Um negócio que começou no fundo de quintal e se transformou em uma franquia que já se espalhou por vários estados brasileiros e pretende conquistar o mundo
O ano era 1971. O filme que chegava às telonas contava a história que parecia ser voltada, única e exclusivamente às crianças, um filme infantil. Mas, não era bem assim. Apesar do colorido das imagens, da trilha sonora divertida, dos personagens fantasiados e da profusão de doces, o filme vinha recheado de metáforas que abordavam temas como humildade, solidariedade, persistência e ética.
O enredo era simples: Um excêntrico dono de uma fábrica de chocolates buscava alguém para ser o herdeiro de seu império de guloseimas. E decidiu fazer isto colocando crianças e adultos, sorteados ao acaso, para fazerem uma visita à fábrica misteriosa. Sem que eles soubessem, ao serem sorteados iriam, na verdade, participar de uma competição. Entre as crianças que disputavam a prova havia manifestações de birra, manha, trapaça, orgulho, preconceito, ambição que revelavam traços da educação que recebiam em casa ou no ambiente em que viviam. E a história termina recompensando com a vitória a criança que lidou melhor com todas essas variantes, fazendo prevalecer princípios como honestidade, coragem e equilíbrio.
O filme, que custou à época três milhões de dólares para ser produzido, não teve um grande sucesso na bilheteria. Quando deixou as telas do cinema no mundo, tinha faturado quatro milhões de dólares. Pouco para a expectativa gerada pelo lançamento. Mas, com o passar do tempo e o início da veiculação nas TV do mundo inteiro, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” virou um filme cult e se tornou um clássico da cinematografia mundial. Tanto que, mais recentemente, mereceu até uma refilmagem dirigida por Tim Burton, cineasta conhecido pelo cinema fantástico, criador de personagens exóticos, que adora contar histórias que misturam terror, suspense e diversão.
Guardadas todas as proporções, a história do filme revela um paralelo com a história de Rafael Nunes, um paulista de nascimento que adotou Curitiba como sua cidade do coração. Curioso por natureza, Rafael começou cedo a empreender. Muito mais pela intuição do que por qualquer outra coisa. Sua primeira aventura no mundo dos negócios é fruto do seu interesse por vinhos.
Ainda em São Paulo, leu e estudou tudo o que podia sobre o assunto e terminou trabalhando por algum tempo numa importadora. Ele mesmo conta que, em pouco tempo, chegou ao topo do que a empresa poderia lhe oferecer. E ele nunca escondeu a ambição característica dos que sabem que podem ir além. Ele foi.
Mudou-se para Curitiba aos 17 anos. Mudou de ramo e começou a fabricar pipocas coloridas para vender numa rede varejista. Inquieto, percebeu em pouco tempo que a pipoca era volumosa na aparência, trabalhosa na feitura e minúscula no rendimento.
Habilidoso com as mãos e com a mente, Rafael logo percebeu que não precisava sair do mundo da alimentação, mas precisava de um produto que fosse mais perene e que chamasse mais a atenção dos consumidores. Ao mesmo tempo, não queria repetir fórmulas já conhecidas, queria inovar no seu negócio.
Foi quando descobriu o chocolate como matéria prima. Da sua cabeça criativa nasceu a marca do seu empreendimento OZ Candy Company. O nome em inglês revela um olhar ambicioso e ousado. Ela dá os primeiros passos aqui no Brasil, mas quer conquistar o mundo.
Para quem olha, à primeira vista, a marca OZ, associada a ilustrações de uma cartola e quase sempre com imagens divertidas, lúdicas, pode imaginar que tenha ali uma proposital associação com outro clássico do cinema infantil, “O Mágico de OZ”. Mas, neste caso, o OZ aqui não vem da magia, apesar do negócio ter alcançado em pouquíssimo tempo resultados e proporções mágicas. O OZ da marca tem a ver com a Onça, uma medida de volume usada nos países Anglo-saxões para dimensionar o conteúdo de algum volume.
