Saiba, ainda, o que são resíduos e o que fazer com eles, além de conhecer as tecnologias mais acessíveis para transformar os resíduos e dejetos em energia
Você sabia que a redução de gases do efeito estufa é o principal objetivo do mercado de créditos de carbono, criado a partir da assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997? Naquela ocasião, foram estabelecidas metas de redução de emissões de dióxido de carbono para os países mais industrializados do planeta.
Para que esses países consigam atingir suas metas, o protocolo permite a compra dos créditos de carbono de outras nações, como o Brasil, que também é signatário do acordo. Nesse sentido, créditos de carbono criam um mercado para a redução de emissão de gases do efeito estufa, dando um valor monetário à redução da poluição.
Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão de gases do efeito estufa (GEE). Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivalente o corresponde a um crédito de carbono.
- MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia
- PCC – Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima
- Instituto CarbonoBrasil
A organização de um grande show, exposição ou feira, por exemplo, demanda muita ação e material utilizado, como a montagem de estandes, impressão de press-kits, pastas, cartazes, folhetos, crachás etc. A ação sustentável é fundamental em uma produção para minimizar os impactos causados por esses eventos. É assim que a neutralização da emissão de carbono se tornou uma das medidas mais utilizadas pelos organizadores e gestores desse segmento.
Ela se dá por meio do plantio de árvores correspondentes à quantidade de gases de efeito estufa que são emitidos em cada situação. Ou seja, quanto maior for o evento, mais árvores deverão ser plantadas para captar CO2 e armazená-lo em forma de biomassa, retirando assim os gases da atmosfera.
Além de ajudar o meio ambiente, quem neutraliza a emissão de carbono ainda pode conseguir mais incentivo para a realização de eventos futuros. Isso porque iniciativas na área de preservação ambiental têm atraído cada dia mais empresas que querem ter o reconhecimento pelas ações de responsabilidade social. Então, se o evento garante essa neutralização, pode conseguir chamar a atenção de mais patrocinadores.
Para fazer o cálculo de emissão de carbono gerado, basta contratar uma empresa especializada. É preciso preencher um formulário em que serão detalhados os passos do projeto. Com esses dados, será possível identificar gastos e prejuízos gerados pelo evento ao meio ambiente. A partir daí, calcula-se o número de árvores que devem ser plantadas para minimizar esse impacto.
A ação consequente dessas palavras deve ser inserida na rotina de todos, e, mais ainda, dos organizadores de grandes eventos. A ideia é criar medidas preventivas, reduzir e compensar os impactos causados por nós, seres humanos.
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Reduzir
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Reutilizar
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Recuperar
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Reciclar
Depois de um grande evento, o que fazer com a montanha de lixo produzida? E com as sobras que se acumulam todos os dias em nossas vidas? Para garantir a preservação do meio ambiente, é fundamental saber lidar com tudo isso.
Os resíduos são exatamente as partes que sobram de processos derivados das atividades humanas e animal e de processos produtivos, como a matéria orgânica, o lixo doméstico, os efluentes industriais e os gases liberados em processos industriais ou por motores. E é justamente o aumento significativo de resíduos, nos seus diferentes estados (sólidos, líquidos e gasosos), e os indesejáveis efeitos no meio ambiente que têm elevado o custo de tratamento desses elementos.
O descarte incorreto do lixo urbano também gera graves efeitos nocivos ao planeta. Assim, reduzir, reutilizar e reciclar são condições essenciais para garantir processos mais econômicos e ambientalmente sustentáveis, nas cidades e no campo.
A base do conceito de sustentabilidade do mundo moderno é transformar resíduos e dejetos em coprodutos – produzindo mais com menos e com menor impacto ambiental. Isso significa produzir de forma mais eficiente, com a utilização racional das matérias-primas, água e energia. O mesmo conceito pode ser aplicado na produção agropecuária e agroextrativista, na medida em que esses processos produtivos devem ser gerenciados com maior eficiência, aliando racionalidade econômica a soluções locais e tecnologias adequadas para o manejo dos recursos ambientais.
Para muitas propriedades rurais, transformar os resíduos em energia elétrica e calor é uma solução necessária para o próprio suporte delas, assim como para o desenvolvimento de novas atividades produtivas. Nesse sentido, sustentabilidade significa diminuir custos no processo de produção, minimizar os impactos ambientais e agregar valor à produção ou, ainda, oferecer condições de desenvolvimento para as pequenas comunidades rurais mais isoladas.
As tecnologias mais acessíveis para transformar os resíduos e dejetos em energia são:
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Gaseificação: a quente (gaseificadores) e anaeróbica (biodigestores);
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Compactação de resíduos (produção de briquetes).
Os produtos energéticos derivados desses processos – gás, biogás e briquetes – substituem os combustíveis de origem fóssil com vantagens econômicas (menor preço de insumos), apresentam baixa emissão de gases de efeito estufa, reduzem os impactos ambientais em solo e água e podem suprir as necessidades de energia de uma pequena propriedade rural.
