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Mon May 15 23:13:35 BRT 2023
Empreendedorismo | EMPREENDEDOR
Meu MEI é um sucesso – Delícias de Viver

De cestas personalizadas para o Dia dos Pais em agosto de 2020, para o sucesso em delivery de rabanadas.

· 03/04/2023 · Atualizado em 15/05/2023
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Uma estudante de Direito que, ao terminar um estágio e ter a mãe desempregada, se viu obrigada a usar a criatividade para complementar a renda. Em agosto de 2020, em plena pandemia, as duas iniciaram o próprio negócio de montagem de cestas personalizadas. Ainda em 2020, por mero acaso, percebeu a oportunidade de fazer e vender rabanadas. Hoje, faz e vende também bolos, biscoitos e geleias, mas as rabanadas são o seu carro chefe, não só no período do Natal, mas o ano inteiro.

Essa é a história de Tatiane de Lima, de Brasília. Ela é a personagem deste artigo da série "Meu MEI é um sucesso". 

Vamos saber um pouco da sua trajetória, contada por ela mesma:

“Me chamo Tatiane de Lima, tenho 26 anos e atualmente sou estudante de Direito. Delícias de Viver começou em 2020, após o desemprego da minha mãe e minha saída de estágio, enfim, nos vimos na necessidade de uma renda extra, um complemento. E aí começamos em agosto, uma semana mais ou menos antes do Dia dos Pais, montando cestas personalizadas. Fizemos divulgação no perfil e passamos a montar de acordo com que o cliente solicitava. Passamos a perceber também que a maioria das pessoas queria coisas mais caseiras ao invés das industrializadas, então aí começou a nascer de fato a nossa lojinha, com coisas que nós mesmos produzíamos, como bolos, biscoitos e geleias.”

“Em meados de novembro, como nossa família tem o costume de sempre fazer a ceia e ter rabanada recheada, não sei de onde surgiu isso, mas sempre fazíamos... e quando foi em novembro, fizemos uma confraternização de aniversário e tiramos fotos. Uma dessas fotos a gente postou nos Stories do Instagram e choveu de respostas. E a gente pensou: olha, por que não divulgar e vender?  Mês que vem já teremos ceia, enfim... vai que cola... e colou. É nosso carro chefe e hoje em dia, assim, depois dessas rabanadas, continuamos vendendo para além de dezembro, janeiro, fevereiro, enfim, e seguimos com rabanadas, bolos, biscoitos, mantivemos apenas os itens caseiros. Deixamos a cesta de lado e passamos a vender só isso hoje, nestes dois anos só fizemos as rabanadas."

“Acredito que tenha sido minha avó paterna, ela sempre mexeu com bolos de aniversário, então acredito que ver ela fazendo e ter muitos pedidos meio que deu uma puxadinha. Eu já sou doceira, assim, eu já sou fanática por doce, então o prazer em si de fazer doces com a influência familiar, fechou... é aquela máxima de que, o que eu gosto, eu procuro e ofereço, eu vou oferecer aquilo que eu gosto e eu gosto de novidades, então sair de oferecer só um sabor ou sem sabor e acrescentar outros. As pessoas notarem que aquilo é diferente, chama a atenção, me motivou a continuar acrescentando produtos novos, então, enfim, tem sabores que já até saíram do cardápio, porque não pegaram. Mas a gente nunca deixa de tentar inovar, enfim, acho que é isso que motiva, a novidade e o quanto isso é atrativo para todo mundo. Eu sempre fui de cozinhar em casa, tanto coisas doces quanto salgadas, e quando a gente posta, sempre vem uma chuva de comentários: 'nossa, você podia vender, porque isso é muito bom.' Então uma coisa foi puxando a outra, sempre recebia essa motivação: 'Ah você podia vender, porque eu compraria', e aí, como a gente já gostava demais, aí a gente pensa, né? Por que não? Agora é a hora.” 

“Porque quem tá produzindo é muito detalhista, né? Então, como a gente tá ali de iniciante, a gente consegue enxergar todos os defeitos... a gente idealiza um produto 'X' e, quando vai praticar, ver que nem tudo sai do jeito que a gente esperou... Então, foi bem isso, enxergar os meus defeitos, ver que eu precisava melhorar, mas que, ao mesmo tempo, precisando melhorar, eu tinha que entregar aquilo, porque era o que eu conseguia no momento.”

“A divulgação ocorre via Instagram e WhatsApp. Somos eu e minha mãe que cuidamos da rede social. Eu faço os vídeos com imagens, o design gráfico com logos, tudo em aplicativos mesmo de celular, a divulgação através das páginas de internet. Eles dão certo, sim, dão um 'up' no Instagram, número de curtidas, seguidores, né... mas têm um prazo muito curto de validade. Não é uma coisa que permanece. Vale a pena, mas só nos dois primeiros meses.”