A Oz Candy Company, que começou em um fundo de quintal hoje tornou-se uma franquia que já se espalhou por vários estados brasileiros, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Rafael, seu fundador, cuida pessoalmente do lançamento dos produtos que começaram com a modesta marca de seis sabores. Hoje, já são quase cinquenta tipos diferentes de chocolates. E atendem a todos os gostos. Dos que privilegiam o paladar mais abrasileirado, compostos com frutas regionais, como a banana e o cupuaçu; até os que valorizam também o requinte dos sabores trufados, com licor e whisky.
O fundador da Choco Oz acredita tanto no nicho de consumo que descobriu que não tem concorrentes. Quando analisa os preços do chocolate que fabrica e vende, Rafael pondera que os seus custos lhe permitem manter preços abaixo das mais conhecidas marcas importadas, o que, segundo ele, lhe dá ampla vantagem no mercado diferenciado que compra os seus produtos.
Em pouco tempo, a OZ estará de casa nova. Os frutos do que foi investido por Rafael em quatro anos de existência do seu empreendimento renderam bem acima da expectativa inicial e permitiram que ele tirasse do papel o sonho de construir uma fábrica própria, com cinco mil metros quadrados, em Campo Largo, região industrial nas proximidades de Curitiba.
Para o Sebrae, Rafael Nunes reúne as principais características, necessárias ao bom empreendedor do chocolate. Ele estudou o mercado e aperfeiçoou as suas habilidades antes de se aventurar no negócio. Depois, percebeu que precisava corrigir a rota e não teve medo de recomeçar. Mas sempre tomando como precaução o cuidado de perceber as exigências do mercado e as tendências de consumo.
A vivência no ambiente exigente do varejo fez dele um especialista nessa atividade. Cuida com rigor da logística de distribuição, identifica e corrige os pontos críticos na entrega do produto aos seus clientes e não descuida da comunicação, por meio das redes sociais. Aliás, um dos caminhos que lhe dá maior projeção no mercado e com o qual pretende, no futuro, chegar mais rapidamente aos vizinhos Uruguai e Chile. E mais tarde, quer transpor o oceano para alcançar o mercado comum europeu.
A base que torna possível a realização de todos esses projetos negociais está na dedicação de Rafael e sua equipe. Cada etapa de produção é exaustivamente conferida. Da atratividade da embalagem até o rigor com a qualidade e variedade do produto. Por fim, A Choco OZ não está parada no tempo. A cada nova etapa vencida, a empresa estabelece uma meta, mais ousada ainda. Tanto é assim que Rafael Nunes não para de sonhar. Já vislumbra a nova fábrica se transformando num ponto turístico da região.
Nela, ele pretende pôr em prática um programa de atividades ligadas ao universo do chocolate. Quer permitir aos seus clientes a possibilidade de visitar a fábrica, conhecer as várias etapas de produção e desenvolver atividades temáticas.
Apaixonado pelo que faz, ele também tem um olho na necessidade de apoiar quem decide caminhar ao lado dele. Costuma dizer que os seus franqueados são parceiros de jornada. A relação entre eles vai além do que a frieza dos contratos preveem. Outra característica do seu negócio é a determinação por movimentar a economia local. Tem claro em sua política de relacionamento a necessidade de impulsionar novos empreendedores locais com treinamento e capacitação. É dessa forma que ele planeja em pouco tempo poder abrir lojas com a sua marca em todas as capitais brasileiras.
No fundo, no fundo, Rafael Nunes é um candidato fortíssimo a se transformar num Willy Wonka brasileiro, dono de uma fantástica fábrica de chocolates. Com a particularidade de que ele, tão cedo, não pretende abandonar a linha de frente do seu negócio. Antes, quer desembarcar com as guloseimas brasileiras, padrão exportação, pelo mundo afora.
