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Finanças | FLUXO DE CAIXA
A Conciliação de prazos com fornecedores e clientes

Empreendedores devem controlar o caixa calculando o prazo obtido com fornecedores, o prazo concedido aos clientes e o prazo das mercadorias em estoque.

· 17/12/2013 · Atualizado em 06/12/2018
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Para você avaliar como a forma de efetuar seus pedidos afeta o seu empreendimento é necessário considerar algumas informações indispensáveis:

  • Os prazos obtidos com fornecedores;
  • Os prazos concedidos aos clientes;
  • Os prazos de permanência das mercadorias nos estoque.

Se você não tem estoque, você tem um prazo a menos para preocupar-se. Outra observação importante é que o tempo que as mercadorias ficam paradas no estoque deve ser somado ao prazo que você dá para os seus clientes. O resultado da soma será comparado com o prazo médio obtido com os fornecedores.

Isso quer dizer que não basta conciliar o prazo médio obtido com fornecedores com os prazos concedidos aos clientes. Os prazos das mercadorias (no caso de comércio) ou de matérias-primas (no caso de indústrias) em espera nos estoques também devem ser considerados.

Fique atento

Quanto mais tempo uma mercadoria levar para ser vendida, mais tempo você demorará a receber pela venda. No momento em que o fornecedor lhe vende uma mercadoria, começa a contar o prazo para você pagá-lo, caso ele tenha lhe concedido algum prazo para isso. Assim, neste mesmo momento começará a contar o tempo que levará para você receber pela venda desta mesma mercadoria.

No caso de indústrias, devem ser somados os prazos de permanência no estoque de matéria-prima, na linha de produção e no estoque de produtos acabados.

Dessa forma, a soma do prazo médio concedido aos clientes com o prazo médio de permanência das mercadorias em estoque pode ser maior ou menor do que o prazo médio obtido com os fornecedores.

Se for maior você estará sempre pagando seus fornecedores antes de receber dos seus clientes. Se for menor você estará sempre recebendo dos seus clientes antes de pagar os seus fornecedores.

No primeiro caso, provavelmente irá faltar dinheiro para os pagamentos, sendo necessário o uso de seu capital de giro ou de empréstimos, para cobrir a falta de recursos financeiros naquele momento. Então quando você começar a receber dos seus clientes poderá repor seu capital de giro ou devolver a quem lhe concedeu o empréstimo.

No segundo caso você terá sempre algum dinheiro em caixa que não é seu. É dos fornecedores que ainda não foram pagos, pois eles concederam a você prazo para tal.

Exemplo:

Um empreendimento industrial pratica a seguinte política de prazos:

  • Prazo médio concedido aos clientes: 30 dias;
  • Prazo médio obtido com os fornecedores: 30 dias;
  • Prazo médio de permanência das mercadorias em estoque: 60 dias, desde a recepção da matéria-prima até a venda do produto acabado.

Dessa forma, a indústria recebe a matéria-prima, produz e vende os seus produtos em 60 dias, mas vai receber pelas vendas realizadas 30 dias depois. Isso quer dizer que a partir da hora em que se adquire a matéria-prima até o momento em que efetivamente se recebe pela venda do produto acabado, há um período de 90 dias.

Mas, se a partir do momento em que se adquire a matéria-prima começa a contar o tempo para pagar os fornecedores, então, 30 dias depois da compra, a indústria deverá efetuar os pagamentos.

Isso significa que este empreendimento paga os seus fornecedores 60 dias antes de receber dos seus clientes, pois paga em 30 dias e recebe em noventa, sempre contando o tempo a partir da compra da matéria-prima.

Em outras palavras, o empreendimento realiza a compra, logo paga com 30 dias, e vende passados 60 dias, assim espera 90 dias para receber pelas vendas realizadas. Isto é, recebe 60 dias depois de pagar. Este negócio precisa então ter capital de giro a sua disposição para pagar, não somente os fornecedores, mas também todos os outros custos durante esses 60 dias.

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