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A cultura pode ter enorme importância dentro de um cenário de economia criativa. O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer até entender como somar empreendedorismo e manifestações culturais, uma vez que essa ainda é tratada como uma commodity. Entender como explorar a relação entre os dois conceitos pode escalar um país com imensa diversidade de povos, hábitos, conhecimentos e histórias, atraindo atenção global. 

O País, embora detenha uma grande quantidade e diversidade de ativos culturais, ainda tropeça na questão de transformar estes bens intangíveis em riqueza econômica, devido a aspectos tais como: insuficiência de políticas públicas; desvalorização da cultura por uma parte significativa da população; falta de entendimento do potencial a ser transformado em riqueza.  

Commodities são produtos de baixo valor agregado, mercadorias básicas e que possuem sua origem no setor primário da economia. São produtos elaborados em larga escala com características uniformes e que não trazem diferenças em relação ao local onde foram produzidos ou sobre quem os produziu. Além disso, elas desempenham o papel de servir de insumos para a fabricação de outros bens, isto é, são matérias-primas utilizadas para a produção de outros produtos. 

Já a cultura é o conjunto de tradições, valores e características específicas que definem um grupo social. É o que dá identidade e constitui a singularidade de uma pessoa, um grupo e, até mesmo, de uma empresa.   

Desta maneira, ficam claros as implicações e os antagonismos de cada um destes conceitos. Praticamente, cultura e commodity são termos incompatíveis. Mas, infelizmente, no Brasil temos muito que avançar sobre a questão do valor da nossa diversidade cultural para a promoção do desenvolvimento econômico sustentável.  

A cultura é um dos elementos mais importantes, aliada à criatividade e à inovação, no contexto da economia criativa. Porém, no Brasil o potencial da cultura para alavancar desenvolvimento sustentável e transformar a condição de comunidades país afora, detentoras de saberes e técnicas relacionadas ao seu patrimônio cultural, ainda é pouco explorado.  

A diversidade cultural do país é bastante conhecida e propagada, porém faltam políticas públicas de engajamento e, principalmente, que sejam permanentes, permitindo o amadurecimento e consolidação das iniciativas que surgem. É por isto que se faz necessário chamar a atenção para o fato de que cultura não é commodity.  

Países desenvolvidos já perceberam há muito tempo o valor da cultura num mundo globalizado. A começar de uma prática milenar como o mecenato, que em países desenvolvidos é bastante profícua e aqui no Brasil, até hoje, ainda engatinhamos. Cada vez mais, mundo afora surgem iniciativas empreendedoras atreladas a um aspecto cultural transformado em valor econômico.   

O lado positivo em relação ao contexto nacional é a grande potencialidade de gerar desenvolvimento econômico sustentável por meio da cultura. O lado negativo é que estamos perdendo tempo e que, por mais que existam iniciativas individuais e políticas públicas voltadas à economia criativa, é necessário apressar o avanço e a amplitude destas políticas e iniciativas, assim como criar estratégias para incentivar a inovação no país, que ainda é muito incipiente. Este é um contexto em que uma coisa puxa a outra.  

Para que nossos índices de inovação aumentem e deixemos para trás a prática, desde nosso processo de colonização, de termos nossos valores usurpados e extraídos, é necessário aprimorar o processo educacional e estimular a busca por conhecimento.  

O Sebrae, em suas plataformas, disponibiliza uma série de conteúdos que configuram uma fonte importante em busca de referências voltadas à inovação, criatividade e empreendedorismo. Basta um clique para entrar em um universo desafiador e envolvente de conhecimento.  

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