Isabela e Gabriela, de Brasília, levam diversão aos seus clientes alugando jogos de tabuleiro.
Isabela e Gabriela, de Brasília, levam diversão aos seus clientes alugando jogos de tabuleiro. Elas são as personagens deste artigo da série “Meu MEI é um Sucesso”.
As irmãs, Isabela e Gabriela Peixoto, da cidade de Santos/SP, uma administradora com especialização em marketing e a outra pedagoga, enxergaram durante a pandemia a oportunidade de uma renda extra.
A ideia é inovadora, já que as pessoas tinham que cumprir o isolamento e distanciamento social e, com isso, ficavam muito tempo dentro de casa. Elas se uniram, formalizaram uma empresa e resolveram levar diversão aos seus clientes, alugando jogos de tabuleiro.
Vamos conhecer um pouco como a Gabriela conta a trajetória do empreendimento delas.
“Meu nome é Gabriela Peixoto, sou administradora, sou formada em administração com ênfase em marketing. Eu comecei a empreender quando eu tinha 25 anos, na verdade a 13ª Rodada tem dois anos, já. A gente começou a empreender durante a pandemia."
"Então, foi bem no início da pandemia quando a gente viu que era importante, que na verdade, a gente queria ter mais jogos. Essa foi a ideia de empreender. Foi aí que eu comecei a empreender. Nós somos duas irmãs, eu e a Isabela. Ela é pedagoga e eu sou administradora. Então, juntas, a gente decidiu em casa, a gente decidiu criar a 13ª Rodada. A Isabela com a pedagogia, com a ideia dela das crianças, ela entende um pouco dessa coisa lúdica da questão da pedagogia com o jogo, e eu, com a questão da administração, na faculdade eu estudei como fazer um plano de negócio, então eu sabia mais ou menos como montar uma empresa".
"E aí, a gente usou esses dois pontos para criar a décima terceira rodada. A Isabela veio com a parte de saber quais jogos a gente ia comprar para atingir o público infantil e eu para organizar a casa, e saber como é que a gente ia montar a empresa, e tudo mais a gente não transitou. Então hoje, a gente ainda continua nos nossos empregos, então a Isabela continua sendo pedagoga e eu continuo sendo administradora. A gente tem ainda os seus próprios empregos, mas a gente leva isso como um trabalho a mais, como hoje no Brasil a gente precisa, né, ter um trabalho a mais. Então, esse é o nosso trabalho a mais e, graças a Deus, é uma coisa que a gente ama".
“Eu fui fazer um intercâmbio no Canadá e, lá, um dos lugares que eu conheci, era uma cafeteria que tinha os jogos de tabuleiro para alugar. Na verdade, eles alugavam e tinham espaço para você ficar lá e jogar. Então, você pagava dez dólares e você entrava e jogava com seus amigos. Cada um pagava a taxa e podia ficar lá e jogar quanto tempo queria. E aí quando eu voltei, eu falei: Cara, eu queria muito que isso tivesse no Brasil, queria ter isso no Brasil. E a ideia era um dia eu montar minha própria cafeteria e ter meus próprios jogos de tabuleiro. Aí, a gente pensou em fases: como é que eu poderia alcançar isso, o plano era ter meus jogos em casa. Só que aí, veio a pandemia. Não dava para ter um espaço físico, não dava para abrir um lugar. Então, pensei: por que a gente não compra os jogos, têm eles em casa e aluga para as pessoas? Começou com o Home Club. A gente tinha um Home Club e o perfil em casa e a gente queria ter mais jogos. Como é que a gente faz para comprar mais jogos? Vamos alugar os jogos e aí alugando a gente mais e foi sempre assim. O valor que a gente ganhava, a gente investia em novos jogos. A gente tem esse acervo de 45 jogos, 50 jogos que a gente pode ter o nosso acesso. Então, esse hoje é o nosso lucro”.
“A ideia de ter um café, um local físico também, veio porque né, nossos pais são separados, e quando a gente era mais novo, meu pai vinha para Santos e a gente não tinha o que fazer. A gente ia para o shopping e aí chegava no shopping, o que fazer? Não tem nada para fazer. A gente almoçava, meu pai via o horário e falava 'ah, tenho que ir para casa, porque não tem mais o que a gente fazer aqui'. Então, a ideia era também ter um lugar para as pessoas passarem tempo de qualidade, sabe, juntas, darem risadas. Porque, muitas vezes hoje, a gente vai para o bar e fica mexendo no celular, ou vai para o restaurante e fica mexendo no celular.
