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A inflação já é uma realidade e afeta tanto as pessoas, como as empresas. Não é a primeira vez que o Brasil vive situação semelhante e, muitas vezes, a primeira providência dos empresários é elevar os preços, como forma de garantir uma menor perda na lucratividade. Mas, se os clientes/consumidores também estão com o seu poder de compra comprometido, subir os preços vai, muito provavelmente, ter o efeito inverso – retração nas vendas e na lucratividade da empresa.

Mas, como lidar com a situação?

O que é inflação

A inflação consiste numa subida generalizada e sustentada dos preços de bens e serviços disponibilizados e consumidos pelas famílias. Em uma economia de mercado, o preço dos bens e serviços pode variar em qualquer momento: alguns preços sobem, outros descem. Existe inflação quando os preços dos bens e serviços aumentam de forma generalizada (e não apenas o preço de alguns itens específicos), e esse aumento é continuado em um período de tempo.

A inflação afeta a todos porque, com o aumento continuado dos preços, a moeda vai perdendo valor ao longo do tempo, ou seja, passamos a precisar de mais dinheiro do que antes para comprar os mesmos produtos e/ou serviços.

Em momentos de inflação, a atividade econômica fica comprometida, porque como a previsibilidade necessária às transações e à celebração de contratos fica reduzida, isso implica em acréscimos de custos, levando a atualizações mais frequentes dos preços.

Algumas formas de driblar a inflação

Com a alta da inflação, os pequenos negócios são os mais impactados pelos reajustes, que provém, na grande maioria das vezes, da matéria-prima e das despesas essenciais para o funcionamento do negócio, como: aluguel, luz, combustível, dentre outros.

1. Redução de custos para aumentar a margem de lucro

Nem todos os preços aumentam na mesma proporção e ao mesmo tempo. Então, quando as condições econômicas mudam, a subida de preços também varia muito. Assim, com diferentes taxas de inflação para diferentes matérias-primas, os negócios devem considerar a substituição de um material por outro equivalente, ou cujas propriedades permitam obter o mesmo resultado final, por um preço inferior.

Repensar as relações com os fornecedores e procurar assinar contratos com um preço fixo a longo prazo com quem fornece produtos de boa qualidade, é uma boa alternativa. Isto faz com que os custos não variem tanto enquanto esses contratos estiverem em vigor.

2. Revisão da oferta de produtos

Outra maneira de conter custos, é simplificando as cadeias de produção. Uma das formas de fazer, é reduzindo a lista de produtos oferecidos ao mercado. Focar em nichos mais específicos e mais rentáveis pode ser uma boa alternativa para momentos instáveis. 

Para essa seleção, deve ser considerada a relevância e lucratividade de cada produto do portfólio, eliminado ou pondo em pausa a oferta de produtos que não estejam a contribuir tanto para os lucros. Esta redução pode parecer contraproducente quando o objetivo é o crescimento da empresa, mas pode ser muito benéfica em períodos de elevada inflação.

3. Delineando uma estratégia de preços

Uma das razões apontadas para a elevada taxa de inflação, foi o repentino aumento da procura de produtos quando do final das restrições da pandemia.

Mas, se não tiver havido uma diferença na procura pelos produtos da sua empresa e os consumidores forem sensíveis à variação de preços, há outras estratégias que podem ser adotadas para diminuir a percepção do impacto deste aumento:

• Criação de pacotes agrupando produtos complementares para que o cliente sinta que está a obter um maior valor se comprar o pacote;
• Adicionar ou remover funções ou características do produto para poder reduzir o custo de produção ou aumentar o valor percebido pelo cliente;

Mas, essa decisão deve ser tomada de forma estratégica, de forma a não prejudicar os resultados da empresa a médio e longo prazos.

4. Controle da gestão de estoque e do fluxo de caixa

Para negócios de venda de produtos, uma estratégia em tempos de elevada inflação é o aumento da quantidade de matéria-prima ou produtos armazenados. Isto garante que tem estoque suficiente para responder aos pedidos dos clientes.

Ao armazenar mais matéria prima a um preço mais baixo, a empresa garante que os seus custos de produção se mantêm, mesmo com o aumento da inflação. Assim, poderá também ser mais estratégica na altura de comprar mais matéria-prima, tentando aproveitar os momentos de menor inflação.

5. Reavaliação dos seus recursos humanos

Para além da elevada inflação, outro desafio que as empresas enfrentam atualmente, é a falta de mão de obra, que também leva a um aumento dos salários para captação de talentos. Isto faz com que se torne ainda mais pertinente a reavaliação dos recursos humanos do negócio.

Devido a esta falta de mão de obra generalizada, uma das melhores estratégias será a eliminação da necessidade dessa força de trabalho, se tiver havido redução da oferta de produtos, como falado anteriormente.

6. Renegociação de créditos

Falar com o banco para tentar renegociar qualquer financiamento será essencial neste período. Se houver algum crédito com taxa variável, o mesmo deve ser convertido para taxa fixa, se for possível.

Se houver vários créditos em diferentes bancos, deve ser estudada a hipótese de consolidar todos num só. Poderá ser conseguida uma taxa de juro mais baixa, reduzindo o custo total a ser paga aos bancos.

O importante é tentar blindar a empresa o mais possível para passar pelo período da crise, evitando-se assim, o risco de encerramento das atividades.

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_{Fonte: https://www.sebrae-sc.com.br/blog/inflacao-alta-como-gerenciar-pequenos-negocios-e-diminuir-os-efeitos-da-crise}

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