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8 Passos para criar um site de vendas
Mesmo quando as vendas não são feitas on-line, com um site de vendas, o cliente tem acesso a informações importantes, como formas de contato, endereço, produtos, antes mesmo de realizar a compra. O site pode apresentar as soluções e informações, como um cartão de visitas para a marca. Trata-se de um ambiente seguro para a empresa, que proporciona total domínio das informações inseridas naquele local. Além disso, o site possibilita a coleta de dados relevantes, como quantidade de acessos, páginas mais acessadas, frequência de compra, produtos mais vendidos, ticket médio, entre outros. O site de vendas é um canal de relacionamento com o cliente. É por meio desse portal que o consumidor pesquisa informações sobre sua empresa, produtos e serviços. Por isso, o ambiente deve transmitir confiança e ter todas as informações que o público julga como necessárias. Para criar um site de vendas, você precisa seguir os seguintes passos: 1. Defina os objetivos do seu site Você pode ter um site institucional, com o objetivo de apenas falar sobre a sua empresa, contar sua história, registrar seus feitos, apresentar os produtos ou serviços, informar os canais de contato. Se você for criar um e-commerce, precisará oferecer um ambiente seguro para compras, considerando que o cliente vai inserir as informações pessoais e financeiras. Além disso, um e-commerce necessita de um bom sistema de gestão, para organizar o estoque da loja on-line, gerenciar os pedidos, acompanhar as vendas e mais uma série de recursos fundamentais. 2. Registre um domínio O registro do domínio é o ponto inicial na construção de um site. O domínio é o nome do seu site. Em geral, as empresas utilizam o próprio nome, transmitindo maior confiança para o cliente que vai ter certeza que está no local correto. Porém, nem sempre é possível criar um domínio com o nome exato da empresa, principalmente se o nome é bastante comum. Nesse caso, você pode utilizar um nome aproximado ou uma abreviação. 3. Escolha a plataforma para o seu site A escolha da plataforma vai influenciar em diversos aspectos técnicos e funcionais do seu site, a começar pelo próprio domínio. Além de não transmitir profissionalismo, as plataformas gratuitas são limitadas, não garantem segurança ao ambiente, podem cair com o pico de acessos dos usuários, e apresentarem diversas outras restrições. 4. Invista em conteúdo de qualidade para seu site Seu site deve ter as principais informações sobre a sua empresa, contar a história da marca, apresentar produtos ou serviços e o seu contato. Além disso, você pode inserir mais conteúdo e imagens, sempre com o cuidado de não deixar o site muito carregado e com informações que podem confundir o público. 5. Crie descrições completas para os produtos No e-commerce, não há vendedores auxiliando o cliente, por isso a descrição dos produtos é um apoio às vendas. São os textos de descrição que vão informar as características do produto, salientar os pontos fortes e tirar as dúvidas do cliente. Na hora de criar essas descrições, faça pesquisas e testes para entender quais são as informações mais interessantes a serem destacadas. Descubra quais são os termos que os clientes utilizam quando pesquisam por um determinado produto e utilize nas descrições de forma equilibrada. Você também pode criar um blog e publicar avaliações sobre os produtos, como utilizá-los, quais as vantagens em adquirir, entre outros conteúdos que podem ser interessantes para o cliente. 6. Crie uma identidade visual A identidade visual envolve as cores da marca e o logotipo. São elementos que representam a marca e estimulam a identificação pelo cliente. Diversas plataformas, pagas ou gratuitas, oferecem modelos de layout pronto e você só adiciona as informações sobre a sua empresa. É uma opção vantajosa para quem não pode investir em um site personalizado, porém, há o risco de ter outros sites utilizando o mesmo layout. O profissional de design pode avaliar as informações e influenciar na usabilidade do seu site. Quando o site demora muito a carregar, pode fazer com que o usuário desista e vá procurar outra empresa. Por isso, a navegação deve ser rápida e simples. Fotos, música, textos e outros elementos podem tornar o carregamento das páginas mais lento. O layout deve ser simples, sem muitos efeitos ou imagens pesadas. Além disso, as informações devem estar bem distribuídas para que o usuário encontre o que precisa de forma rápida. 7. Seja mobile friendly Mobile friendly é o termo usado para denominar se um site é acessível em dispositivos móveis. Ou seja, foi desenvolvido para ser acessado em celulares ou tablets. Como o celular é uma das principais formas de acesso à internet no Brasil, ter um site mobile friendly se tornou uma necessidade. O cliente deseja acessar o site sem precisar ajustar o layout para encontrar as informações e sem encontrar dificuldades ao clicar nos links ou ver as imagens no celular. Para quem vende on-line, essa característica pode influenciar nas compras, pois a maior parte dos usuários utilizam o celular na hora das compras. 8. Invista em estratégias de marketing Depois de criar o seu site, você vai precisar investir em estratégias de marketing digital para divulgá-lo e atrair novos clientes. As redes sociais podem te ajudar nessa etapa. O envio de e-mail marketing, produção de marketing de conteúdo e investimentos em mídia paga também podem garantir as vendas. Planejar estratégias e utilizar ferramentas adequadas para promover seu site de vendas pode fazer toda a diferença para alavancar suas vendas. O contexto atual exige uma presença digital de qualidade para que micro e pequenos negócios continuem competitivos no mercado. Os consumidores buscam cada vez mais praticidade, agilidade e excelência no atendimento e na procura por produtos e serviços. Assim, as compras on-line têm se tornado grandes aliadas para o sucesso de muitos negócios. Artigo escrito a partir do texto do Sebrae-SC: Como criar um site de vendas para sua empresa. Aproveite os cursos do Sebrae:Marketing digital: planejar para vender pela Internet O que preciso saber sobre marketing e vendas?
