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Quer começar ou aumentar suas vendas pela internet? O Up Digital é para você, dono de um pequeno negócio, microempreendedor individual, produtor rural e artesão, que ainda não vende on-line ou que deseja acelerar seus resultados. Trata-se de um programa 100% on-line e gratuito no qual você vai aprender como aplicar as estratégias de marketing digital na sua empresa. Pequenos empresários – donos de padarias, confeitarias, restaurantes, minimercados, pet shops, lojas de roupa, clínicas etc – já participaram e relatam que conseguiram aumentar sua visibilidade e presença digital, o alcance das suas publicações nas redes sociais, além de estabelecer uma rede de networking com os outros participantes. Seja visto na internet e acelere o seu negócio. Por que participar do Up Digital Sebrae? Para a sua empresa ter mais presença digital e vender mais. É uma jornada ágil de 15 dias. Conteúdos exclusivos para impulsionar suas redes sociais e suas vendas. Acesso a um ambiente digital exclusivo e 100% gratuito. Mentoria com especialistas em marketing digital, com foco no seu negócio. Encontros virtuais ao vivo com especialistas e empreendedores. Oportunidade de trocar experiências com outros empresários e fazer networking. O que é o Up Digital Sebrae? O Up Digital Sebrae é uma jornada on-line ágil, de 15 dias, com três encontros virtuais, de duas horas, e mais duas sessões de mentoria, de 45 minutos. São grupos fechados de até 15 empresários em um ambiente de compartilhamento de práticas, acompanhados por especialistas. Participe. Impulsione o seu negócio no mundo digital!
A pandemia do coronavírus fez com que os pequenos negócios buscassem soluções inovadoras para resolver os desafios que surgiram no momento de crise. Em especial, a rotina do aprendizado presencial mudou radicalmente, e pequenos negócios educacionais estão se reinventando e migrando para o mundo digital. A intenção é a de continuar promovendo ou até de ampliar a qualidade da aprendizagem em todos os sentidos. A atitude inovadora de aprender a distância é um desafio e, em momentos de crise, sabemos que usar de mecanismos tecnológicos e conteúdos atrativos de aprendizagem coletiva e com geração de impacto social faz muita diferença. O Sebrae, que tem apoiado os pequenos negócios há mais de 40 anos, está promovendo uma série de iniciativas para ajudar as micro e pequenas empresas a atravessar essa crise. Com esse intuito, foram selecionadas seis soluções de startups de ensino a distância (EaD) que podem ajudar a reduzir os impactos causados pela pandemia.
O isolamento físico e o fechamento das escolas, necessários para o controle da pandemia do novo coronavirus, forçaram a implantação do uso de recursos tecnológicos para interação online da comunidade escolar e continuação das atividades educacionais. O desafio é ainda maior para escolas que não se utilizavam de recursos digitais online em seu cotidiano. Nesse sentido, algumas escolas terão mais condições de suportar experiências digitais do que outras, mas nem por isso podemos deixar de pensar em estratégias para tentar diminuir diferenças. De qualquer maneira, a escola deverá fazer um plano de contingência imediatamente. Compartilhamos, abaixo, algumas dicas de Marina Lopes (Porvir), Luciana Allan (Instituto Crescer) e Laurel Schwartz (Edutopia): Dica 01 - Atenção às políticas públicas e anúncios oficiais. Fique atento se as diretrizes vêm acompanhadas da clareza sobre a formalidade do cumprimento dos dias letivos. O Ministério da Educaçã (MEC) o divulgou que irá publicar uma portaria para permitir que escolas da educação básica substituam aulas presenciais por aulas a distância por um período de 30 dias, que poderá ser prorrogado. Dica 02 - Estabeleça parceria com as famílias. Envolva-os desde o início do plano e mantenha uma comunicação clara e constante. Dica 03 - Verifique se todos os professores têm dispositivos para utilizar em casa, caso contrário, é possível que a escola empreste os equipamentos? E no caso dos estudantes, é possível que eles levem os equipamentos da escola para casa em regime de empréstimo? Dica 04 - Definidos os objetivos pedagógicos, avalie a usabilidade e os recursos multimídia. Nessa etapa, é importante que você desenvolva intimidade com o material, para que esteja seguro ao apresentá-lo para os alunos. Dica 05 - Programe uma atividade por dia com bastante intencionalidade, deixe as regras claras e vá aumentando a carga horária