"Então, a ideia de ter um local físico para as pessoas se divertirem, para que elas pudessem passar um tempo de qualidade juntas, né. Então, ter um jogo que dá para jogar em duas pessoas. Eu não tinha um espaço físico para jogar com meu pai, mas, se tivesse um café onde eu pudesse sentar e jogar aquele jogo com ele, seria muito mais legal e eu ia ter um tempo de qualidade com ele, né”.
“A gente aluga hoje jogos de tabuleiro. Então, a gente tem desde Monopoly, que é um jogo super tradicional que todo mundo normalmente tem em casa, a gente tem Perfil, tem o Master, tem o Catan, que é um jogo que custa R$ 500 na loja fechado, que normalmente as pessoas jogam uma vez e deixam guardados. A gente tem o Escape Room, que é um jogo que só dá para jogar uma vez, então se você tem na sua casa, você vai jogar até o nível 4 e acabou. Você não pode jogar mais porque você já sabe como jogar aquele jogo”.
“Então, são jogos que as pessoas vão ter a oportunidade de jogar por 20% do valor dele. Então, você vai alugar um jogo por R$ 40,00, R$ 50,00 e que você pagaria R$ 400, R$ 500 na loja. Então, a gente aluga os jogos por vinte por cento do valor que ele custa originalmente fechado. No início, quando começamos a comprar os jogos, a gente determinou que seria 20% do valor em cima do jogo. Então, a gente hoje, como eu disse, a gente não tem muito lucro. O lucro que a gente tem é para comprar novos jogos, então é sempre 20% e a gente pensa que a vida útil dos jogos serão cinco aluguéis. Claro que dura mais do que isso, então a gente pensa aí no gasto do jogo. Então, o jogo hoje vai durar cinco vezes mais com certeza, mas eu tenho que garantir que ele vai ter uma vida útil de cinco vezes, então aí, com cinco vezes eu pago o jogo. É um lucro bom e a gente conseguiu já comprar pelo menos, do nosso acervo original, que a gente tem hoje, a gente tem mais do que 35 jogos que a gente comprou com todos os aluguéis que a gente fez”.
“Na verdade, nunca teve problema de perda de peça, que foi uma preocupação que a gente teve desde o início. Então, os nossos manuais, eles são plastificados, as cartas são plastificadas, a gente toma muito cuidado com isso e, graças a Deus, a gente nunca teve nenhum jogo danificado. Lá no site, quando a pessoa aluga, ela tem um regulamento dizendo que se ela perder alguma coisa, danificar o jogo, ela tem que pagar o valor integral do jogo. A ideia é que quando ele sai daqui, a gente confere todas as peças e quando ele volta, a gente também confere todas as peças, e a gente pede para a pessoa conferir também porque, afinal, é uma troca, né. A gente está alugando e a pessoa também tá participando da nossa economia”.
“A Décima Terceira Rodada significa, na verdade, 13, porque é o DDD de Santos e aqui em Santos a gente é muito regional, muito bairrista. A maioria dos comércios tem alguma coisa ligada a Santos, pelo menos a gente tem que ser muito tradicional, então o 13 veio para ser 13 da área região de Santos, baixada santista, e o Rodada é que são as rodadas de jogo, né, então a nossa “logo” ela é até um tabuleiro, porque tem que remeter ali o jogo e a rodada, para quantas vezes você vai jogar. Então, ficou 13 rodadas, né. Ou seja, “Décima Terceira Rodada”.
“Eu tenho MEI porque eu trabalhava já como PJ, então eu era MEI e aí, casou super bem com o 13ª rodada, eu já ter o MEI, continuo o MEI. Hoje, eu não sou mais microempreendedora trabalhando, emitindo nota fiscal PJ, mas eu mantenho o MEI pelo 13ª Rodada, então ele ajuda bastante quando a gente precisa comprar algum jogo que tenha descontos para empresas, então a gente utiliza o MEI. Eu participei de uma feira de empreendedorismo e eu vi a importância mesmo do MEI. Eu acho que ter um CNPJ abre muitas portas e é uma facilidade que, assim, quem não tá legalizado, não tem. Então, alguns descontos que eu tenho por ser CNPJ, ou até mesmo emitir a própria nota fiscal é uma coisa que a gente nunca está preparado para ter. Então, se um cliente me pedir uma nota fiscal, eu tenho como emitir hoje em dia. Então, são pequenas coisas no dia a dia que você vê a diferença de ter um CNPJ, de ter um MEI. É claro que é um valor é uma DAS, que tem que pagar todos os meses, mas essa DAS no futuro vai recompensar e ajudar muito. Então, aos pouquinhos aí, ela meio que se paga”.