September, 2024
Biodigestor em escala doméstica? Veja substituto do GLP
Uma solução ecologicamente sustentável e econômica: quem não quer? Com o biodigestor, restos de alimentos e/ou esterco animal vira gás de cozinha e promete produzir até oito horas de gás de cozinha diariamente! Ideal para restaurantes e negócios do ramo alimentício, como também para uso em residências e condomínios, pois aproveita todo lixo orgânico produzido. A equipe do projeto GEF Biogás Brasil, mostra nesse vídeo a montagem completa do sistema de geração de biogás, que não precisa de eletricidade ou água pressurizada para funcionar. Que tal considerar ter seu próprio gás? Veja o vídeo do biogestor portátil: Fonte : GEF BIOGAS.
August, 2024
Como aumentar o nível de acesso da conta GOV.BR?
Quais os meios para aumentar o nível da conta GOV.BR? Aumentar o nível de Bronze para Prata Para aumentar da conta nível Bronze para nível Prata, existem três possibilidades e cada uma exige certos recursos: 1. Validação Facial (CNH) Uma das possibilidades é fazer o reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br para conferência da sua foto nas bases da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a chamada carteira de motorista. Caso o empreendedor não possua CNH com validade vigente, essa opção não poderá ser utilizada para realizar este processo. 2. Validação de dados via Bancos credenciados Outra forma de aumentar seu nível de confiabilidade da conta o GOV.BR, é pela validação dos seus dados via internet banking de um banco credenciado. Para isto, o empreendedor precisa ter uma conta em um dos Bancos Credenciados, onde tenha autorização para realizar movimentação ou transferência de valores (Senha de Transferência/Assinatura Eletrônica), embora só seja nessário digitar na autorização a “Senha de Acesso à Internet Banking” da sua conta. Atualmente, os bancos credenciados para esta certificação são: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco de Brasília, Sicoob, Santander, Agibank, Itaú, Banese, Baneste e Sicredi. Atenção: Para que você possa utilizar esse recurso, é necessário que tenha habilitado em seu home banking o serviço de envio de mensagens do banco para seu celular. É necessário para que você receba o código que será enviado para confirmar o processo. Serão acessados apenas seu nome e CPF. Não ocorrerá acesso aos seus dados bancários. 3. Validação de dados de Servidor Público pelo SIGEPE Uma terceira opção para aumentar o nível de Bronze para Prata, é pela validação dos seus dados com usuário e senha do SIGEPE (Sistema de Gestão de Pessoas do Governo Federal). Esta opção só é disponibilizada para os servidores públicos federais. Aumentar o nível da Conta de Bronze ou Prata para Ouro Para aumentar o nível da sua conta GOV.BR para o nível ouro, o usuário tem duas opções: . Justiça Eleitoral - Validação Facial (TSE) A primeira é por meio da validação facial do GOV.BRjunto à Justiça Eleitoral. Esta opção só pode ser realizada se você possuir seu Título Eleitoral (TE) com os dados biométricos cadastrados no Tribunal Superior Eleitoral(TSE) e o aplicativo GOV.BR instalado em seu dispositivo móvel. Após a validação do QR Code, você validará informações do seu título de eleitor. Caso não tenha o Título de Eleitor com a identificação biométrica, esta opção não poderá ser utilizada. . Certificado Digital A segunda opção é utilizando certificado digital emitido por uma Autoridade Certificadora (AC), em conformidade com as regras estabelecidas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil. Caso você não possua Certificado Digital, não poderá usar essa opção para aumentar o nível. Quais os procedimentos/passos para aumentar o Nível da conta gov.br? Você pode aumentar o nível de confiabilidade de sua conta pelo aplicativo ou pelo site, ambos de forma rápida e segura! Para algumas das opções é necessário que você tenha o aplicativo GOV.BR instalado no seu celular. Para outras, você pode precisar utilizar, ao mesmo tempo, o aplicativo no celular e o acesso ao site por meio de um computador, tablet ou notebook. Antes de selecionar a opção para aumentar o nível da conta, você pode visualizar os requisitos e vantagens para a validação em cada nível. . Pelo aplicativo no celular: Abra o aplicativo GOV.BR do seu celular e clique em "Entrar com o gov.br". Em seguida, insira seu CPF e senha. Clique em "Aumentar nível”, escolha a opção mais adequada para você e siga as instruções. Antes de selecionar a opção para aumentar o nível da conta, você pode visualizar os requisitos e vantagens para a validação em cada nível. . Pelo site: Acesse o site gov.com, insira seu CPF e senha e clique em "Continuar". Você será direcionado para sua área de acesso, onde aparecerá o nível atual da sua conta. Em seguida, clique em "Aumentar nível". Você pode aumentar o nível da sua conta escolhendo a opção mais adequada para o seu caso. Clique em "Aumentar nível", de acordo com a sua escolha. Escolha a opção mais adequada para você e siga as instruções para aumentar o nível. Para saber mais: Acesse o site do Governo Federal: O que é a conta gov.br Acesse o Portal do Sebrae: Mudanças nos acessos aos portais do Governo
August, 2024
Como conseguir apoio para desenvolver seu projeto de inovação
