Pesquisa realizada pelo Sebrae e Abracerva revela cenário de expansão dos negócios das cervejarias artesanais brasileiras
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O mercado brasileiro de cervejas tem crescido significativamente nos últimos anos e continua em desenvolvimento, gerando oportunidade aos que desejam empreender na área. Nesse cenário, o Sebrae, em parceria com a Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), realizou o 2º Censo das Cervejas Independentes Brasileiras para conhecer melhor quem está à frente dessas cervejarias no Brasil.
A pesquisa também é importante para avaliar o mercado atual e favorecer o desenvolvimento de estratégias que qualifiquem o empreendedor cervejeiro e impulsionem a expansão dos negócios. O censo foi realizado entre maio e setembro de 2021, com 306 respostas de produtores de fábrica própria, produção terceirizada (cervejaria cigana) e bar próprio (brewpub) (7%).
Sobre a forma de produção, 87% dos respondentes consideram sua produção artesanal. Vale ressaltar que não há definição oficial para cerveja artesanal, mas a maioria se coloca nesta categoria.
Perfil dos empreendedores
Entre esses empreendedores, predomina a presença masculina (90%), , com média de idade de 45 anos e alto grau de escolaridade ((32% tem ensino superior completo e 44%). Os proprietários de pequenas cervejarias também têm como característica a busca por especialização.
Considerando a distribuição geográfica, a pesquisa revelou que São Paulo (38%) e Minas Gerais (15%) são os estados com o maior número de respondentes de cervejarias independentes, seguidos por Rio Grande do Sul (11%) e Distrito Federal (10%).
Os negócios são jovens – 75% dos negócios foram fundados nos últimos 6 anos. Os empreendimentos são mais comumente dirigidos por um, dois sócios ou três, e a maioria deles tem de um a dez funcionários alocados diretamente nas etapas de operação.
A maioria dos donos de cervejarias independentes começou seu negócio de forma caseira.
Faturamento
Em relação ao faturamento de 2020, a maioria dos entrevistados (44%) declarou que foi pior do que o ano anterior (2019), resultado visto em diversos setores por conta da pandemia da covid-19. Para 29% não se aplica, pois são novas cervejarias, 23% declarou ter sido melhor que o ano anterior e para 4% se manteve.
Em relação a 2021, o resultado parcial mostrou que a maioria dos entrevistados (41%) relatou estar empatando receita e despesa, e 37% informou apresentar prejuízo nesse momento. O resultado sinaliza cautela.
Mesmo com o crescimento no número de cervejarias independentes, e elas sendo consideradas as principais concorrentes entre os respondentes, a maioria dos empresários (64%) enxergam que ainda há espaço no mercado para a entrada de novas cervejarias.
Produção própria
Boa parte das cervejarias independentes com produção própria declarou produzir até 5.000 litros mensais. Em relação à capacidade máxima de produção, .37% declarou ser capaz de produzir até 10.000 litros e 14% até 30.000.
Contribuindo para a redução da ociosidade na capacidade instalada, pouco menos da metade (45%) das cervejarias independentes com fabricação própria produz para terceiros. Quanto ao tipo de envase mais comum entre esse perfil de cervejarias, prevalece o barril de inox (64%).
Produção cigana
Quando o foco são as cervejarias independentes ciganas (produção terceirizada), o volume de fabricação de 45% chega até 500 litros. A produção média, por sua vez, está em 1.661 litros por mês.
Capacitação
A maioria dos empresários (81%) declarou que já realizou curso sobre tecnologia e/ou produção cervejeira. Na sequência, predominam os cursos sobre estilos, sommelier e harmonização.
A maioria dos empresários (79%) declarou que já realizou curso sobre tecnologia e/ou produção cervejeira. Na sequência, predominam os cursos sobre , sommelier, estilo e harmonização.
E você quer saber mais para entrar no ramo cervejeiro ou para expandir os negócios da sua cervejaria?
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