“A minha principal dificuldade hoje como empreendedora é divulgar. É fazer material criativo para colocar nas redes, é saber como impulsionar da melhor forma, saber como atingir o público da melhor forma. Porque é muito difícil saber quando as pessoas vão precisar de jogos, porque assim, elas podem precisar no sábado à noite, ou podem precisar numa terça de manhã. Então, a gente já tem atendido das melhores formas e das formas mais difíceis. Teve, por exemplo, um sábado que uma moça falou: eu tô no aniversário da minha irmã e a gente não tem o que fazer. Queria alugar um jogo e aí, a gente atendeu ela. Então, não tem muito como esperar que momento as pessoas vão precisar do jogo. Então, isso é uma dificuldade para a gente hoje. E como divulgar melhor, a gente tá ainda aprendendo isso, é um pouco difícil”.
“O mercado que a gente atua, ele é ainda um vazio, a gente ainda não tem muitos concorrentes, no Brasil inteiro são poucos lugares que alugam os jogos de tabuleiro. Então, a gente tem um oceano azul aí, uma oportunidade muito grande para explorar ao longo do tempo. A gente tem cidades perto que dá para alugar, como Praia Grande e a gente ainda não atende”.
“Os nossos clientes chegam até a gente através dos nossos amigos, familiares, e agora a gente tem nosso Instagram que estamos impulsionando os posts para chegar em mais pessoas, a gente tem vários amigos que indicam a gente fielmente, que fazem lá mesmo toda vez que estão jogando o jogo de tabuleiro com um amigo, lembram do 13ª Rodada e divulgam. Então, isso é muito bom, ajuda bastante o boca a boca, as pessoas divulgando. Mas também, a gente tá contando hoje com as mídias sociais, então, divulgando, impulsionando as publicações e tentando ficar mais presente no canal digital, que também é super importante”.
“Meus fornecedores hoje, a gente compra muitos jogos da Galápagos, eu acho que é a principal distribuidora de jogos hoje aqui no Brasil. Tem a Paper Games também, são jogos pequenos, mas muito bons. A gente tenta, hoje, ver os jogos mais diferentes que o público está procurando. E aí ,a gente pega direto da produtora dos jogos para também ajudar como produtoras”.
“Eu tive um suporte do Sebrae meio que indireto. Eu participei da Feira do Empreendedor do Sebrae e também, na minha faculdade, utilizei o método de criação de empresas para o TCC. Então eu sou formada em administração com ênfase em marketing. O meu professor, na época do TCC, ele utilizou o material do Sebrae para criar o plano de negócios. Então, eu fui muito influenciada pelo Sebrae no momento de criar empresa e saber toda a estrutura do plano de negócios. Então, foi muito positivo ter o Sebrae como um acesso para sempre que eu precisar de alguma coisa”.
“Hoje, a gente entrega os jogos através de um aplicativo de transporte. Antigamente, a gente entregava nós mesmos de bicicleta ou de carro, para economizar, até mesmo para o cliente não ter que pagar muito com o frete. Mas hoje, a gente acha muito mais simples chamar o aplicativo de entrega na modalidade motoboy. E aí, a gente entrega na casa da pessoa e a pessoa devolve para gente do jeito que ela prefere. Se ela quiser vir retirar ou se ela quiser vir entregar, aí, tá por conta dela, mas, assim, ter a facilidade de usar um outro aplicativo para gente é muito bom, porque a gente não fica dependendo de alguém ter que levar, né. E como a gente tem o nosso próprio emprego, fora da Décima Terceira Rodada, a gente também pode se organizar melhor utilizando uma outra ferramenta”.
“O futuro do nosso negócio, eu espero que a gente tenha um lugar físico para as pessoas jogarem, para passarem a noite, para se divertirem com seus amigos. É um sonho muito grande que a gente tem. É claro que hoje a gente sabe que economicamente é mais viável ter os jogos em casa, divulgar para as pessoas utilizarem na casa delas, mas é um sonho que acho que nunca vai morrer em mim. Acho que eu sempre vou querer ter um lugar próprio para as pessoas passarem o dia ou passarem a tarde jogando jogos de tabuleiro. Então, eu espero que um dia seja esse aí o nosso destino”.
Depois de acompanharmos os depoimentos da Gabriela falando da empresa de aluguel de jogos de tabuleiro dela em conjunto com a sua irmã Isabela, que lições podemos tirar? O que podemos aprender com elas?
Em todos estes artigos do Meu MEI é um Sucesso, diversas características aparecem quase sempre nos empreendedores. E aqui, foi uma necessidade não atendida que fez com que a Gabriela pensasse em algo para suprir aquela sua necessidade, aquele seu desejo.
Veja que ela, quando menor, sendo filha de pais separados, morando com a mãe, quando recebia a visita do pai, na cidade de Santos eles não encontravam nada para fazer juntos. Iam ao shopping, almoçavam e não tinha um “programa”, ela não encontrava um programa, uma atividade legal que pudesse fazer com o seu pai.