Micro e pequenas empresas (MPE), microempreendedores individuais (MEI) e startups de base tecnológica têm agora uma nova forma de apoio tecnológico e financeiro para avançar seus projetos de inovação com aplicação industrial ou em TIC. O contrato entre o Sebrae e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) é uma grande oportunidade para aumentar a competitividade e se diferenciar no mercado. O que é a iniciativa? O contrato entre o Sebrae e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) tem o objetivo de dar aos pequenos negócios acesso à infraestrutura e a conhecimentos científicos e tecnológicos das unidades da Embrapii. Assim, a iniciativa amplia o limite de recursos não reembolsáveis para o desenvolvimento de projetos de inovação industrial. Além da Embrapii, o Sebrae também aporta recursos financeiros, ainda que sejam considerados como parte da contrapartida da empresa, diminuindo o valor do investimento de que ela precisaria dispor. Com apoio do Sebrae, os custos das empresas no projeto podem diminuir em até 70%, e esse aporte de recurso não está vinculado a quaisquer exigências quanto à sua participação na Propriedade Intelectual (PI) dos projetos. Além disso, o valor aportado pelo Sebrae deve contar a favor das MPE envolvidas no projeto nas discussões de PI com os demais partícipes do projeto apoiado. Vantagens: Conjunto de instituições e equipes de profissionais de excelência à disposição em todas as etapas do projeto. Modelo de cooperação para desenvolvimento de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), de maneira ágil e flexível. Fluxo contínuo de recursos para o desenvolvimento de projetos (não é preciso esperar abertura de edital). Possibilidade de continuidade do projeto, com aumento da complexidade. Redução dos custos e riscos envolvidos no desenvolvimento de projetos de inovação. Possibilidade de grupos de empresas executarem um projeto de inovação de interesse comum, reduzindo os custos individuais para cada partícipe no projeto.
July, 2024
O que significa compliance para micro e pequenas empresas
Os aspectos do compliance, um termo relativamente novo no meio corporativo, podem ser importantes ferramentas de gestão e de transparência nos negócios. O termo compliance sugere um conjunto de medidas e ações realizadas pela administração da empresa para que todas as normas internas e externas possam ser cumpridas. Além disso, essas ações têm como objetivo evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade. Importância do compliance No Brasil, as micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% dos estabelecimentos e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais do país. Diante desse cenário, o compliance faz-se necessário e é fundamental para a sobrevivência desses negócios. Engana-se quem pensa que o compliance é assunto, apenas, para grandes organizações. As leis são direcionadas a todas as empresas e quem não atende está sujeito a multas e penalidades, colocando em risco a evolução do negócio. Compliance deriva do verbo em inglês “comply” e significa obedecer a uma regra ou lei. O compliance pode ser entendido como uma forma esperada de resposta a uma determinada situação, seja uma lei, ordem ou solicitação. A não conformidade com a legislação também pode gerar ações judiciais, impedimento em licitações, término de parcerias e perda de mercado consumidor. Nas ações de ESG e de sustentabilidade, o compliance e a governança estabelecem a coerência entre as ações socioambientais e a política da empresa. Não é possível falar em ESG em uma empresa que não garante os direitos trabalhistas de seus funcionários, por exemplo. Como aplicar o compliance na MPE A política de compliance em MPEs deve cuidar de áreas do negócio que garantem a responsabilidade, a ética e a conformidade perante a legislação e os consumidores. Assim, questões como a tributária, fiscal, trabalhista, ambiental são responsabilidade do compliance. Além disso, o compliance das empresas deve garantir um programa de integridade, visando ao combate às ações de corrupção dentro da empresa. Importante ressaltar que o compliance não é uma teoria. Trata-se de uma ação de gestão responsável e necessária a toda e qualquer empresa, pois implementa o princípio da transparência e da credibilidade. Nesse sentido, o comprometimento dos proprietários do empreendimento é fundamental. Sem ele, nenhuma ação de compliance será internalizada na cultura da pequena empresa. Um dos primeiros passos é definir um profissional ou um grupo responsável por cuidar do compliance. Como muitas MPEs têm dificuldades financeiras para contratação de um profissional específico, uma alternativa pode ser escolher algum colaborador em nível gerencial para cuidar especificamente desses processos. O mapeamento de riscos na empresa é a etapa seguinte. Com essa ferramenta, é possível identificar áreas críticas, em desacordo com leis ou órgãos reguladores. A próxima fase é implantar processos e rotinas que precisam ser transformados para garantir uma boa política de compliance. Confira algumas dicas para que uma pequena empresa tenha eficiência no compliance! Lembre-se que o comprometimento dos sócios e lideranças deve ser a motivação central para toda a empresa. O trabalho de compliance faz parte de uma mudança de cultura e deve ser contínuo. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores.
