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A chegada do sinal 5G no Brasil significa uma ampliação de oportunidades de negócio. Além de uma internet mais rápida, a tecnologia entrega uma experiência mais assertiva aos usuários com conexões mais estáveis.

Quem dá mais detalhes sobre o tema é o engenheiro Orlan Almeida. Ele é Head de Inovação na GIANT Inovação, CO Founder do 5G Weekend, especialista em IoT, com MBA em Transformação Digital e Futuro dos Negócios pela PUC-RS.

O currículo do Orlan não para por aí. Ele também é especialista em Inteligência Artificial para negócios pela Singularity University. Professor no MBA de Negócios Disruptivos no Centro Universitário IESB, mentor do Founder Institute (maior pré-aceleradora de startups do mundo), palestrante, consultor, ganhador do prêmio Algar Innovation Day e projetista da primeira tornozeleira eletrônica brasileira.

Leia a entrevista completa.

1. Considerando que o 5G vai chegar inicialmente apenas nas capitais, o que os negócios que estão fora dessa cobertura podem esperar?

Naturalmente existe um cronograma de implantação, visto que é uma tecnologia nova que demanda muito investimento por parte das operadoras. Hoje em dia, se seu negócio não é pensado para ser online, você pode estar correndo o risco de povoar ainda mais o grande cemitério dos CNPJs que existe no Brasil.

Nesse contexto, mesmo que a implantação final em todo território nacional leve mais alguns anos, o cronograma definido pela Anatel começa com capitais e regiões mais populosas, o que certamente representa um grande mercado a ser explorado por qualquer negócio.

2. A chegada do 5G vai aumentar a conectividade em áreas ainda sem cobertura? De que forma isso pode ocorrer?

Indiretamente sim, visto que durante a concepção do edital que autorizou a implantação da tecnologia no Brasil foram colocadas várias metas de expansão da conexão à internet pelo país, atendendo desde estradas que antes não tinham cobertura de rede celular, até municípios menores que antes não tinham um plano claro de expansão da conectividade para seus moradores.

3. Nos locais em que nem o 4G funciona normalmente haverá alguma melhoria de cobertura?

Sim. Uma coisa importante é que cobertura é diferente de disponibilidade

de rede. É aquela situação em que você “tem sinal” mas não consegue navegar. Com a nova tecnologia, o núcleo da rede das operadoras, que é o responsável por dar essa disponibilidade de navegação, será atualizado com a nova tecnologia 5G, liberando mais recursos computacionais que deve reduzir a pressão sobre a atual rede 4G, melhorando a experiência de conectividade como um todo.

4. Qual o impacto do 5G para os pequenos negócios de forma geral? Como o empresário deve se preparar?

O 5G representa um salto na experiência do usuário, uma mudança radical de interatividade, visto que as novas redes são mais velozes e mais estáveis. Isso deve impulsionar e muito as compras online, uma vez que os sites desenvolvidos para essa nova era terão recursos de visualização 3D de produtos, possibilidade de passeios virtuais pelas prateleiras das lojas físicas e muitos outros recursos, que se quer foram inventados.

Será que se uma loja de sapatos me proporcionar um passeio virtual pelas suas prateleiras, onde eu possa escolher e comprar um produto remotamente eu ainda vou em uma loja tradicional que não tem esse recurso?

Como serão os sites daqui para frente? É esse tipo de coisa que o empresário precisa estar atento para se preparar para a revolução prometida pelo 5G.

5. A Internet das Coisas com o uso de sensores já poderá ser viabilizada nas empresas?

Com certeza. Apesar do conceito de Internet das Coisas ser dos anos 90, nunca tivemos uma rede de comunicação sem fio adequada a esses sensores e outros produtos que se beneficiariam de uma conexão à internet.

O 5G nasceu com uma parte dedicada a esse tipo de equipamento, trazendo a segurança necessária para que os fabricantes de produtos eletrônicos comecem a prover novos serviços por meio do uso de sensores conectados à nuvem.

6. Os serviços de telefonia ao usar o 5G vão ficar mais caros?

O que se espera é que aconteça o que aconteceu com a chegada de outras tecnologias. No começo serão mais caros, mas à medida que o mercado se estabilizar, teremos um equilíbrio entre a proposta de valor das operadoras e o investimento que o usuário está disposto a fazer por uma nova tecnologia.

7. Mais algum ponto importante a ser ressaltado com ligação específica aos pequenos negócios?

A palavra-chave é experiência do usuário. O 5G deve gerar impactos massivos na experiência de compra e decisão de compra em todos os mercados daqui para frente.

Por mais que seja doloroso, não podemos esquecer a importante lição deixada pela pandemia – negócios com mais de 30 anos fechando as portas porque não se adaptaram as transformações digitais.

Pois bem, o 5G representa uma das maiores transformações digitais que sofreremos nos próximos 5 ou 10 anos. Então comece a se preparar hoje para essa nova realidade, seja sozinho, seja contanto com a ajuda de um especialista.