Logo, o pai olhava para o relógio e dizia que tinha que ir. Óbvio que na cabeça de Gabriela, se tivesse algo bom que fosse legal para eles fazerem juntos, como, por exemplo, um jogo que os dois pudessem jogar, o pai ficaria com ela mais tempo.
E mais tarde, quando viajava pelo Canadá, encontrou uma cafeteria que oferecia os jogos de tabuleiro para os clientes jogarem. Aí, se uniu aquele desejo dela de tempos atrás com o que ela encontrou lá.
E podemos dizer que muitos empreendedores começam assim. Algo que precisam ou querem, e não encontram se torna um desejo de oferecer aquilo, de ter aquilo disponível.
E quase sempre se você quer ou precisa algo e não encontra, aí pode estar uma grande oportunidade que merece uma boa análise. Será que é só para mim que isto faz falta? Só eu sinto necessidade disso? Muito provavelmente existem muitas pessoas que têm este mesmo desejo, esta mesma necessidade.
E aí, começa a aflorar aquele espírito empreendedor. Aqui mesmo, nos artigos desta série “Meu MEI é um Sucesso”, já descrevemos algumas histórias de empreendedorismo assim.
Mais uma vez, podemos ver que o empreendedorismo é uma necessidade sentida e não atendida foram os impulsos para um novo negócio. É um negócio praticamente pioneiro no Brasil. Assim, juntando o útil ao agradável, a Isabela e a Gabriela encontraram uma forma de erguer o negócio delas que está tendo sucesso.
Atualmente, elas continuam com seus empregos e o aluguel de jogos é uma renda “extra”, que até agora, como ela mesma diz, não deu exatamente “renda”, já que tudo o que estão ganhando estão re-investindo no negócio comprando mais jogos.
Aí outra característica bastante comum nos empreendedores - possuir um emprego com carteira assinada e ter esta outra atividade por fora, como um extra. Na maioria dos casos, com o tempo, esta atividade extra vai se tornando a principal e eles conseguem sair de seus empregos formais e se dedicar exclusivamente ao negócio.
A Gabriela tinha o sonho de ter um local próprio, uma cafeteria, um quiosque, um barzinho, onde pudesse ter o espaço para as pessoas jogarem ali, batendo papo, tomando um café, um chá ou mesmo um chope, comendo alguma coisa.
Ou somente usufruindo um tempo “de qualidade” juntos, como ela mesma fala. E jogando um jogo de tabuleiro por um preço acessível, bem mais barato que comprar o jogo e depois deixar de lado, sem utilidade, como acontece com muitos jogos que todos nós compramos e que alguns só se jogam uma vez.
Quando decidiram montar o negócio, em função da pandemia, visto que ainda vigorava a lei do isolamento e distanciamento social, a desejo de ter um local físico não se tornou possível.
Então, veio a ideia de comprar os jogos e disponibilizar para as pessoas alugarem para jogar em casa, ou no local em que estivessem.
Mas o desejo de ter um local físico para as pessoas irem e jogarem lá, ainda continua sendo um sonho para Gabriela. E com a determinação típica dos empreendedores brasileiros, certamente ela alcançará este desejo.
Outro ponto importante no negócio delas, é a formalização, a legalidade. Mesmo sendo um “extra”, é importante você estar legalizado para poder usufruir dos benefícios de quem está formalizado.
Poder emitir notas fiscais, ter um CNPJ, com um endereço formal transmite responsabilidade, profissionalismo e gera credibilidade diante dos clientes.
Comprando com seu CNPJ, você consegue descontos com fornecedores, podendo inclusive, comprar um veículo com descontos interessantíssimos, e até mesmo fazer um plano de saúde com valor mais acessível.
Importantíssima também para muitos MEIs, não é o caso da Gabriela, que sempre teve emprego formal, mas para muitos, que no período da pandemia, precisaram interromper suas atividades por estarem com Covid tiveram o seu direito previdenciário assegurado, recebendo o auxílio doença.
Além disso, você pode ter diversas outras vantagens ao se formalizar. O poder público de uma maneira geral tem privilegiado muito os micro e pequenos empreendedores formalizados.
Hoje, você como MEI, tem à disposição empréstimos e financiamentos com condições bem mais favoráveis, acesso a serviços financeiros, poder abrir uma conta corrente pessoa jurídica.
Também pode ter acesso a crédito em condições mais favoráveis junto aos bancos e também dispor de toda a assistência do Sebrae, que está à disposição com todo o seu aparato técnico para acolher o empreendedor, orientá-lo e auxiliá-lo, fazendo com que ele possa desenvolver as suas atividades da melhor forma possível.
São muitas vantagens para o empreendedor formalizado por um custo bem baixo.