June, 2024
Empreendedorismo e inovação: como fazer uma gestão inovadora
Você é um microempreendedor ou pequeno empresário em busca de estratégias para impulsionar o crescimento do seu negócio? Neste artigo, vamos explorar a relação entre empreendedorismo, inovação e soft skills, apresentando dicas práticas para promover uma gestão inovadora em sua empresa. Vamos aprofundar o tema e descobrir como a cultura de inovação pode ser um diferencial competitivo. Empreendedorismo e Inovação: Qual a relação? O empreendedorismo, em sua essência, é a habilidade de enfrentar desafios, identificar oportunidades e conceber ideias que não apenas atendam às necessidades do público, mas também contribuam para a sociedade como um todo. Por outro lado, a inovação está intrinsecamente ligada à criação de soluções que se destacam do que já existe no mercado, gerando mudanças significativas na vida dos consumidores. Nesse contexto, a inovação se revela como um fator-chave para a sobrevivência e o sucesso de qualquer empreendimento, independentemente de seu tamanho. A capacidade de inovar não apenas mantém uma empresa relevante, mas também a coloca em uma posição de destaque no mercado. Ter sucesso como empreendedor não se resume apenas a ter um projeto bem estruturado; é igualmente essencial desenvolver soft skills, que são habilidades interpessoais que fortalecem a experiência empreendedora e impulsionam o triunfo nos negócios. Portanto, promover uma cultura de inovação é de extrema importância, pois cria um ambiente propício ao desenvolvimento dessas habilidades. Ao adotar uma cultura de inovação, sua empresa não apenas se torna mais competitiva, mas também cria um ambiente onde as soft skills florescem, preparando seus empreendedores e colaboradores para o sucesso a longo prazo. Investir em inovação não é uma opção; é uma necessidade para empresas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico. Portanto, ao unir empreendedorismo e gestão da inovação e ao promover uma cultura de inovação em sua empresa, você não apenas se prepara para enfrentar os desafios do mercado, mas também constrói as bases para um crescimento sólido e sustentável. Não subestime o poder da inovação; ela é a chave para o sucesso nos negócios modernos.
June, 2024
Jornada MEI: Precisa de crédito para inovar?
O Crédito Inovação Finep-Sebrae visa financiar com taxas de juros mais baixas e prazos de pagamento mais longas, pequenos negócios que desenvolvam atividades de inovação. Por meio desta iniciativa, serão disponibilizados R$ 1 bilhão da Finep para o financiamento das empresas. O Sebrae oferecerá consultoria gratuita para facilitar o acesso das linhas de crédito pelas empresas interessadas, orientação às empresas beneficiadas, além de poder conceder a garantia, via o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE). Os financiamentos serão operacionalizados por uma rede de mais de 20 agentes financeiros parceiros, e que operam em todas as regiões do País. Quem pode solicitar: Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte – Faturamento até R$ 4,8 milhões ao ano. Micro Empreendedor Individual (MEI) não poderá solicitar. Confira as condições e limites: Produto Taxa (% a.A) TAXA EQUIVALENTE (% A.A) PRAZO EM MESES Desenvolvimento tecnológico & inovação Inovacred TR+4,2% 6.20% Até 96 Projetos de P,D&I Inovacred Expresso TR+4,2% 6,20% Até 48 Processos simplificados para atividades de inovação Inovacred Conecta TR+4,2% 6,20% Até 132 Projetos de P,D&I - Parceria com ICTs Inovacred 4.0 TR+4,2% 6,20% Até 96 Adoção de tecnologias 4.0 Inovacred Telecom TR + 4,5% 6,50% Até 96 Projetos de P,D&I - Telecom Obs.: Taxa final ao tomador, e sem a incidência de IOF. Detalhamento das linhas disponíveis Inovacred: apoio a projetos de desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços, bem como o aprimoramento dos já existentes. Inovacred Telecom: apoio a projetos de desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços, bem como o aprimoramento dos já existentes, relativos a conectividade, tais como os do setor de telecomunicações. Inovacred Conecta: apoio a projetos de desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços, bem como o aprimoramento dos já existentes, sendo que pelo menos 15% dos gastos devem ser realizados em parceria com instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICT) Finep Inovacred 4.0: Apoio para a adoção de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 de fornecedores previamente credenciados pela Finep. Inovacred