gradativamente conforme perceber o amadurecimento da turma. Dica 06 - Tecnologia não funciona da mesma forma para todas as faixas etárias. Utilize tecnologia de acordo com cada segmento, para fortalecer o trabalho pedagógico de acordo com as necessidades de desenvolvimento de cada idade. Também não podemos esquecer da inclusão de estudantes com qualquer tipo de deficiência física ou intelectual. Dica 07 - Promova atividades também em papel para que os estudantes não fiquem o tempo todo na frente do computador ou do smartphone. As orientações podem ser dadas online, mas as atividades podem ser desplugadas e, depois de finalizadas, fotografadas, filmadas ou digitalizadas para serem compartilhadas com os colegas e docentes. Dica 08 - No horário letivo, a sugestão de é que os professores estejam online em softwares de comunicação instantânea, como o Skype, WhatsApp e Zoom, para atender e interagir com os alunos em tempo real enquanto estão estudando e fazendo suas lições de casa, o que irá trazer maior conforto aos pais e alunos na medida em que diminui a sensação de isolamento. Dica 09 - Segurança. Observe o tempo de exposição à tela, navegação assistida, requisitos de privacidade e proteção de dados. Dica 10 - Preserve a saúde mental dos professores e gestores. Uma dica importante é não exigir que professores estejam conectados por muito tempo nem para atividades profissionais e nem em navegação especulativa. É preciso estabelecer horários de atendimentos e respeitá-los. Os professores não podem ficar à disposição de estudantes o tempo todo. Faça conferências regulares e coloque o assunto da saúde emocional na pauta para falar sobre como está sendo o processo para todos os envolvidos. Dica 11 - Para evitar que os alunos se dispersem navegando online, uma recomendação importante é que todos os arquivos sejam disponibilizados em um único repositório online, como por exemplo o One Drive, evitando compartilhar links, o que pode levar a dispersão. Dica 12 - Melhor ainda se a instituição puder organizar um LMS (Learning Management System) ou, em português, uma plataforma para gerenciamento de turmas a distância, onde em um único lugar é possível compartilhar documentos, montar uma agenda, interagir em fóruns, criar enquetes, gerenciar turmas etc. Há inúmeros recursos, mas no Brasil o Moodle continua sendo uma das opções mais conhecidas e utilizadas. Dica 13 - Muitas plataformas abertas estão disponíveis e podem ser utilizadas para aulas virtuais, como o próprio Microsoft Office 365, o Google Classroom, oTrello e tantos outros softwares direcionados para organizar reuniões, no caso aulas, fazer upload e download de arquivos, gravar vídeos ou áudios, criar grupos, fazer pesquisas, produzir jogos e várias outras atividades que permitirão criar novos formatos de ensino e aprendizagem online. Dica 14 - O Instituto Crescer disponibiliza diversos materiais que ajudam os professores na utilização das novas tecnologias como ferramentas educacionais, como os disponíveis nos Guias Crescer em Rede, que podem ser baixados gratuitamente. Vale a pena conferir! Para conhecer aplicativos, softwares e plataformas leia o artigo Melhores tecnologias de interação educacional em tempos de isolamento. Escrito por Vanessa Lima, colaboradora do Sebrae/SP.Foto de William Iven no Unsplash. _________________________________ Referências: ALLAN, Luciana. Recursos Educacionais. Disponível em: https://sites.google.com/view/luciana-allan/recursos-educacionais?authuser=0. ALLAN, Luciana. Como a tecnologia pode ajudar nossas escolas a vencer o Coronavírus? Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/crescer-em-rede/como-a-tecnologia-pode-ajudar-nossas-escolas-a-vencer-o-coronavirus/. LOPES, Marina. Plataformas liberam recursos para escolas fechadas durante pandemia do coronavírus. Disponível em: https://porvir.org/plataformas-liberam-recursos-para-escolas-fechadas-durante-pandemia-do-coronavirus/. SCHWARTZ, Laurel. What Teachers in China Have Learned in the Past Month. Disponível em: https://www.edutopia.org/article/what-teachers-china-have-learned-past-month.
