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Faz tempo que se percebeu que havia um problema fundamental na indústria brasileira, problema que levava essa indústria a ser pouco produtiva e, consequentemente, ver seus custos aumentarem progressivamente (o que reduzia ainda mais a produtividade).

Um estudo mostrou que esse problema não nascia, e não nasce, da falta de investimentos na área, mas de problemas na formação no capital humano e, principalmente, na organização dos processos e sistemas produtivos da indústria.

A questão central passou a ser: como, em uma economia global cada vez mais competitiva e com a tecnologia avançando cada vez mais rápido, otimizar os processos, tornar os processos mais eficientes? Como crescer e como conseguir superar a concorrência?  

Bom, esse é o cenário atual, onde o que se busca é o crescimento da chamada Indústria 4.0. É preciso fazer cada vez mais, cada vez melhor e em cada vez menos tempo. Otimizar. E fazê-lo a partir de novas tecnologias e novas ferramentas de gestão.  

Mais tecnologia resulta em mais integração e em um aprofundamento da digitalização de tudo em uma indústria, a partir da compra da matéria-prima e até a entrega do produto final ao cliente. Esse novo universo tecnológico pode ajudar em várias áreas. 

A tecnologia permite, por exemplo, que as empresas possam acompanhar melhor seus colaboradores, em todas as fases de produção, através de sensores espalhados pela fábrica. Esses dados fazem com que se possa otimizar rotas, por exemplo, ou reduzir o tempo necessário para cumprir cada fase da produção. 

A gestão de processos dentro de uma determinada planta pode se tornar mais eficiente com mais organização e mais integração. As variáveis que compõem esses processos podem ser previstas com mais efetividade.

O estoque pode ser otimizado e a qualidade do produto controlada com mais precisão. Tudo isso com o uso mais eficiente das tecnologias disponíveis. 

É claro que, para isso acontecer, é preciso que se cumpram uma série de etapas. Em primeiro lugar, é preciso que a alta gestão da empresa apoie decisivamente o projeto.

É imprescindível que o pessoal envolvido nestes processos receba a necessária capacitação; finalmente, toda a energia possível precisa ser focada na otimização de todo o processo produtivo da companhia. 

Existem várias ferramentas que podem ser usadas para construir um bom projeto de otimização dos processos em uma indústria. Veja abaixo algumas dessas ferramentas: 

1. A chamada Matriz Sipoc permite fazer uma análise detalhada das entradas e das saídas de cada processo, na forma de uma tabela. Com isso, é possível mapear tudo o que é realmente importante para melhorar um determinado processo, antes mesmo de começar.
2. A Matriz GUT faz com que se possa estabelecer prioridades, em função da gravidade de determinado problema, de sua urgência e das tendências que podem ser visualizadas. Com ela, é possível saber o que é mais importante.
3. A empresa japonesa Toyota criou um método, o Kanban, por meio do qual as atividades de um determinado processo são separadas em três grupos: aquelas que ainda estão por fazer, as que estão sendo feitas e aquelas que já foram terminadas. Tudo é dinâmico, e as etapas vão sendo atualizadas à medida em que o processo avança.

O Sebrae preparou material para entender melhor como a melhoria de processos pode ajudar na otimização da gestão de uma indústria e como reduzir custos com isso. 

Resumindo: toda Indústria de Base Tecnológica requer uma contínua e profunda otimização dos processos. Só assim, ela poderá crescer e continuar atendendo seu mercado. 

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