Expresso: apoio com fluxo operacional simplificado para empresas com histórico de inovação. Como histórico de inovação, a empresa precisa atender pelo menos um dos seguintes requisitos: Ter recebido apoio de governo nos últimos 10 anos; Ter histórico de Propriedade Intelectual nos últimos 10 anos; Pertencer ou ter sido graduada em Incubadoras de Base Tecnológica nos últimos 10 anos; Estar instalada em Parques Tecnológicos. Instituições Parceiras: O financiamento será operacionalizado, em etapas, por agentes financeiros parceiros da Finep, que atuam na Cidade/Estado no qual a empresa realizará o investimento. Os consultores do Sebrae poderão mediar esta relação. Os agentes financeiros parceiros são os seguintes: Na primeira etapa do programa, o atendimento dos consultores Sebrae ocorrerá nas seguintes Unidades da Federação, e as operações de crédito por meio da iniciativa serão realizadas pelos seguintes agentes financeiros:
June, 2024
Jornada MEI: O que significa compliance para micro e pequenas empresas
Os aspectos do compliance, um termo relativamente novo no meio corporativo, podem ser importantes ferramentas de gestão e de transparência nos negócios. O termo compliance sugere um conjunto de medidas e ações realizadas pela administração da empresa para que todas as normas internas e externas possam ser cumpridas. Além disso, essas ações têm como objetivo evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade. Importância do compliance No Brasil, as micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% dos estabelecimentos e são responsáveis por mais de 50% dos empregos formais do país. Diante desse cenário, o compliance faz-se necessário e é fundamental para a sobrevivência desses negócios. Engana-se quem pensa que o compliance é assunto, apenas, para grandes organizações. As leis são direcionadas a todas as empresas e quem não atende está sujeito a multas e penalidades, colocando em risco a evolução do negócio. Compliance deriva do verbo em inglês “comply” e significa obedecer a uma regra ou lei. O compliance pode ser entendido como uma forma esperada de resposta a uma determinada situação, seja uma lei, ordem ou solicitação. A não conformidade com a legislação também pode gerar ações judiciais, impedimento em licitações, término de parcerias e perda de mercado consumidor. Nas ações de ESG e de sustentabilidade, o compliance e a governança estabelecem a coerência entre as ações socioambientais e a política da empresa. Não é possível falar em ESG em uma empresa que não garante os direitos trabalhistas de seus funcionários, por exemplo. Como aplicar o compliance na MPE A política de compliance em MPEs deve cuidar de áreas do negócio que garantem a responsabilidade, a ética e a conformidade perante a legislação e os consumidores. Assim, questões como a tributária, fiscal, trabalhista, ambiental são responsabilidade do compliance. Além disso, o compliance das empresas deve garantir um programa de integridade, visando ao combate às ações de corrupção dentro da empresa. Importante ressaltar que o compliance não é uma teoria. Trata-se de uma ação de gestão responsável e necessária a toda e qualquer empresa, pois implementa o princípio da transparência e da credibilidade. Nesse sentido, o comprometimento dos proprietários do empreendimento é fundamental. Sem ele, nenhuma ação de compliance será internalizada na cultura da pequena empresa. Um dos primeiros passos é definir um profissional ou um grupo responsável por cuidar do compliance. Como muitas MPEs têm dificuldades financeiras para contratação de um profissional específico, uma alternativa pode ser escolher algum colaborador em nível gerencial para cuidar especificamente desses processos. O mapeamento de riscos na empresa é a etapa seguinte. Com essa ferramenta, é possível identificar áreas críticas, em desacordo com leis ou órgãos reguladores. A próxima fase é implantar processos e rotinas que precisam ser transformados para garantir uma boa política de compliance. Confira algumas dicas para que uma pequena empresa tenha eficiência no compliance! Lembre-se que o comprometimento dos sócios e lideranças deve ser a motivação central para toda a empresa. O trabalho de compliance faz parte de uma mudança de cultura e deve ser contínuo. Para saber mais, leia os textos a seguir: ESG: o que é e qual é a importância? Saiba aqui! ESG possibilita rentabilidade para pequenos negócios inovadores.
June, 2024
Jornada MEI: Empreendedorismo - como fazer uma gestão inovadora?
