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A tokenização é o tema do décimo artigo da série sobre tendências discutidas no Startup Summit, um dos eventos mais importantes para o ecossistema de inovação brasileiro. Os tokens são uma nova maneira de registrar propriedade com segurança e transparência. Trata-se de um recurso que está começando a ser explorado no mercado de tecnologia e que tem um grande potencial para ser aproveitado nos diferentes campos de atuação das startups. 

Token é a representação eletrônica de um ativo real. Seu objetivo é facilitar negociações de bens, que podem ser objetos físicos, como equipamentos, e produtos não tangíveis, como moedas digitais. Todos os tokens são meios de troca e possuem assinaturas criptográficas para segurança e manutenção dos registros.

Todo token é registrado na blockchain, assim como as criptomoedas. No entanto, token e criptomoedas não são a mesma coisa. Os dois são ativos descentralizados que representam recursos e são utilizados em transações. No entanto, as criptomoedas representam o próprio valor, enquanto os tokens fazem referência a ativos de qualquer valor.

A blockchain é estruturada em blocos, em uma cadeia imutável e funciona como uma espécie de livro-razão digital para registro das transações. No caso da tokenização, as regras de cada ativo são estabelecidas em um contrato inteligente e em um programa armazenado na blockchain.

Assim, tokenização significa transformar um ativo físico, como um imóvel, por exemplo, em um ativo digital. Conheça os tipos de token para compreender melhor como ocorre a tokenização:

Payment token: é um ativo que funciona como dinheiro e é usado para pagamento de produtos ou serviços em ambientes on-line. As criptomoedas são exemplos de payment token.

Utility token: empresas oferecem tokens de utilidade aos investidores, que podem comprar produtos ou serviços com eles. A ideia é arrecadar recursos.

Security token: são vinculados à propriedade de ativos já existentes. Cada security token representa uma fração de um ativo negociável, como um imóvel ou uma ação, por exemplo. As transações, nesse caso, são rastreadas.

Equity token: podem ser baseados somente em ações de empresas ou commodities, como café e petróleo. Esses ativos são regulados por autoridades financeiras.

Token não fungível (NFT): é uma forma de registrar digitalmente uma propriedade, como uma obra de arte, e de transferir ativos específicos e exclusivos.

E, quais são as vantagens da utilização dos tokens? As vantagens são inúmeras, mas, para as pequenas empresas e startups, a mais relevante é a democratização de investimentos. A divisibilidade ou o fracionamento de ativos em pequenas frações é uma das vantagens da tokenização. 

O acesso fácil a ativos de alta performance é um dos benefícios da tokenização. Antes, esse acesso era restrito a grandes investidores e organizações financeiras. Agora, qualquer pessoa pode investir em um ativo e obter lucro. 

Além disso, todo o processo de tokenização é seguro porque ocorre na blockchain, que é descentralizada, o que a torna menos suscetível a ciberataques. Como todas as informações de um token ficam salvas na blockchain, é possível fazer consultas durante todo o processo, e isso garante transparência às transações realizadas. E por não envolver terceiros, a transação é mais ágil e eficiente. 

A tokenização é uma tendência que já está em processo avançado de implementação. Startups já estão utilizando esse recurso para ter mais segurança nas suas transações e atrair mais investidores. 

O Startup Summit é um evento relevante e que traz discussões atuais e tendências de mercado. Fique atento às próximas edições!

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