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Inovação | SUSTENTABILIDADE
Brasil deve movimentar US$ 100 bilhões em créditos de carbono até 2030

Saiba mais sobre o mercado de créditos de carbono que avança em meio à crescente preocupação com as mudanças climáticas.

· 06/10/2022 · Atualizado em 13/12/2022
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Muita gente ainda não se deu conta de como os acordos globais sobre o clima afetam a nossa vida e podem ser benéficos aos negócios. O capítulo mais recente dessa história são os avanços acordados pela 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), que em novembro de 2021 estabeleceu normas para o funcionamento do mercado de créditos de carbono. 

Para tentar reduzir o avanço do aquecimento global, em 1997 o Protocolo de Quioto propôs várias medidas, incluindo o mecanismo de créditos de carbono. O protocolo, assinado por cerca de 200 países, estabelecia que cada um deles teria uma meta a cumprir na redução de suas emissões de gases de efeito estufa (como o gás carbônico e outros que aquecem a atmosfera), e as medidas para compensar essas emissões gerariam créditos que, depois, poderiam ser negociados. Desse modo, os que não cumprissem suas metas poderiam compensar suas emissões comprando créditos dos que assim fizessem.

Para implementar a ideia, porém, foi preciso percorrer um grande caminho, já que nunca no mundo existira algo parecido. O Acordo de Paris, de 2015, estipulou metas para a redução das emissões, mas apenas na COP 26 é que se conseguiu um acordo para regulamentar esse mercado de créditos de carbono e definir os mecanismos de seu funcionamento. 

Negociações difíceis

As negociações dos tratados climáticos envolvem a arte de achar soluções para inúmeros conflitos simultâneos. Todos concordam que a transição para uma economia de baixo carbono com a redução das emissões é algo fundamental para a própria sobrevivência da humanidade, já que elas aumentam a temperatura do planeta. 

Segundo os cientistas, se, até 2050, o aumento da temperatura global ultrapassar a meta estabelecida pelo Acordo de Paris – de 1,5 grau Celsius – haverá grandes desastres no mundo como o aumento do nível do mar, secas, tempestades e outros problemas ainda mais intensos dos que os que vivemos atualmente. Mas, a responsabilidade de como conter as emissões gerou um grande debate ao longo das últimas décadas. 

Os países pobres têm uma matriz energética mais simples e que, usualmente, gera mais emissões, e a transição para energias mais limpas é cara. Enquanto os países ricos pressionavam os países em desenvolvimento para reduzir suas emissões, estes, por sua vez, diziam que a maior parte do aquecimento global hoje presente no mundo é fruto das emissões dos países mais desenvolvidos. 

Na COP 26, a questão do financiamento da transição nos países em desenvolvimento, ponto crítico para o Brasil, terminou com uma vitória do grupo dos mais pobres. Os países ricos concordaram em pelo menos dobrar o repasse de recursos. Ao final, o acordo não vai garantir as metas de redução das emissões estabelecidas pelo Acordo de Paris, mas já é um avanço.

Mercado de carbono, os pequenos também podem beneficiar-se

Um crédito de carbono equivale a uma tonelada de carbono que deixou de ser emitida para a atmosfera, contribuindo para a diminuição do efeito estufa. A expectativa é de que o Brasil movimente 100 bilhões de dólares até 2030 no mercado de crédito de carbono. Atualmente, as empresas negociam créditos no mercado voluntário por conta própria, mas esse cenário avança para a necessidade de regulamentação que já tramita na Câmara por meio de projetos de lei. Para se ter uma ideia, no último dia de agosto de 2022, um crédito de carbono fechou a 80,62 euros na Bolsa de Londres.

Existem diversas maneiras de gerar créditos de carbono. Um exemplo é a troca de lenha ou óleo combustível por biomassa renovável, como bagaço de cana-de-açúcar, por exemplo. O crédito é gerado ao calcular-se a diferença de quanto carbono deixou de ser emitido com a substituição. 

E não são apenas grandes empresas que conseguem gerar créditos de carbono. Uma olaria, que usualmente utiliza muita lenha para a queima dos tijolos, também pode gerar créditos de carbono, se estiver atrelada a um projeto de reflorestamento de uma área, assim como projetos de construção com materiais renováveis e economia de energia, entre outros.

Mas para produzir créditos de carbono tem uma série de requisitos, como validação, monitoramento e verificação dos créditos no órgão competente. Para destrinchar os trâmites legais, há várias empresas que oferecem consultorias especializadas nessa área.

 


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