Ela já tinha um MEI, já conhecia a forma de montar um plano de negócio pelo modelo Sebrae, que foi assunto do seu curso de graduação.
Já havia participado e conhecido a feira de empreendedorismo. Mais uma vez, o Sebrae aparece como um alavancador do espírito empreendedor auxiliando, no caso dela, mesmo de forma indireta.
O Sebrae está sempre disponível para ajudar o MEI, os micro e pequenos empreendedores em geral em todas essas etapas, com consultores e cursos on-line ou presenciais, muitos deles de forma gratuita.
O empreendedor pode esclarecer dúvidas, buscar ideias e se qualificar em qualquer área que precise procurando cursos e consultores do Sebrae. É só acessar: www.sebrae.com.br
Para saber mais:
Portal do Sebrae: Cursos gratuitos on-line
O que você precisa saber antes de virar MEI
Portal do Empreendedor: Verifique se você atende as condições para ser MEI
Fonte: 13ª Rodada - Vida de MEI
Origem: Canal Empreender
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Uma boa gestão de tempo pode fazer toda a diferença no dia a dia de um empreendedor e também pode ser uma das chaves para o sucesso a médio e longo prazo. Neste artigo, baseado no podcast Uber Avança, o Sebrae traz dicas de gerenciamento de tempo que podem ajudar a a obter melhores resultados no seu negócio. Ao falarmos de tempo, temos uma certeza: ele é imutável e igual para todos. É impossível esticar os minutos, encolher as horas ou acrescentar mais um dia na semana. Assim, mesmo se não o utilizarmos adequadamente, ele nunca mais voltará. Importante também destacar que não é possível fazer uma gestão do tempo, em si. O que é possível é gerenciar o nosso comportamento frente à forma por meio da qual lidamos com o tempo, no intuito de utilizá-lo de maneira mais eficiente e proveitosa. E compreender que isso irá fazer toda a diferença em nossa vida e em nosso trabalho. Quando se tem prioridades, metas e planos bem definidos, é possível organizar as atividades e encontrar tempo para tudo. Assim, a gestão do tempo vai além de métodos, relógio e velocidade; ela está mais voltada à visão que se tem do mundo, de planos e de desejos. Por esse motivo, cada pessoa tem uma rotina própria, bem como prioridades e sonhos diferentes. Então, analise sua vida, seus objetivos, suas metas, suas prioridades e sua rotina e verifique qual é a média de tempo demandada por cada atividade do seu dia a dia. Se organize com base nesses dados, não se esquecendo de reservar momentos para o lazer, o descanso, a saúde e a família. Tudo que for imprescindível para você deve estar dentro do gerenciamento de seu tempo. Quando administramos bem o tempo gasto com o trabalho, consequentemente beneficiamos todas as outras áreas da nossa vida. Confira algumas dicas a seguir: Defina as suas metas e seus objetivos e depois estabeleça as ações necessárias para alcançá-los. Não existe uma única maneira de organizar o seu tempo. Você só precisa encontrar aquela que melhor se adapta ao seu dia a dia. Importante: não confie na memória. Tenha tudo sempre anotado. Você pode escolher um método simples, como uma agenda ou um bloco de anotações, ou opções que envolvam as tecnologias, como o celular, a agenda de e-mail, os sites e os aplicativos. Classifique a prioridade das ações em função dos resultados que você quer e precisa alcançar. Ou seja, o que é mais importante para que você consiga atingir as suas metas? Planeje o que, onde e quando fazer, bem como quem poderá ajudá-lo, quanto tempo levará e quanto custará. Muitas vezes, quebrar as ações maiores em atividades menores é recomendável, pois isso leva à realização da atividade maior com mais eficiência. Dessa forma, cada etapa pode ser comemorada, para se sentir mais motivado para seguir em frente. No caso das tarefas diárias, você pode fazer uma lista mensal, uma semanal e uma diária com as tarefas importantes, colocando-as em ordem de prioridades. Outro ponto importante a ser destacado são os chamados drenos ou ladrões de tempo. Comportamentos que desviam a atenção ocasionam na perda de minutos ou horas preciosas. Confira: Perfeccionismo: o foco sempre deve estar na excelência dos produtos ou serviços prestados, mas