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Nos anos 50, o engenheiro japonês Kaoru Ishikawa percebeu que a qualidade de um produto estava relacionada a todas as etapas de sua fabricação, e não apenas à sua conclusão. Para controlar isso, ele criou uma metodologia, que denominou como “7 Ferramentas de Qualidade”, cujo objetivo era medir, analisar e resolver problemas, melhorando os processos de produção das empresas.  

Essas ferramentas de qualidade se tornaram fundamentais para os gestores de empresas, pois possibilitam organizar melhor os processos, melhorar a qualidade dos produtos e serviços e focar nas necessidades dos clientes. 

De acordo com a ISO 9000:2015, qualidade é o “grau em que um conjunto de características inerentes de um objeto satisfaz requisitos”. A qualidade do produto ou serviço está diretamente relacionada à satisfação do cliente. 

Essa mesma norma ISO determina os 7 princípios da gestão da qualidade:  

1. Foco no cliente. 
2. Liderança. 
3. Engajamento das pessoas. 
4. Abordagem de processo. 
5. Melhoria contínua. 
6. Tomada de decisão baseada em evidências. 
7. Gestão de relacionamento. 

As ferramentas da qualidade permitem a avaliação do processo, a identificação de gargalos, a análise de dados e busca pela causa-raiz do problema, o planejamento e implementação de ações corretivas e a análise dos resultados obtidos. 

Estas ferramentas permitem que processos sejam controlados e que ações assertivas possam ser tomadas, aumentando a qualidade das organizações.  

As sete ferramentas 

1. Histograma – gráfico de barras de dados acumulados, que mostra a distribuição das variáveis. Ele ajuda a identificar a causa de problemas de um processo, bem como a largura da distribuição dos dados. É a maneira mais fácil de avaliar essa distribuição. É de fácil interpretação e elaboração. Apesar disso, sua utilização se torna difícil quando é necessária a comparação de diversas variáveis. 
2. Diagrama de Pareto – conhecido pela proporção 80/20 (80% dos problemas são provenientes de 20% das causas), é uma ferramenta que permite a organização das causas de um determinado problema de forma ordenada. É feita por meio de um gráfico de barras.  
3. Diagrama de Ishikawa – também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou “Espinha de Peixe”, é um diagrama em que se coloca o efeito na “cabeça do peixe”. Em seguida, nas “espinhas do peixe”, são colocadas as causas que podem estar relacionadas ao efeito. As causas são organizadas de acordo com o 6Ms: máquina, mão de obra, material, método, meio ambiente e medida. 
4. Carta de Controle – também conhecida como Gráfico de Controle ou Controle Estatístico de Processo (CEP). Os dados podem ser representados por gráficos de barras, de linha, de “pizza” e de controle. Esta ferramenta é estruturada em três linhas de referência, sendo elas: inferior, superior e média. Estes limites devem ser estatisticamente determinados e são utilizados para avaliar se o processo está sob controle, analisar a variabilidade do mesmo e controlar as não conformidades. 
5. Fluxograma de processos – ferramenta que permite a visualização das etapas que compõem determinado processo, mostrando as atividades envolvidas em sua execução e que permite simplificar a visão desse mesmo processo, possibilitando tanto o planejamento como o seu aperfeiçoamento. 
6. Diagrama de dispersão – ferramenta utilizada para fazer associações entre variáveis. Ele possibilita a correlação entre dois fatores, sendo essencial na compreensão dessa relação. Esta ferramenta é apresentada na forma de um gráfico, em que cada variável fica em um eixo. Assim, é possível observar as mudanças em uma variável quando a outra sofre uma alteração. 
7. Folha de verificação – também conhecida como checklist, baseia-se em um formulário destinado a coletar informações relevantes do processo. Os dados coletados são previamente estabelecidos e marcados quando concluídos. Esta ferramenta é utilizada para acompanhar estes dados, estando eles cumpridos ou em processo. 

Benefícios  

A maior parte dos problemas de qualidade na indústria pode ser resolvida com a utilização destas sete ferramentas. Cada uma delas tem sua própria forma de ser aplicada, e a maneira de fazer isso depende do problema a ser resolvido, das informações passíveis de serem coletadas, dos dados históricos e do conhecimento que se tem sobre o processo.  

Veja os principais benefícios dessas ferramentas: 

• elevação dos níveis de qualidade; 
• diminuição dos custos; 
• execução de projetos melhores; 
• melhora da cooperação em todos os níveis da organização; 
• identificação de problemas no processo, fornecedores e produtos; 
• identificação de causas raízes nos processos.

Consulte também os artigos Mudança organizacional nas IBTs e Ferramenta MRP traz benefícios para a gestão de empresas de IBT. 

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