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Um dos maiores desafios dos empreendedores é manter a sua empresa ativa, mesmo quando o cenário econômico não é favorável. Ao considerar a lista dos 20 países com economias mais ricas do G20, o Brasil ocupa a quarta colocação com maior taxa de inflação. 

Atualmente, a tabela do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou a taxa de 8,73%. Apesar do número, o comparativo mensal registrou uma queda de 0,36% em agosto de 2022, a queda representa deflação.

E a inflação afeta diretamente o desenvolvimento das empresas, que sofrem com o aumento dos custos de produção – seja a sua matéria-prima ou valor dos fornecedores – e com a redução de vendas. 

Como preparar o meu negócio para continuar produtivo mesmo em um cenário de inflação?

Apesar de desafiador, existem algumas ações corporativas que irão contribuir para o enfrentamento do cenário econômico. E o Sebrae preparou uma lista para te auxiliar. Vamos lá?

• Negociação com os fornecedores

Assim que você identificar dificuldades em sua empresa, principalmente se estiverem relacionadas a faturamento e volume de vendas, não pense duas vezes: converse com seus fornecedores. Negocie o prazo de pagamento, repasse e, se for necessário, reduza a remessa de produtos. Os seus fornecedores são grandes parceiros do seu negócio, então, mantenha uma relação clara e pautada no diálogo. 

• Gestão de estoque

Faça uma gestão de estoque inteligente, para isso, o histórico de vendas torna-se fundamental. Não faz sentido ter um estoque superlotado, até porque, a depender dos tipos de produto, isso vai exigir gastos com a manutenção.

Tenha um estoque que atenda a sua demanda e que não fique totalmente vazio depois do fechamento do mês.

• Defina corretamente o preço

Definir o preço dos seus produtos corretamente significa definir os preços de acordo com os seus gastos. Colocar os preços muito altos, com o objetivo de lucrar mais é um grande mito. Afinal de contas, o efeito pode ser totalmente contrário à sua expectativa e ainda gerar produtos sem saída.

O preço tem que estar relacionado com os gastos e também com a projeção de lucro (que não pode ser superfaturada). Esse item é crucial para aumentar o giro de estoque e a concretização de vendas.

• Alternativas de frete

Pode ser que o custo do combustível influencie nas suas opções de frete, mas que tal procurar transportadoras com preços mais em conta? Não tenha receio de fechar parcerias com o melhor custo benefício para a sua empresa e para o seu cliente.

Ofereça também a alternativa de retirada no local ou converse com o seu cliente sobre possibilidades de prazo maior para a entrega.

• Cuidado com os investimentos

Durante a inflação, pode não ser o melhor momento para investir. Então, evite gastos e aquisições que não sejam realmente necessárias para a sua produção. Até mesmo a aquisição de crédito – seja por meio de empréstimos ou financiamentos – deve ser repensada. Afinal de contas, as parcelas e os juros podem representar mais uma dívida ativa.

• Redução de custos

Toda empresa tem uma relação de gastos (fixos e variáveis), e é importante ter tudo registrado mensalmente. O registro ajudará a identificar quais são os gastos mais altos, os respectivos motivos e se há possibilidade de diminuir os valores.

Por exemplo, o uso consciente da água ou da luz, proporciona uma queda significativa nos valores das contas que são fixas. Perceba que é possível reduzir os custos de uma empresa, com uma boa organização financeira e gestão corporativa.

• Parcele suas dívidas

Caso a sua empresa possua contas em aberto, que prejudiquem o seu faturamento, você pode tentar uma negociação para parcelar suas dívidas. Então, organize suas contas e finanças para obter parcelas possíveis de pagamento.

O governo federal também oferece um programa para ajudar microempreendedores individuais (MEI), microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) a negociarem débitos do Simples Nacional. O Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp) proporciona a quitação de dívidas com benefícios.

• Reorganize as retiradas mensais

Em momentos de crise econômica vale repensar o valor do pró-labore – que é a retirada mensal pelos sócios da empresa. Se for preciso, reduza o valor de retiradas, converse com os sócios, estude a situação do seu negócio e verifique o que ficará melhor para obter bons resultados financeiros. A decisão não precisa ser permanente, pode ser algo temporário em prol de um bem comum.

• Fique de olho nos indicadores do IPCA

Por último e não menos importante, acompanhe com atenção os indicadores da inflação, pois eles são determinantes para definir sua relação com o mercado. Tanto nos custos de aquisição para o desenvolvimento do seu produto ou serviço, quanto para a comercialização para os seus clientes.

Com essas dicas, certamente você conseguirá driblar a inflação e manter um ritmo equilibrado de vendas. Acesse o portal do Sebrae e confira conteúdos sobre as tendências do varejo em 2022, além de instruções do uso de marketplaces para alavancar a receita e para vender todos os dias.