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Sat Jul 27 00:01:37 BRT 2024
Como emitir e pagar a guia DAS-MEI
A principal obrigação do MEI é pagar a “mensalidade” do MEI todos os meses, no dia 20. É muito importante esse pagamento, pois é através dele que você terá acesso aos seus benefícios previdenciários. Às vezes, nos deparamos com uma pessoa MEI que diz coisas assim: “ah... eu não paguei porque não tive tempo de ir na Sala do Empreendedor ou no Sebrae para emitir minha guia e eu não sabia como fazer isso”. Pois neste artigo vamos mostrar como é simples emitir a guia DAS-MEI. Inicialmente precisamos dizer que o MEI tem muitas opções para realizar a quitação das suas parcelas mensais. Aquela que consideramos a melhor opção é o débito automático. O MEI só precisa autorizar uma vez, e o débito ocorre automaticamente todos os meses, bastando controlar para garantir que tenha saldo suficiente no dia 20 de cada mês. Para isso, o microempreendedor precisa ter conta em nome do MEI ou mesmo de sua pessoa física (conta de terceiros não é aceita) em um dos bancos conveniados: 001 - Banco do Brasil S/A003 - Banco da Amazônia S/A004 - Banco do Nordeste do Brasil S/A021 - Banco Banestes S/A033 - Banco Santander (Brasil) S/A041 - Banco do Estado do Rio Grande do Sul S/A047 - Banco do Estado de Sergipe S/A070 - Banco de Brasília S/A104 - Caixa Econômica Federal237 - Banco Bradesco S/A341 - Itaú Unibanco S/A389 - Banco Mercantil do Brasil S/A748 - Banco Cooperativo Sicredi S/A756 - Banco Cooperativo do Brasil S/A Como esta lista é dinâmica e a qualquer momento pode ocorrer a inclusão de novos bancos, ou até a exclusão de algum, sugerimos a consulta quando tiver o interesse. Essa opção é formalizada no Portal do Simples Nacional, sendo necessário que o MEI tenha cadastrado o seu código de acesso. Outra opção é efetuar o pagamento on-line das guias DAS-MEI. Neste caso, precisa ter uma conta pessoa física ou jurídica no Banco do Brasil e, no dia em que desejar pagar, acessar o Portal do Empreendedor e escolher a opção pagamento on-line. Finalmente, temos a opção de gerar a guia DAS-MEI tanto pelo Portal do Empreendedor como pelo app MEI, da Receita Federal, ou pelo app Meu Sebrae, disponibilizado pelo Sebrae. Após gerar a guia DAS-MEI, você poderá escolher a forma de efetuar o pagamento conforme as opções descritas abaixo: Imprimir a DAS-MEI, se dirigir a uma lotérica ou agência bancária e realizar o pagamento; Utilizar o QR Code gerado e realizar o pagamento pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco por meio de Pix; Utilizar o código de barras e pagar pelo internet banking ou pelo aplicativo do seu banco. Abaixo descrevemos algumas opções para você gerar/emitir a sua guia DAS-MEI. Passo a passo fácil pelo app Meu Sebrae Primeiro, você deve entrar na sua loja de aplicativos, App Store ou Play Store, e baixar o app Meu Sebrae. Com o app aberto, clique em criar conta; depois informe o seu CPF, seu nome, seu e-mail e sua data de nascimento. Para finalizar, escolha uma senha para acessar o aplicativo. Digite a senha mais uma vez para confirmar. Pronto, você estará cadastrado. Agora, na tela inicial do aplicativo, você deve clicar em “Serviços” e depois em “Serviços MEI”; em seguida, clique em “Pagamento de Contribuição Mensal” e em “Boleto de Pagamento”; em seguida, clique na opção “Cadastrar nova empresa” e, finalmente, informe o seu CNPJ. Agora é só escolher o ano da contribuição e o mês vigente e baixar o boleto da DAS. De forma simples e rápida, você gerou a guia DAS-MEI. Agora é só salvar e escolher a maneira que mais lhe convier para efetuar o pagamento: pelo QR Code com Pix; imprimir o boleto e ir a uma lotérica ou agência bancária para pagar; com o código de barras, pagar pelo internet banking ou app de seu banco. Passo a passo pelo app MEI da Receita Federal Na loja de aplicativos, App Store ou Play Store, baixe o app MEI. Na tela inicial do aplicativo, inserir o CNPJ, escolher