“Atualmente, a minha renda principal não vem da Delícias de Viver. É apenas um complemento, mas eu tenho meta, sim, como autônoma que sou na Confeitaria, que serei também na área do Direito, de ela sim se tornar a principal. “

“A nossa logística é cheia de etapas. Ela ocorre no início da semana com as divulgações, um dia antes da entrega com a montagem de caixas e corte dos pães, enfim, o recheio é no dia da entrega, é como é, somente nós estamos ali, né, na linha de frente, a gente vive a semana da entrega mesmo.”

“Minha maior dificuldade no início da empresa foi a questão da entrega, porque nós moramos razoavelmente longe da maioria dos clientes, por conta da internet então são várias cidades-satélites, então, para a gente dar conta de entregar para todo mundo no mesmo dia e tudo ficar bonitinho é o que ainda hoje é um grande desafio, desde o início, enfim, ainda hoje é a entrega.”

“Abrir a empresa no meio da pandemia não foi algo negativo, foi algo que meio que nos impulsionou ainda mais, porque todo mundo acabou adquirindo o costume de pedir on-line, receber em casa, e como não temos loja física, nunca tivemos, foi um grande impulso para a gente reagir e, enfim, conduzido também na nossa casa, que já era nossa base, e entregar, porque as pessoas já estavam adquirindo essa cultura da encomenda, da entrega receptora em casa, então foi algo positivo.

“Minha principal dificuldade como empreendedora é o custo dos materiais, eles variam demais e para a gente chegar numa base de valor que não oscile de uma forma que saiamos no prejuízo, é um desafio. É um desafio passar o valor para o cliente e o cliente entender um reajuste, mesmo vivendo a mesma realidade que a gente vive, de compras normais em mercado.”

“Quem cuida da nossa parte administrativa somos nós mesmos. Não temos nenhum administrador no momento.”

“Eu decidi me tornar MEI mais por uma questão meramente formal. Eu não cheguei a usufruir dos benefícios de ser MEI, apenas como uma responsabilidade mesmo, até para mostrar seriedade pro cliente. Quando o cliente vê, 'Opa, você tá inscrita', passa a confiar mais no seu negócio.”

“Eu enxergo a possibilidade de melhoria para o meu negócio, em um local melhor localizado, tipo um centro de uma cidade, um local maior, com utensílios mais específicos para minha produção. Um espaço melhor e mais localizado, já pensei em desistir da Delícias de Viver por conta do trabalho, do desgaste mais físico mesmo, por ter a limitação de pessoas me auxiliando, enfim, acaba que chega a pesar um pouco só por isso.”

“Eu enxergo o futuro do meu negócio em um formato de franquia. Eu acho que dá certo. Minha maior conquista com meu negócio foram as experiências mesmo, o aprendizado, lidar com pessoas diferentes, de todos os gostos, enfim, ser autônomo é uma experiência bem enriquecedora, não só como vendedora, mas como pessoa mesmo.”

“Interessante sobre o sentimento de querer ter desistido um dia porque, quando me ocorreu isso, incrivelmente me apareceram clientes, assim, super especiais, que fizeram pedidos, não somente grandes, mas com intenção de presentear outras pessoas, e saber que a pessoa comeu, gostou e quis presentear alguém com algo que a gente produz é muito motivador, isso nos animou, assim, demais, e não só pedir uma vez como sempre pedem, assim, em datas totalmente aleatórias do ano, e é por esses clientes assim que a gente, 'Pôxa, vale a pena' , olha só, é um sentimento que eu não teria num dia comum, é algo que ainda me surpreende essa evolução, e o que ela se tornou é algo que ainda às vezes não cai a ficha. Em pleno meio do ano, alguém tá dando uma lembrança para outra pessoa, alguém tá pedindo porque vai ter uma confraternização, é por aí, então, é algo assim que, enfim, às vezes não entra muito o porquê.”

“Quem produz, quem tá acostumado, acaba banalizando aquilo, e às vezes a gente cai nessa banalização, 'ah, é só mais um doce', mas não é só mais um doce, é 'o' doce que tá fora, ali, do seu contexto, se tornando especial, ali, para aquele momento, tá bem gratificante."

“Eu já cheguei a fazer pesquisas na Confeitaria sobre os doces que eu vendia e queria vender, mas a base era praticamente a mesma, e o que eu vendia de parecido com que eu cheguei a pesquisar não teve sucesso, que foram os bolos, também já fiz bolos confeitados, até os caseiros mesmo, mas que não tiveram essa visibilidade como as rabanadas. Então, acho que essa questão da origem mesmo da nossa tradição, junto com a vontade de criar um novo, que fizeram elas permanecerem e realmente se tornarem o principal.”

Depois de conhecermos um pouco da trajetória da Tatiane, o que podemos tirar de lição das falas dela?

O início incerto foi literalmente uma necessidade. E isso ocorre muito. Especialmente durante uma pandemia, mas, como ocorre em todas as crises, as pessoas perdem o emprego ou, de algum modo, têm a renda diminuída e precisam “inventar” alguma coisa para complementá-la.