A crise do coronavírus tem trazido grandes desafios para os empresários e os profissionais que atuam na Educação. As escolas estão se adaptando à ausência dos alunos em sala de aula usando tecnologias e aplicativos educacionais para interação à distância. As instituições que já utilizavam essas tecnologias precisaram aprimorar para o uso em larga escala. As que não adotavam esses recursos estão tendo que se adaptar muito rapidamente. A grande dúvida é: quais tecnologias escolher em meio a tantas possibilidades? Apresentaremos, a seguir, uma seleção de aplicativos, softwares e plataformas para apoio educacional. Para se preparar leia o artigo Dicas para o uso de tecnologias nas escolas. Plataformas Institucionais Ministério da Educação e Cultura (MEC) Plataforma de recursos educacionais digitais com vídeos, animações e muitos outros recursos. Acessar plataforma do MEC > Centro Sebrae de Referência em Educação Empreendedora (CER) Portal do Sebrae com conteúdo e ferramentas sobre inovação em educação. Acessar plataforma do CER > Instituto Crescer Disponibiliza diversos materiais para os professores como auxílio na utilização das novas tecnologias de ferramentas educacionais, como os disponíveis nos Guias Crescer em Rede, que podem ser baixados gratuitamente. Acessar plataforma do Instituto Crescer > Plataformas educacionais Google For Education Hangouts (chamadas em voz e vídeo), Sala de Aula (gestão de aprendizagem), dicas para aprimorar o ensino a distância, criar aulas interativas e gerenciar trabalhos em grupo de forma virtual. Acessar plataforma Google For Education > Schoology Reune uma série de recursos para apoiar escolas no plano de contingência; e um ebook que consultou 14 educadores sobre como manter o aprendizado durante o fechamento de escolas. Todos os materiais estão disponíveis em inglês. Acessar plataforma Schoology > Edmodo Com recursos disponíveis para professores, alunos e pais, a plataforma está promovendo webinários sobre como configurar classes para ensino a distância, elaborar atividades, avaliar os estudantes, desenvolver competências socioemocionais no ambiente online e promover viagens virtuais de campo. Por enquanto, esses conteúdos estão disponíveis em inglês e podem ser acompanhados pela hashtag #BetterTogether. Acessar plataforma Edmodo > ClassFlow Plataforma que reúne diversos recursos como testes, questionários instantâneos e atividades para alunos; e comunidade aberta onde os professores podem encontrar materiais pedagógicos interativos, como aulas, planos dos departamentos, avaliações, guias didáticos e folhas de trabalho. Acessar plataforma ClassFlow > Nearpod Plataforma de engajamento de alunos baseada na Internet, que permite que os professores da escola gerem aulas personalizadas, deem notas, façam avaliações, sessões ao vivo e muito mais. Além de oferecer acesso temporário às escolas que estão lidando com o fechamento como forma de prevenção ao coronavírus, a Nearpod também tem realizado webinários para apoiar os planos de contingência. Acessar plataforma Nearpod > Ferramentas educacionais Classkick e Formative Recursos para personalizar as atividades para diferentes níveis de aprendizagem ou interesse dos alunos. Acessar plataforma Classkick > Acessar plataforma Formative > Imagistory Recursos para construção de histórias colaborativas baseadas em imagens e áudio. Acessar plataforma Imagistory > Figment Alunos são convidados a escrever histórias, prover feedback nas histórias de outros alunos e a compartilhá-las na internet. Acessar plataforma Figment > GooseChase Professores podem criar caça ao tesouro para os alunos, que podem participar sozinhos ou de forma colaborativa. Acessar plataforma GooseChase > Lab4U Alunos podem fazer download de um laboratório para experiências de química, física e biologia. Acessar plataforma Lab4U > 3dbear Recurso para trabalhar conceitos complexos com suporte da realidade virtual. Acessar plataforma 3dbear > Fun Academy Soluções baseadas na abordagem Fun Learning, que combina as melhores práticas e os últimos avanços na educação infantil. Acessar plataforma Fun Academy > Turnitin Feedback Studio Ferramenta para prover feedback nas produções textuais dos alunos. Acessar plataforma Turnitin > Sisra Ferramenta que contribuiu para promover observação do processo de aprendizagem dos alunos, análise do progresso e performance. Acessar plataforma Sisra > Pobble Ferramenta para estimular a produção de textos pelos alunos. Acessar plataforma Pobble > Gimkit Uma alternativa ao Kahoot. É possível criar quiz para trabalhar com os alunos em sala de aula. Acessar plataforma Gimkit > Seesaw Recurso gratuito para criar portfólios com os alunos. Acessar plataforma Seesaw > Software livre para dispositivos móveis Mais ou menos 300 aplicativos gratuitos para fins educacionais. Acesse link Software Livre > Weduc Sistema que integra uma série de ferramentas