o excesso de zelo e o perfeccionismo podem prejudicar a produtividade, ao se gastar muito tempo com uma atividade específica, em busca de uma suposta perfeição. Dificuldade de filtrar as distrações: conferir as redes sociais a cada cinco ou dez minutos parece não interferir, mas é um grande ladrão de tempo. Por isso, evite essa prática. Reserve momentos para navegar nas redes, se atualizar sobre as notícias e até para bater papo com os amigos, mantendo sua atenção no trabalho durante o período que foi a ele destinado. Não definir prioridades: quando tudo é urgente, nada é urgente. Assim, fazer várias tarefas ao mesmo tempo pode parecer produtivo, mas atrapalha o foco e organização do tempo. Portanto, realizar tarefas por completo, seguindo uma ordem de prioridade podem aumentar a produtividade. Procrastinação: é uma grande inimiga da produtividade. Se trata de um dreno usado para delongar tarefas. Por exemplo, se você tem o prazo de um dia para executar algo, vai buscar fazê-lo em um dia. Se o prazo for de dois dias, a tendência é deixar para fazer no final do segundo dia. Outro exemplo ocorre quando se tem uma tarefa realmente significativa para desempenhar, mas pequenas coisas, menos importantes naquele momento, são colocadas na frente, como lavar a louça, checar as redes sociais. O importante é ter foco e seguir o seu gerenciamento de tempo, de acordo com as prioridades, buscando fugir das distrações. Transforme tudo em hábito: com disciplina, comprometimento e organização, é possível transformar todo o seu planejamento em hábitos. Dessa forma, se internaliza a mentalidade produtiva. É um processo gradativo, mas que é viável e que pode trazer resultados efetivos para sua vida e para os seus negócios. Reforçando: não esqueça dos momentos de descanso e lazer. O equilíbrio entre vida pessoal e profissional é essencial para o sucesso. Com organização e planejamento, é possível ser um empreendedor com ótimos resultados e ter tempo de qualidade para você. Acesse aqui cinco dicas sobre como melhorar o gerenciamento do tempo. Coloque em prática esses conhecimentos e torne seus dias mais produtivos.
October, 2024
Domicílio Judicial Eletrônico: o que é e como fazer o seu cadastro
Você sabia que todas as empresas privadas, incluindo as micro e pequenas empresas (MPEs), precisam se cadastrar no Domicílio Judicial Eletrônico para receber citações e intimações judiciais? A exigência de fazer o cadastramento está no art. 246, caput e § 1°, do CPC/2015. Se você já tem um endereço eletrônico cadastrado na Redesim, não se preocupe: o CNJ usará esse endereço para enviar as comunicações. Prazo para cadastramento voluntário Fique atento! O prazo para o cadastramento voluntário termina em 30 de setembro de 2024. Depois dessa data, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fará o cadastramento de forma automática, utilizando os dados da Receita Federal. Como se cadastrar no sistema 1. Acesso ao Sistema: Visite o portal do CNJ e procure pela seção de Domicílio Judicial Eletrônico. 2. Você pode acessar pelo sistema ou através do portal gov.br. 3. Aceite o termo de adesão e confira o e-mail por meio do qual irá receber as comunicações. 4. Cadastro: Preencha o formulário de cadastro com os dados da sua empresa, seguindo as instruções. 5. Confirmação: Verifique os dados e confirme o cadastro. 6. Utilização: Acesse o sistema regularmente para acompanhar e responder a citações e intimações recebidas. Neste link, você pode acessar os vídeos tutoriais feitos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orientam o passo a passo para cadastrar e usar o Domicílio Judicial eletrônico. Acesse e confira. O que acontece se eu não usar o sistema? Não atualizar seu cadastro ou não usar a ferramenta pode trazer problemas. Você pode perder prazos processuais e até sofrer penalidades. Empresas que não confirmarem o recebimento de citações no prazo legal, sem justificativa, podem receber multa de até 5% do valor da causa por ato atentatório à dignidade da Justiça (conforme § 1º-C do Art. 246 do CPC). Não deixe para a última hora! Faça seu cadastramento no Domicílio Judicial Eletrônico e evite problemas e multas!