A Tatiane em fim de estágio, e a mãe, desempregada, iniciaram a montagem de cestas personalizadas para o Dia dos Pais. É comum as ideias surgirem em função de alguma data específica. E eles começaram para o Dia dos Pais, mas não pararam, continuaram.

E, em novembro, o “pulo do gato”. Uma festinha familiar, como acontecia todos os anos, regada a “rabanadas”. E uma foto postada ao acaso nas redes sociais chamou a atenção de quem “navegava” ali naquele momento. E daí a ideia de fazer as rabanadas. E deram tão certo que um produto, a princípio sazonal, difícil de se achar fora da época do Natal, virou o carro chefe da Delícias de Viver.

Amar o que se está fazendo é um ponto crucial na trajetória de qualquer empreendedor, seja ele um MEI ou um grande empresário. Você pode até ter sucesso economicamente, mas dificilmente será plenamente feliz se estiver fazendo algo somente pelo dinheiro. E a fala dela quando decidiu iniciar a produção de doces para vender prova isso, ao dizer que é “fanática por doçura” e que sente “prazer em fazer doces”... e que fica imensamente feliz quando ouve as pessoas elogiarem seus produtos e os indicarem para outras.

Sem dúvida, o amor ao trabalho, à profissão, àquilo que você faz, é de suma importância. Unir o útil ao agradável com certeza faz de Tatiane uma pessoa ainda mais centrada e focada no seu trabalho. Com certeza, isto ajudou na persistência ao citar que teve vontade de desistir, mas, ao receber mais pedidos, mais pessoas querendo comprar e até presentear outras com seus produtos, ajudou-a a persistir e continuar fazendo e vendendo seus doces. 

A formalização desde o início dá ao público uma visão de profissionalismo, de compromisso, de seriedade, e isso só traz pontos positivos. E Tatiane reconhece que isto a motivou para se legalizar logo.

Mas existem muitos outros benefícios e vantagens que a formalização disponibiliza. Embora Tatiane afirme “não ter usufruído” dela, a simples formalização como MEI já proporciona acesso a crédito mais facilmente e mais barato, garante direitos previdenciários e oportuniza inclusive comprar insumos e materiais por um custo menor, algo que Tatiane não mencionou, mas provavelmente já está tendo ao realizar compras da matéria-prima para produzir os seus doces utilizando seu CNPJ. Isso tudo sem falar da tranquilidade ao trabalhar legalmente constituída, sem o risco, por exemplo, de sofrer com alguma fiscalização de órgãos tributários, municipais, estaduais ou mesmo federal.

A busca constante por inovar, fazer coisas novas. Claro, nem sempre dá certo, como ela mesma cita “a gente idealiza um produto X e, quando vai praticar, vê que nem tudo sai do jeito que a gente esperou”, mas o simples prazer de tentar de buscar algo diferente já é de suma importância pra se manter ativo no seu negócio.

As coisas novas, diferentes chamam a atenção do cliente e trazem ele para perto de você. Ele pensa, "o que será que vai ter de novidade?" E isso é uma maneira de fazer o cliente retornar. 

Ouvir o cliente, entender o que ele quer. Isso Tatiane cita logo no início da sua trajetória quando ainda montava cestas, ao dizer que “Passamos a perceber também que a maioria queria coisas mais caseiras ao invés das industrializadas, então aí começou a nascer de fato a nossa lojinha, com coisas que nós mesmos produzíamos, como bolos, biscoitos e geleias.”

Então, ao mesmo tempo que você precisa surpreender o cliente com novidades, você também tem que ouvi-lo e perceber, dentro do que ele gosta, onde colocar o seu dedo, a sua marca.

Ter objetivos, traçar metas, planejar onde se quer chegar, é fundamental para se sentir desafiado e assim perceber o seu crescimento, tanto no lado pessoal como no lado empreendedor. O planejamento do crescimento, saber a hora certa de dar um passo à frente, são importantes para se manter evoluindo e crescendo com consistência, sem perder a qualidade dos seus produtos ou serviços.

Tatiane pensa em conseguir um local maior e melhor estruturado para sua produção, e ainda enxerga o futuro de sua marca em formato de franquia. Isso demonstra pés no chão e firmeza de propósitos. E Tatiane, com um planejamento bem estruturado, um bom plano de negócios, pode, sim, transformar estes sonhos em realidade. 

O Sebrae está sempre disponível para ajudar o MEI e os micro e pequenos empreendedores em geral em todas essas etapas, com consultores e cursos on-line ou presenciais, muitos deles de forma gratuita.

O empreendedor pode esclarecer dúvidas, buscar ideias e se qualificar em qualquer área que precise procurando cursos e consultores do Sebrae. É só acessar www.sebrae.com.br

Para saber mais:

Portal do Sebrae:  Cursos gratuitos On Line

O que você precisa saber antes de virar MEI

Portal do Empreendedor: Verifique se você atende as condições para ser MEI 

FONTE: Delícias de Viver - Vida de MEI

Origem: Canal Empreender

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Tags MEI

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