para interação com pais e familiares: registros da sala de aula, administração de absenteísmo, tracking dos alunos no caminho para a escola, lição de casa, pagamentos etc. Acessar plataforma Weduc > Showbie Combina uma série de ferramentas para avaliação e feedback, fazendo com que o processo de aprendizagem se torne mais significativo para os alunos. Acessar plataforma Showbie > Lesson App Plataforma para criar e compartilhar planos de aula. Acessar plataforma Lesson App > Seppo Plataforma para criar jogos. Acessar plataforma Seppo > Matematus Soluções de matemática por meio de publicações e consultorias. Acessar plataforma Matematus > Lifeliqe Aplicativo para aprendizado de ciências on-line com conteúdo "realista", como 3D, AR e VR. Atualmente estão disponibilizando acesso gratuito para alunos e professores. Acessar plataforma Lifeliqe > Recursos para aulas Beedle Ferramentas para escolas e professores no Microsoft Teams. Oferece recursos para produção de lista de aulas, diário útil dentro das equipes para que os professores armazenem recursos digitais das aulas, organizem seu trabalho diário e compartilhem conteúdo com outros professores e alunos. Acessar plataforma Beedle > Microsoft Teams Para manter organizações e escolas conectadas durante o COVID-19, a Microsoft está oferecendo acesso gratuito ao Microsoft Teams. A ferramenta é a central de trabalho em equipe do Microsoft Office 365, que possibilita conversar, fazer reuniões, ligações e colaborar a partir de um local seguro de trabalho. Acessar plataforma Microsoft Teams > Polleverywhere Recurso interessante para palestras e interação com os alunos. Acessar plataforma Polleverywhere > Mentimeter Transforme suas reuniões, palestras e workshops em atividades interativas. Acessar plataforma Mentimeter > Pear Deck Ferramenta que permite organizar avaliação formativa e questões interativas, vendo resultados em tempo real, o que permite os avanços dos alunos. Acessar plataforma Pear Deck > Sli.do Abra espaço para perguntas e reflexões em seus eventos, faça nuvem de palavras ou enquetes. Acessar plataforma Sli.do > Recap Ferramenta para promover bate-papo com os alunos, a partir da interpretação de vídeos. Acessar plataforma Recap > Hapara Possibilita a criação de projetos e avaliações que reúnem as necessidades de todos os estudantes. Acessar plataforma Hapara > Arc Recurso para criar vídeos interativos. Acessar plataforma Arc > Write About Permite a escrita colaborativa e feedback imediato do professor. Acessar plataforma Write About > Popplet Ferramenta gráfica para organização de brainstorming. Acessar plataforma Popplet > Spacedeck Quadro branco colaborativo que permite múltiplos editores trabalharem juntos. Acessar plataforma Spacedeck > Canva Ferramenta para criar apresentações criativas, infográficos, posters, flyers, etc. Acessar plataforma Canva > Comunidades e Redes SAPO Campus Comunidade virtual gratuita para a educação. Acessar plataforma SAPO Campus > FCLab.fi Future Classroom Lab é uma rede para desenvolvimento profissional que tem por objetivo testar e desenvolver novos espaços de aprendizagem. A rede é liderada pela Tampere University. Acessar plataforma FCLab.fi > Kiva Programa filandês de antibullying. Acessar plataforma Kiva > Kide Science Recurso educacional filandês para promover projetos STEAM. Acessar plataforma Kide Science > Education Alliance Finland Certificação internacional para aplicativos inovadores. Acessar plataforma Education Alliance Finland > Mightifier Aplicativo finlandês para ajudar a identificar situações de bullying e trabalhar na prevenção. Acessar plataforma Mightifier > Mushrif Ferramenta para tornar o caminho para a escola mais seguro. Acessar plataforma Mushrif > Escrito por Vanessa Lima, colaboradora do Sebrae/SP. _________________________________ Referências: ALLAN, Luciana. Recursos Educacionais. Disponível em: https://sites.google.com/view/luciana-allan/recursos-educacionais?authuser=0. ALLAN, Luciana. Como a tecnologia pode ajudar nossas escolas a vencer o Coronavírus? Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/crescer-em-rede/como-a-tecnologia-pode-ajudar-nossas-escolas-a-vencer-o-coronavirus/. LOPES, Marina. Plataformas liberam recursos para escolas fechadas durante pandemia do coronavírus. Disponível em: https://porvir.org/plataformas-liberam-recursos-para-escolas-fechadas-durante-pandemia-do-coronavirus/. SCHWARTZ, Laurel. What Teachers in China Have Learned in the Past Month. Disponível em: https://www.edutopia.org/article/what-teachers-china-have-learned-past-month.