Você é um microempreendedor ou pequeno empresário em busca de estratégias para impulsionar o crescimento do seu negócio? Neste artigo, vamos explorar a relação entre empreendedorismo, inovação e soft skills, apresentando dicas práticas para promover uma gestão inovadora em sua empresa. Vamos aprofundar o tema e descobrir como a cultura de inovação pode ser um diferencial competitivo. Empreendedorismo e Inovação: Qual a relação? O empreendedorismo, em sua essência, é a habilidade de enfrentar desafios, identificar oportunidades e conceber ideias que não apenas atendam às necessidades do público, mas também contribuam para a sociedade como um todo. Por outro lado, a inovação está intrinsecamente ligada à criação de soluções que se destacam do que já existe no mercado, gerando mudanças significativas na vida dos consumidores. Nesse contexto, a inovação se revela como um fator-chave para a sobrevivência e o sucesso de qualquer empreendimento, independentemente de seu tamanho. A capacidade de inovar não apenas mantém uma empresa relevante, mas também a coloca em uma posição de destaque no mercado. Ter sucesso como empreendedor não se resume apenas a ter um projeto bem estruturado; é igualmente essencial desenvolver soft skills, que são habilidades interpessoais que fortalecem a experiência empreendedora e impulsionam o triunfo nos negócios. Portanto, promover uma cultura de inovação é de extrema importância, pois cria um ambiente propício ao desenvolvimento dessas habilidades. Ao adotar uma cultura de inovação, sua empresa não apenas se torna mais competitiva, mas também cria um ambiente onde as soft skills florescem, preparando seus empreendedores e colaboradores para o sucesso a longo prazo. Investir em inovação não é uma opção; é uma necessidade para empresas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico. Portanto, ao unir empreendedorismo e gestão da inovação e ao promover uma cultura de inovação em sua empresa, você não apenas se prepara para enfrentar os desafios do mercado, mas também constrói as bases para um crescimento sólido e sustentável. Não subestime o poder da inovação; ela é a chave para o sucesso nos negócios modernos.
June, 2024
Entenda o que são as práticas de ESG
ESG é a sigla, em inglês, para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). De modo geral, o ESG mostra o quanto um negócio está buscando maneiras de minimizar os seus impactos no meio ambiente, de construir um mundo mais justo e responsável e de manter os melhores processos de administração. O termo ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2004, da Organização das Nações Unidas (ONU), chamado Who Cares Wins (Ganha quem se importa). A sigla ESG une três preocupações que as empresas devem ter: Environmental ou Ambiental Refere-se a práticas e princípios adotados na empresa para a conservação do meio ambiente. Entre as práticas ambientais, podemos citar: Busca por alternativas sustentáveis para a redução do impacto no meio ambiente; Redução na emissão de poluentes; Boas práticas com embalagens, geração, cuidado e descarte de plásticos e outros materiais; Gerenciamento correto do descarte de lixo. Social Diz respeito à relação que a empresa tem com as pessoas do seu entorno. Podemos destacar algumas práticas sociais: Aderência aos direitos trabalhistas; Valorização da saúde e segurança no ambiente de trabalho; Apoio à diversidade e inclusão; Posicionamento da empresa em causas e projetos sociais; Atuação com a comunidade. Governance ou Governança É a forma como a empresa realiza a gestão dos seus processos, com foco na transparência. Abaixo, algumas práticas de governança: Adoção de políticas para o controle dos processos; Comportamento e política institucional relacionados às práticas anticorrupção, lavagem de dinheiro e trabalho escravo, por exemplo; Transparência na política de remuneração dos diretores; Valores, postura moral e ética nos negócios; Valorização da prestação de contas e da responsabilidade corporativa; Veracidade das informações de produtos e processos da empresa.
May, 2024
Startup: veja como conseguir oportunidades de investimentos
Qualquer startup precisa de investimentos para crescer. Mas como conseguir esse aporte financeiro? O primeiro ponto é saber em que fase a startup se encontra. O desenvolvimento das startups tem cinco momentos: Ideação: é a fase inicial, também conhecida como pré-seed, em que o empreendedor faz pesquisas de mercado, identifica as dores, necessidades e desejos dos clientes. Validação: é o momento em que o produto ou serviço é validado no mercado. Também conhecido como seed, é quando o Produto Mínimo Viável (MPV) é lançado junto a um público para testar sua aceitação. Operação: é o early stage, quando começa a comercialização do produto ou serviço. Nesse ponto, muitas startups recebem aportes de investidores-anjos, que acreditam no potencial do negócio que está começando. Tração: é a fase da maturidade, ou growth stage, quando a startup já está funcionando plenamente. É um momento importante para ficar atento aos KPIs, que são os indicadores de desempenho. Expansão: é o ponto de aumentar a base de clientes e a receita, também conhecido como scale-up. Em cada situação, o aporte de capital varia de acordo com o que foi construído e o grau de adiantamento, maturação e desenvolvimento. Lançamento de editais O próximo passo é: onde devemos estar e o que devemos fazer para captar recursos? Quais são os locais onde as oportunidades surgem e onde os investidores estão? Uma das respostas é o lançamento de editais. Fique atento! Os