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O gerenciamento de riscos em uma empresa é um processo sistematizado que tem como objetivo identificar, analisar, minimizar ou neutralizar as ameaças ao negócio. A gestão dos riscos procura prever situações com potencial de afetar os resultados através de análise tecnológica, financeira e cronológica antes que aconteçam, otimizando, dessa forma, o capital da empresa. Os riscos variam conforme o setor, indústria e negócio, e podem impactar tanto a reputação quanto os colaboradores, compliance, questões jurídicas, tributárias e outras. 

A gestão de riscos pressupõe um processo com etapas bem definidas, permitindo tanto o controle interno quanto a tomada de decisão graças ao entendimento da exposição ao risco de cada momento. Para o gerenciamento de riscos, podem ser utilizadas várias metodologias e técnicas, sendo fundamental adotar aquelas mais adequadas a cada negócio: 

• Gestão de continuidade de negócios; 
• Gerenciamento de incidentes e crises; 
• Gestão de saúde e segurança; 
• Gestão de risco de segurança; 
• Gestão de risco financeiro; 
• Gestão de risco ambiental; 
• Gestão de risco de reputação; 
• Gerenciamento de risco de contratos. 

Para minimizar ou eliminar uma ameaça potencial que ainda não aconteceu, é necessário que ela seja previamente identificada. Como os riscos estão presentes em diversos aspectos, seja no mercado, no ambiente empresarial ou até mesmo dentro da empresa, é crucial realizar uma análise completa, iniciando por uma investigação minuciosa do que está ocorrendo fora da empresa. 

Existem fatores externos que podem ter um grande impacto nos resultados da empresa. E algumas variáveis externas que precisam ser observadas em uma análise de risco são as seguintes: 

Sazonalidade: Diz respeito à variação na demanda de um produto ou serviço em determinados períodos do ano. Embora essa variável possa ser uma fonte poderosa de oportunidades, também pode causar um impacto negativo nos negócios. Por exemplo, lojas que vendem produtos relacionados à moda enfrentam períodos de vendas tranquilas em algumas épocas do ano, enquanto em outros períodos as vendas diminuem, exigindo criatividade e estratégia para manter as vendas aquecidas. É fundamental realizar um planejamento adequado para cada fase para lidar com essa variação, já que essa situação pode gerar a necessidade de cortes nos gastos, parcelamento das despesas e redução do número de colaboradores. 

Efeitos da economia: Como a empresa está inserida no mercado, qualquer mudança na economia do país ou do mundo pode impactá-la. Algumas situações que podem ocorrer e trazer prejuízos para a empresa são: 

• Flutuações cambiais: Afetam toda a cadeia de custos, especialmente para os produtos importados, e pode chegar até a empresa. Os mercados estão todos integrados em todo o mundo, e já vimos os impactos da Guerra da Ucrânia sobre os preços dos insumos agrícolas e do Petróleo, por exemplo. 
• Alterações nas taxas de juros: De modo especial as alterações na SELIC, que representa a taxa de juros na economia e é utilizada pelo Banco Central como política de enfrentamento da inflação. Quando há uma variação da SELIC para cima, os juros para empréstimos se tornam mais elevados, aumentando os custos das empresas. 
• Regulamentações governamentais: O governo exerce controle sobre alguns setores da economia e, com isso, as regras podem ser alteradas rapidamente. Os setores de transporte, educação, energia e saúde, por afetarem grande parte da população, são os que sentem mais impacto, mas isso também pode afetar o custo das empresas em outros setores. 

Enfrentar ameaças e gerenciar riscos faz parte da vida diária de todos os empreendedores. Mais do que temer alterações, é importante estar preparado e munido de conhecimentos que possibilitem antecipar e minimizar problemas e, até mesmo, tirar partido deles, transformando-os em oportunidades.

Saiba mais: 

Qual a melhor atitude empreendedora: correr riscos ou ser cauteloso? 

Como correr riscos calculados 

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