faltem no futuro e que o meio ambiente permaneça em equilíbrio.

É fundamental investir em pesquisas

Cientistas e economistas brasileiros cobram das empresas maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento para assumir a liderança no potencial econômico da biodiversidade do Brasil.

É preciso gerar valor econômico na diversidade de espécies. O Brasil ainda explora muito pouco o potencial econômico da diversidade biológica amazônica, por exemplo, e podemos citar produtos como o açaí, o cacau e a castanha, que têm comprovadamente rentabilidade muito maior por hectare do que a pecuária.

O desafio das empresas é enxergar potencial na biodiversidade e, para isso, precisam investir em pesquisa e ciência para a viabilização de novos produtos e tecnologias para um desenvolvimento efetivamente sustentável. A diversidade biológica precisa ser um elemento-chave para a gestão dos negócios, hoje e a longo prazo.

Startups brasileiras podem se destacar em relação ao mundo

Em maio de 2022, o Sebrae promoveu o Startup Day, evento que teve como objetivo a capacitação e conexão de startups e contou com diversos agentes do ecossistema de inovação do país. Os empreendedores tiveram a chance de ampliar os seus conhecimentos e fortalecer os negócios por meio de palestras e ações em todos os estados, contabilizando mais de 80 cidades.

Um dos destaques da programação foi o painel sobre o Inova Biomas, programa do Sebrae que trabalha a temática da bioeconomia, conduzido pela coordenadora do projeto, Valeria Schneider Vidal. “A proposta é que, ao longo do tempo, a ação se estenda para todos os biomas brasileiros. Atualmente estamos realizando o Inova Amazônia, para fortalecer a bioeconomia na região e fomentar o crescimento econômico com inovação aberta, aliado à conservação ambiental”, explicou Valeria.

O objetivo do Inova Biomas é gerar renda e qualidade de vida para o empreendedor, preservando a diversidade biológica brasileira. Além de fomentar modelos de negócios inovadores voltados para a preservação ambiental. 

Em resumo, vimos neste artigo que startups brasileiras podem aumentar sua capacidade de competitividade com relação ao resto do mundo com o aproveitamento inteligente da diversidade biológica.

Um bom exemplo é a implementação da agricultura do século 21, que permite aumentar a produção agrícola usando tecnologias, praticando a agricultura regenerativa (quando se prevê a restauração dos ecossistemas), elaboração de produtos acabados ou semiacabados, em lugar de prover matérias primas.

Vale frisar que as novas startups precisam entender que a diversidade biológica brasileira não possui apenas potencial alimentar, mas um enorme potencial biológico e microbiológico que pode gerar incalculáveis benefícios para a humanidade.

Além disso, a implementação de processos tecnológicos simples pode ser um grande diferencial competitivo nos mercados nacionais e internacionais, se pensarmos que cada produto da nossa biodiversidade é único.

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