October, 2024
A arte que vem das mãos
A história do artesanato está intimamente ligada à História da evolução humana. Vem do Neolítico, ainda no campo da Pré-história, ali por volta de 6.000 A.C, a percepção de que, aprendendo a desenvolver habilidades manuais, o ser humano poderia tornar mais fáceis algumas das tarefas elementares da própria vida: caçar, defender-se de inimigos ou animais, processar a comida e se comunicar de forma mais clara.Foram essas necessidades originais que impeliram o ser humano a desenvolver técnicas e a alterar aquilo que, em forma bruta, a natureza lhes deixava ao alcance das mãos. Assim, surgem as flechas, panelas, machados, rodas, mesas, utensílios e armas produzidos a partir da evolução da inteligência para o trato rústico da pedra, da descoberta do fogo e de suas propriedades transformadoras. A origem do artesanato, portanto, é uma das marcas mais significativas do crescimento e desenvolvimento da civilização. De lá, da Pré-história, para cá, o sentido de produzir com as mãos ganhou importância vital e traços de identidade. Carregou consigo, no modo de fazer, as raízes da cultura de quem produz. Tudo o que nasce do fazer com as próprias mãos traz, além do valor material, uma marca reveladora dos hábitos, dos costumes, da essência do povo em que se origina. Apoio e reconhecimento Não por coincidência, cuidar bem de quem produz arte e identidade com as mãos é uma das áreas em que o SEBRAE mais investe. Há pelo menos vinte anos, o programa de apoio a quem produz artesanato identifica ambientes negociais, promove ações de capacitação e treinamento e dá suporte às iniciativas que geram renda e dignidade. Um bom exemplo vem do Espírito Santo. O universo de produção artesanal capixaba se caracteriza por uma produção ampla e diversa. Pelo menos é o que revela o trabalho de catalogação da produção do artesanato regional, feito a partir de 1982. Uma riqueza traduzida em tecelagem, cerâmica, fibras e trançados; objetos em coco e madeira, conchas e sementes. Atividade produtiva que ganha visibilidade e tradição no fortalecimento da cultura popular. E que conquista novos espaços e mais qualidade a partir do apoio estratégico do SEBRAE. Se no início da história o artesanato permitiu o avanço das comunidades nômades para a formação das cidades, hoje o produto dos artesãos incorpora características evolutivas que estão em absoluta sintonia com as tendências de um mercado exigente e sofisticado de arte decorativa. A Casa Cor do Espírito Santo é um exemplo dessa harmonia entre a arquitetura contemporânea e o reconhecimento da identidade e do valor do artesanato local. Ao possibilitar o contato entre o material produzido por artesãos capixabas com os arquitetos, o SEBRAE amplia as possibilidades de negócio e ainda atribui valor ao produto que é feito por pequenas comunidades, garantindo o sustento de muitas famílias. Assim se dá uma relação em que todos ganham. Quem visita a exposição se surpreende com o que vê. Os arquitetos aprofundam o conhecimento sobre os produtores do artesanato e suas peças. E assumem o papel de formadores de opinião sobre um produto legitimamente local. A oportunidade de ampliação do mercado dos artesãos termina por ser um fator decisivo de crescimento das próprias comunidades como um todo. A distância secular que separa os primórdios da civilização com os dias de hoje não foi capaz de apagar a capacidade humana de transformar a matéria-prima em arte. Ao contrário disso, essa habilidade transformadora segue sendo um meio de valorização da espécie humana. Quem leva pra casa um produto artesanal faz muito mais do que uma simples compra. As peças feitas à mão carregam consigo a energia transformadora de quem dedica tempo, conhecimento e afeto. É a mágica do fazer artesanal dando mais sentido à vida.
August, 2024
Como superar os obstáculos da sua jornada, com Natalia Beauty
Aos 35 anos, Natalia Martins, a empresária responsável pelo Natalia Beauty Group, é um exemplo de quem viu no empreendorismo a resposta para uma vida melhor. Há alguns anos, enfrentando um divórcio e uma dívida de R$ 90 mil, ela decidiu se mudar para São Paulo e começar do zero, trabalhando incansavelmente para sustentar sua filha pequena. Neste artigo, mostraremos como Natalia Beauty saiu de uma pequena sala onde atendia suas clientes para gerir um negócio milionário. Com desenvolvimento de técnicas próprias e dominando as estratégias de marketing digital, a autointitulada marketeira conquistou um público de mais de 10 milhões de seguidores e clientes famosas. Desistir antes de tentar x Inovar para crescer Essa talvez seja a principal lição que podemos aprender com Natalia Beauty: as adversidades da vida são oportunidades para conquistar um lugar melhor. Isso porque, mesmo com uma dívida significativa, ela optou por investir em seu negócio em vez de recuar. A determinação somada a uma visão inovadora foi crucial para o crescimento de sua marca. Combinando técnica autoral e estratégias de marketing, Martins criou a Flow Brows, um serviço de sobrancelhas que se tornou um fenômeno entre celebridades e influencers. Em seguida, expandiu seus serviços para incluir tratamentos de pele, lábios e cílios. Também fundou a NB University, uma plataforma de cursos de beleza certificados pelo MEC. Além dos serviços estéticos e cursos profissionalizantes, Natalia é uma influenciadora digital aclamada. Nas suas redes sociais, assume a sua faceta blogueira, compartilhando muitas dicas sobre marketing digital e sobre como se destacar no seu nicho de mercado. 