editais são lançados em convocações públicas ou privadas e trazem uma apresentação do empreendimento. Eles buscam identificar startups capazes de descobrir soluções para problemas específicos. Por isso, identifique as empresas ou instituições que oferecem programas de fomento, como as fundações de apoio à pesquisa ou bancos como o BNDES, além de empresas como a Petrobras, o Senai e o Sebrae. Para sempre estar antenado nas novidades, inscreva-se nos canais ou nas redes sociais dessas empresas ou instituições e sempre leia os informativos para acompanhar de perto o que está acontecendo. Ecossistemas de inovação Os ecossistemas de inovação são formados por instituições públicas, privadas e associações. Eles são ótimos ambientes para você estar conectado, porque eles estão no radar dos investidores. As aceleradoras, os fundos de capital de risco, as grandes empresas de tecnologia, associações, governos e universidades se unem com um mesmo propósito: tornar as startups vencedoras e lucrativas. As articulações entre diversos atores que enxergam a inovação como força para o desenvolvimento social e econômico ajudam a ampliar a rede de contatos e uma nova rede de negócios. Não perca tempo e fique ligado nessas oportunidades! Conteúdo elaborado a partir do podcast Escuta essa, empreendedor! Para saber mais, confira o Episódio #36 Oportunidades de editais para startups Para saber mais, confira os vídeos a seguir: Como conseguir um investidor para sua startup Acesso a capital para startups E aproveite os cursos do Sebrae: Sua startup está pronta para captar recursos? Modelagem financeira para startups
April, 2024
Biotecnologia e sustentabilidade na área de cosméticos e beleza
Vamos começar este artigo com uma definição: afinal, o que é biotecnologia? Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que utilize sistemas biológicos, organismos vivos, ou seus derivados, para fabricar ou modificar produtos ou processos para utilização específica”. Ou seja, biotecnologia é o ramo da ciência que, a partir de organismos vivos, cria produtos para melhorar a forma como vivemos, e usa, para isso, os conhecimentos acadêmicos, a experimentação e a constante inovação. Aplicada à produção de cosméticos, a biotecnologia abre para nós um vasto caminho no âmbito da sustentabilidade: cosméticos sustentáveis são aqueles que, durante seu ciclo de vida útil (da produção ao uso e descarte), impactam menos o meio ambiente do que os produtos tradicionais, levam em consideração o bem-estar animal e são preparados com matérias-primas renováveis. Muitos cosméticos podem ser classificados como sustentáveis: os sem parabenos e sem sulfatos, os naturais, os orgânicos, os veganos (que não contêm nenhum ingrediente de origem animal) e aqueles que não foram testados em animais (veja box). Para as empresas, produzir cosméticos sustentáveis é uma forma de demonstrar responsabilidade corporativa, porque demonstra que tem consciência dos efeitos socioambientais que suas atividades podem ocasionar e, principalmente, que toma decisões baseadas nesse conhecimento. A importância da inovação Em cosmetologia, inovar é indispensável: a indústria caminha com rapidez e quem "pára no tempo” é engolido pela concorrência. Inovar com o uso de biotecnologia significa utilizar a biodiversidade e seus ativos sem devastá-los, formatando as cadeias de valor por meio de processos regenerativos. Hoje, substâncias ativas de origem animal ou vegetal utilizadas na indústria cosmética podem ser obtidas por cultivo tradicional ou biotecnologicamente, a partir, por exemplo, do cultivo de micro-organismos. Petrolatos e outros derivados de petróleo, tais como a parafina líquida e a vaselina, foram usados como matéria-prima cosmética durante décadas e hoje cedem espaço para os emolientes de origem vegetal, que são solúveis em água e não prejudicam a vida marinha e os lençóis freáticos como seus antecessores. A biotecnologia aplicada à produção cosmética também amplia os horizontes para os cosméticos veganos. O ácido lático, por exemplo, pode ser produzido via fermentação de diferentes fontes de açúcar pelas bactérias láticas (probióticas), dispensando o uso de substratos animais. Processos biotecnológicos também possibilitam aumentar o rendimento e a qualidade dos bioativos para matéria-prima, além de obter cultura de células e tecidos vegetais para realização dos testes de segurança. Assim, por meio da biotecnologia, os vegetais podem fornecer todas as biomoléculas de interesse na fabricação de um produto cosmético, graças a seus polímeros, pigmentos, polissacarídeos, enzimas, peptídeos e metabólitos secundários, tais como os polifenóis, os alcalóides e os carotenóides. A startup brasileira Bio Breyer é um exemplo de empresa de biotecnologia inovadora: recentemente, ela entregou para o mercado o primeiro ácido hialurônico nacional obtido de leveduras geneticamente modificadas. Também brasileira, a Planty Beauty aposta na biotecnologia para encampar uma produção de cosméticos mais limpa e de baixo impacto ambiental. Suas matérias-primas naturais são certificadas e geram renda para pequenas comunidades indígenas e quilombolas. A empresa também utiliza um biossintético para possibilitar a produção em escala e manter um melhor controle de qualidade, sem uso de animais no processo e sem uso de fontes não renováveis (petróleo). Vale destacar que bioativos originados de processos inovadores agregam valor às formulações cosméticas. Logo, os investimentos em inovação biotecnológica para a obtenção de ativos e de processos são um bom negócio!