Apesar da proporção de pessoas de 25 anos ou mais com ensino médio completo ter crescido no país, passando de 45,0%, em 2016, para 47,4%, em 2018, e 48,8%, em 2019, mais da metade (51,2% ou 69,5 milhões) dos adultos não concluíram essa etapa educacional. É o que mostra o módulo Educação, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua 2019), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números refletem a forma ultrapassada pela qual o conteúdo é transmitido nas escolas: o processo é todo padronizado para que os alunos sejam avaliados pela mesma prova. E foi nesse cenário que Claudio Sassaki e Eduardo Bontempo se perguntaram: "Se duas pessoas não aprendem da mesma forma, por que ensinamos da mesma forma?" Nasceu, dessa maneira, a Geekie, uma empresa que quer transformar o modo de aprender nas escolas brasileiras. A proposta da iniciativa é que, em vez de o aluno "encaixar-se" no currículo, o currículo possa se moldar ao perfil do estudante. Com base no conceito de ensino adaptativo, eles criaram uma tecnologia que utiliza big data, sistemas de autoaprendizagem – ou seja, que observam padrões para "ensinar melhor" – e uma plataforma web que pode personalizar o processo para cada estudante. Se o modelo tradicional de educação fosse um GPS, a Geekie seria o Waze: em vez de apenas dar a rota, a empresa quer entender o contexto, o sonho do aluno, identificar os buracos e redesenhar o trajeto com os retornos necessários para, depois, seguir adiante com mais facilidade. Para cumprir essa promessa, a Geekie tem hoje três produtos, que podem ser acessados por administradores, professores e alunos, do computador ou do celular, da escola ou de casa: Geekie Test: simulado que usa tecnologia preditiva para gerar um relatório imediato para o aluno sobre o desempenho dele. O resultado dá uma projeção de qual seria a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que pontos são mais fortes ou mais fracos, além de um roteiro de estudos para melhorar a performance. Geekie Lab: plataforma on-line que se integra a uma sala do ensino médio. Uma parte do programa corrige automaticamente os deveres de casa dos alunos, para que o professor possa focar em intervenções mais pontuais e personalizadas. Além disso, identifica as áreas de maior dificuldade de cada adolescente, provendo material personalizado em vídeo, texto, jogos, cartas e outros exercícios, permitindo que seja usado o formato mais eficaz para cada um, no grau de dificuldade mais adequado. Geekie Games: um teste feito para quem está se preparando para o Enem e oferece um plano de estudos especificamente para aquela pessoa. Em média, os alunos melhoram os resultados em 1,6 ponto por lição completada. Isso representa uma melhora em torno de 35% no desempenho do estudante a cada semestre de estudo. O processo de revolucionar a educação brasileira não é tão fácil, principalmente do ponto de vista do empreendedor. Sassaki explica que a maior dificuldade é lidar com os erros constantes e a sensação de despreparo. "Mass, você precisa aprender a lidar com isso e fazer com que isso te desafie a acordar e buscar o próximo desafio. Seguir em frente é transformar isso em algo que te faz andar mais rápido e aprender mais", completa. O início "Eu vi o quanto meu pai conseguiu transformar não só a vida dele, mas também a de todos nós por causa do estudo." Essa é a explicação de Eduardo Bontempo sobre a paixão por educação. Descendente de imigrantes italianos, o avô era sapateiro e não tinha muita instrução. O pai foi o primeiro da família, até então, a cursar uma faculdade. Claudio Sassaki herdou os mesmos valores e sempre foi bom aluno, muito por influência de sua família e da cultura japonesa. No ensino médio, começou a se dedicar mais à natação e ao tênis e acabou ficando muito ausente por conta dos campeonatos em que participava. Quando o momento de prestar vestibular começou a se aproximar, precisou tirar o atraso e foi aprovado em duas das melhores universidades do país, passando a dividir o tempo entre elas: Engenharia na Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em pouco tempo, no entanto, Sassaki percebeu que aquilo não era para ele. Não da forma como o conteúdo era passado. O pai não gostou da decisão do filho de prestar um novo vestibular, quanto mais para Arquitetura e Urbanismo. Para seguir nesse caminho, o jovem precisaria dar um jeito de se sustentar. O resultado da Fuvest, entidade