a opção “Emitir DAS”; selecionar o ano e o mês para o qual você quer emitir a guia DAS; ela estará disponível e tem opção de exibir/salvar/compartilhar ou copiar o QR Code para pagar por meio de Pix. Passo a passo para emissão da guia DAS-MEI pelo Portal do Empreendedor Entre no Portal do Empreendedor na plataforma gov.br; Clique na guia “Já Sou MEI”; Depois em “Pagamento da Contribuição Mensal (DAS)”; Em seguida em “Boleto de Pagamento”; Preencha o CNPJ da sua empresa e clique em continuar; Clique em “Emitir Guia de Pagamento (DAS)”; Em “Informe o Ano-Calendário”, selecione o ano e clique em “OK”; Selecione o(s) mês(es) do ano que você deseja gerar o(s) boleto(s); Informe a data em que você deseja pagar o boleto e clique em “Apurar/Gerar DAS” (se for antes do vencimento ou se estiver vencido e deseja pagar no próprio dia da emissão não precisa preencher); Aparecerá na tela a mensagem “Os documentos DAS foram gerados com sucesso!” Clique em “Imprimir/Visualizar PDF”; Após a visualização, você pode imprimir, salvar ou compartilhar a guia DAS ou pagar conforme uma das modalidades já explicadas acima. Qualquer uma das formas descritas é segura e garante ao MEI estar com a sua obrigação em dia. Importante! O Sebrae está sempre disponível para ajudar o MEI e os micro e pequenos empreendedores em geral em todas essas etapas com consultorias e cursos on-line ou presenciais, muitos deles de forma gratuita. O empreendedor pode esclarecer dúvidas, buscar ideias e se qualificar em qualquer área que precise procurando cursos e consultores do Sebrae. É só acessar www.sebrae.com.br. Saiba mais: Portal do Sebrae: Cursos gratuitos on-line: O que você quer aprender hoje? Veja o que você precisa saber antes de virar MEI e quais são as principais obrigações do MEI após a formalização. Portal do Empreendedor: Pagamento da Contribuição Mensal (DAS); Emissão da Guia DAS-MEI. FONTES:1. Atenção ao novo valor de contribuição do MEI!2. MEI terá novo valor de contribuição3. Como emitir a guia DAS em menos de 1 minuto4. O que acontece se você formalizar seu MEI e não pagar mensalmente as guias do DAS?
Sat Jul 27 00:01:15 BRT 2024
Domicílio Judicial Eletrônico: o que é e como fazer o seu cadastro
Você sabia que todas as empresas privadas, incluindo as micro e pequenas empresas (MPEs), precisam se cadastrar no Domicílio Judicial Eletrônico para receber citações e intimações judiciais? A exigência de fazer o cadastramento está no art. 246, caput e § 1°, do CPC/2015. Se você já tem um endereço eletrônico cadastrado na Redesim, não se preocupe: o CNJ usará esse endereço para enviar as comunicações. Prazo para cadastramento voluntário Fique atento! O prazo para o cadastramento voluntário termina em 30 de setembro de 2024. Depois dessa data, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fará o cadastramento de forma automática, utilizando os dados da Receita Federal. Como se cadastrar no sistema 1. Acesso ao Sistema: Visite o portal do CNJ e procure pela seção de Domicílio Judicial Eletrônico. 2. Você pode acessar pelo sistema ou através do portal gov.br. 3. Aceite o termo de adesão e confira o e-mail por meio do qual irá receber as comunicações. 4. Cadastro: Preencha o formulário de cadastro com os dados da sua empresa, seguindo as instruções. 5. Confirmação: Verifique os dados e confirme o cadastro. 6. Utilização: Acesse o sistema regularmente para acompanhar e responder a citações e intimações recebidas. O que acontece se eu não usar o sistema? Não atualizar seu cadastro ou não usar a ferramenta pode trazer problemas. Você pode perder prazos processuais e até sofrer penalidades. Empresas que não confirmarem o recebimento de citações no prazo legal, sem justificativa, podem receber multa de até 5% do valor da causa por ato atentatório à dignidade da Justiça (conforme § 1º-C do Art. 246 do CPC). Não deixe para a última hora! Faça seu cadastramento no Domicílio Judicial Eletrônico e evite problemas e multas!