5 dicas para inovar no seu nicho de mercado Confira algumas dicas, inspiradas na trajetória de Natalia Beauty, para inovar e se de destacar no seu nicho. Identifique uma necessidade e ofereça uma solução Observe o seu nicho e desenvolva produtos e serviços que resolvam um problema. Natalia criou a Flow Brows para preencher uma lacuna específica do setor de beleza: a demanda por serviços estéticos que também fortalecessem a beleza natural. Invista em educação e qualificação Mesmo sem uma formação inicial, Martins buscou aprender e se especializar. Invista em cursos e treinamentos para aprimorar suas habilidades e oferecer serviços de alta qualidade. Quanto mais especialista você for, mais ferramentas para inovar você terá a sua disposição. Utilize as redes sociais de forma estratégica Use as redes sociais para construir sua marca e alcançar um público maior. Natalia compreendeu o potencial do marketing digital para impulsionar um empreendimento e utiliza diferentes plataformas, como Instagram e Youtube, para contar sua história e mostrar seu trabalho. Crie uma marca com identidade própria A estética única e a narrativa em torno da marca Natalia Beauty, como o uso do pijama rosa e a decoração floral, ajudaram a diferenciá-la no mercado. Quais são as característica mais autênticas do seu negócio e como você pode transmiti-las para o público? Expanda seus serviços Não se limite a um único serviço ou produto. Natalia expandiu sua oferta com novos tratamentos e cursos, atendendo a diferentes necessidades dos clientes. Estude sobre o seu nicho e os seus clientes para identificar novas propostas de serviços que combinem com a sua marca. Empreender é sobre fazer negócio, mas também envolve paixão A jornada de superação de Natalia Beauty demonstra que é possível transformar desafios em oportunidades e construir um empreendimento de sucesso começando do zero. Ao começar como MEI abrindo um pequeno negócio, você também pode criar um empreendimento sólido e inovador, alcançando o sucesso no mercado. Empreender com paixão, investindo em sua qualificação e utilizando as redes sociais para construir sua marca é uma boa forma de se inspirar na trajetória de Natalia Beauty. Quais são as estratégias que você pode começar a utilizar ainda hoje?
August, 2024
Oficina 2 - Laboratório de Ideias
Destaque a importância da inovação e incentive seus alunos a encontrarem a resolução de problemas, sejam eles novos ou antigos. Aqui, os participantes trabalharão na solução de um problema real da escola, do bairro ou da cidade, incentivando a criatividade e a troca de experiências. Faça o download do material Manual do Participante: Laboratório de Ideias Guia do Educador: Laboratório de Ideias
August, 2024
Oficina 5 - Empreendedorismo Digital e Profissões do Futuro
Aborde temas atuais e relevantes em suas aulas, focando nas novas oportunidades que surgem na sociedade digital. Você ajudará seus alunos a explorar como esse cenário está transformando o mercado de trabalho e apresentará as diversas profissões que surgiram para atender às demandas dessa nova realidade. Faça o download do material Manual do Participante: Empreendedorismo Digital e Profissões do Futuro Guia do Educador: Empreendedorismo Digital e Profissões do Futuro
August, 2024
Oficina 6 - Comunicação e Marketing
Esta oficina vai explorar os diferentes aspectos da comunicação e do marketing aplicáveis tanto na vida pessoal quanto na profissional. Seus alunos serão incentivados a usar sua criatividade na criação de um Plano de Marketing Pessoal. Faça o download do material Manual do Participante: Comunicação e Marketing Guia do Educador: Comunicação e Marketing
August, 2024
Oficina 4 - Relações Humanas: por que isto é importante?
Este conteúdo explora a importância das relações humanas em diferentes contextos, como família, amigos, escola e trabalho. Seus alunos serão incentivados a refletir sobre suas atitudes e a maneira como interagem com os outros, destacando a relevância dos princípios éticos e morais para uma convivência saudável nos diversos espaços sociais. Faça o download do material Manual do Participante: Relações Humanas Guia do Educador: Relações Humanas
August, 2024
Oficina 3 - Projeto de Vida! Você tem um?
Aqui, você e seus alunos vão explorar a importância da gestão do tempo, por meio do Método GTD (Getting Things Done), e da construção de um projeto de vida, utilizando a Metodologia Effectuation. Faça o download do material Manual do Participante: Projeto de Vida! Você tem um? Guia do Educador: Projeto de Vida! Você tem um?
August, 2024
Oficina 1 - Viagem ao mundo do empreendedorismo
Com nosso material, você poderá explorar em sala de aula os conceitos fundamentais do empreendedorismo, realizar um teste para identificar perfis empreendedores entre seus alunos e terá acesso à atividades que conectam o empreendedorismo ao cotidiano dos jovens. Essa é uma oportunidade de trazer discussões relevantes e práticas que inspiram e engajam seus alunos. Transforme o aprendizado em uma experiência real e significativa! Faça o download do material Manual do Participante: Viagem ao mundo do empreendedorismo Guia do Educador: Viagem ao mundo do empreendedorismo