que organiza o vestibular da USP, uma das provas mais concorridas do Brasil, acabou facilitando esse desafio: ele ficou no primeiro lugar geral. Com o currículo incrementado, Sassaki foi dar aulas particulares. Ensinava tudo, de matemática a ilustração, complementando ainda como instrutor de tênis aos sábados, o que o permitiu se bancar durante todo o curso de Arquitetura. Igualmente buscando uma fonte de renda, Bontempo tinha uma vida paralela de professor ou monitor de cursinho. Os dois só se encontram anos depois, mas descobriram que tinham em comum a paixão por ajudar pessoas a desenvolver potenciais. Encontro de geeks Como era de se esperar, Bontempo foi parar no mercado financeiro, afinal, ele tinha um diploma de Administração na FGV. Mas Sassaki, mesmo arquiteto de formação, trabalhou no Credit Suisse por dez anos e chegou a ocupar a vaga de vice-presidente nos Estados Unidos. Foi lá que eles se conheceram. Nos encontros, perguntavam se aquela era uma carreira que fazia sentido diante dos propósitos de cada um. A conclusão foi que não fazia. O propósito era ajudar as pessoas a desenvolver potenciais – e, por alguns anos, os dois foram trocando ideias sobre como realizá-lo. Sassaki foi fazer um MBA em Stanford, junto com um mestrado em Educação. Bontempo foi também fazer um MBA, mas no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Numa visita ao Brasil, encontrou Sassaki, e decidiram que era a hora de aplicar tudo que vinham aprendendo sobre práticas inovadoras de ensino. Bontempo não quis nem voltar para os Estados Unidos para terminar o curso: os dois caíram de cabeça no mundo empreendedor. Para isso, no início de 2011, Sassaki e Bontempo convenceram cinco dos melhores engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) a rejeitar ofertas de emprego no Facebook e no Google e a comprar o sonho da Geekie. Usando as próprias economias da época de banco de investimento, eles podiam pagar salários competitivos e alugar um escritório onde o primeiro produto começaria a ser desenvolvido. Em apenas três meses, a Geekie já tinha o primeiro cliente, uma das melhores escolas de São Paulo. Do próprio bolso Houve um longo tempo em que os empreendedores não só não receberam nada, como também continuaram tirando do próprio bolso para investir. Mas, o dinheiro não durou para sempre e, em um ano, a empresa já enfrentava dificuldades financeiras. Porém, em uma decisão bem acertada, os jovens resolveram que não deixariam de pagar salários a ninguém, muito menos fazer cortes que prejudicassem a equipe. Começaram a se preparar para uma rodada de captação, mas, enquanto o dinheiro não entrava, o risco de ficar sem caixa era enorme. "Houve uma reunião em que a gente colocou na parede os custos que a gente tinha, foi um pouco preocupante. A gente arrumou dinheiro de onde não tinha, vendendo coisas para a folha de pagamento daquele mês. O próximo passo foi ligar para os fornecedores e pedir desculpas, porque a gente só ia poder honrar nossos compromissos no mês seguinte", lembra Bontempo. Apesar do susto, a rodada de captação foi um sucesso. Além disso, naquele mesmo ano, outras cinco escolas também fecharam a compra do produto de teste de diagnóstico adaptado. Com o produto validado e investidores na roda, eles puderam contratar mais pessoas e começar a trabalhar em outros produtos. Inclusão social Mas, uma das propostas da Geekie é tornar o ensino de qualidade mais acessível, e por isso ninguém pode ficar para trás. Para cada escola particular que implementa um produto, a empresa oferece a mesma tecnologia para uma escola pública. "Seria incoerente focar apenas nas escolas particulares, porque no final das contas, estaríamos aumentando as diferenças. Eu preciso fazer com que a Geekie chegue ao aluno que mais precisa", explica Sassaki. Com esse modelo, a Geekie manteve uma média de crescimento de 267% nos últimos três anos. "A gente percebeu que tem coisas que a gente pode fazer pelas escolas que vão além de como elas são hoje. Podemos ajudá-las a incorporar essa visão de uma educação que prepara para vida, que é menos memorização e mais desenvolver habilidades. O futuro tem carreiras que nem sabemos que vão existir. A gente tem um papel importante em levar essa discussão adiante. Não é só memorizar coisas para o vestibular que a gente vai construir o país que a gente gostaria de ter", completa. Conteúdo produzido em parceria com a Endeavor Brasil Assista ao vídeo e conheça um pouco da forma de pensar do Cláudio Sassaki.