Cooperativas de crédito têm taxas mais baixas que bancos tradicionais e distribuem as sobras para os sócios, recursos que ficam na comunidade.
O cooperativismo de crédito distribuiu em 2021 um total de R$ 10,1 bilhões aos 13,9 milhões de pessoas e empresas associadas em todo o Brasil, o que significa que esses recursos giram nas comunidades onde foram gerados e contribuem para o desenvolvimento regional da economia. Os valores são as sobras do exercício às quais os cooperados têm direito a cada ano, em um segmento que cresce com base no atendimento ao pequeno empreendedor e ao agronegócio.
Os dados são do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2022, com base na prestação de contas das cooperativas registradas no Sistema OCB, e mostram o crescimento do setor. A quantidade de associados cresceu de 11,9 milhões em 2020 para 13,9 milhões no ano passado, uma alta de 16,6%. Ainda, o número de empregos diretos nas 763 cooperativas aumentou 12,9%, ao passar de 79,1 mil para 89,3 mil.
As cooperativas do ramo somaram no ano passado R$ 518 bilhões em ativos totais, R$ 28,9 bilhões em capital social, R$ 60,4 bilhões em ingressos e receitas brutas.
Sobras distribuídas
No cooperativismo de crédito, a pessoa física ou jurídica, ao associar-se a uma instituição financeira dentro desse modelo, passa a fazer as movimentações de recursos por meio dela, sem precisar de bancos tradicionais. Para isso, basta fazer um investimento, geralmente baixo, em ao menos uma cota de capital social, algo em torno de R$ 100, para poder participar de assembleias, opinar e votar no futuro da cooperativa. O valor pode ser resgatado, caso a pessoa decida fechar a conta.
Como não há fins lucrativos no cooperativismo de crédito, é comum que as taxas sejam mais baixas para associados do que em bancos tradicionais. Ainda, há uma divisão de sobras do exercício ao fim de cada ano, de acordo com a movimentação financeira que cada cooperado fez no período. No ano passado, esse valor foi de R$ 10,1 bilhões.
Foco nos pequenos
Com uma carteira de mais de R$ 258 bilhões em 2021, o cooperativismo de crédito tem a maior rede de atendimento do Brasil, com 7,9 mil pontos. O total é superior à soma do segundo e terceiro colocados no ranking, que são Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, com 7,3 mil.
Isso porque o cooperativismo de crédito atua de forma diferente de bancos comerciais, pela preocupação maior em contribuir com o desenvolvimento das comunidades onde está inserido e com o processo de inclusão financeira no Brasil. Presente em mais da metade das cidades brasileiras, o ramo é também o único meio de transações por agências ou caixas eletrônicos em 754 municípios.
Toda essa capilaridade, somada aos serviços e às baixas taxas, faz das cooperativas de crédito uma ótima opção para pequenos empresários.
Intercooperação
O cooperativismo de crédito é forte consumidor dos produtos e serviços de outras associações do tipo. No ano passado, 15% das cooperativas do ramo compraram produtos de cooperativas agropecuárias, 15% demandaram produtos e serviços de cooperativas de trabalho, 15% utilizaram serviços de cooperativas de transporte e 57% utilizaram planos de saúde de cooperativas de saúde?.
Segmentação
Segundo o Sistema OCB, há 733 cooperativas de crédito com registro ativo e autorizadas pelo Banco Central do Brasil (BCB) a funcionar. São 30 centrais, duas confederações e 701 singulares. O cooperativismo de crédito é regulamentado pela Lei Complementar nº 130/2009.
As singulares foram divididas em função das operações pelo Conselho Monetário Nacional, conforme a Resolução nº 4.434/15. São três categorias:
1. Plenas - Podem realizar praticamente todas as operações feitas por uma instituição financeira, como venda ou compra de ouro, transações com moeda estrangeira, sujeitas à variação cambial, entre outras. São 71 cooperativas ativas;
2. Clássicas - São autorizadas a realizar todas as operações típicas de uma instituição financeira, relacionadas à intermediação financeira e pagamentos. São 496 cooperativas ativas;
3. Capital e empréstimo - A diferença principal em relação às outras é que estão impedidas de captar depósitos. São 134 cooperativas ativas.
Tipos de associados
Houve aumento de 17% no número de pessoas físicas no cooperativismo de crédito no ano passado sobre 2020, com um total de 12,3 milhões de sócios. Entre as pessoas jurídicas, o número chegou a 2,2 milhões de empresas, ou 13% a mais.
O volume dos depósitos totais no cooperativismo de crédito passou de R$ 292 bilhões, dos quais 25,4% foram à vista, 12,9% feitos em poupança, 61,4% foram a prazo e 0,3%, de outros tipos.
Saiba mais
Conheça os tipos de cooperativa de crédito e suas principais operações
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Lidando com a ansiedade na empresa e com seu time
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Tue May 02 13:04:00 BRT 2023
O que é e para que serve a conta gov.br?
O que é a conta gov.br? O governo federal, visando facilitar o acesso dos cidadãos aos seus serviços, disponibiliza de forma digital praticamente todos os serviços oferecidos à população. De acordo com os dados do site do governo federal, atualmente, são cerca de 4.800 serviços disponibilizados de forma virtual pelos diversos órgãos do governo, como INSS, Receita Federal, Forças Armadas, Polícia Federal, além de todos os ministérios. Entre os serviços disponibilizados, podemos destacar informações sobre a vida de trabalho, como CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), incluindo dados do INSS; informações sobre a saúde dos cidadãos, como a Carteira de Vacinação; informações sobre os dados fiscais, como a Declaração do Imposto de Renda; além de Título de Eleitor; CNH (Carteira Nacional de Habilitação); e muitas outras informações gerais sobre licitação e tramitação de diversos documentos necessários ao dia a dia da população. O acesso a todos esses serviços digitais se dá pela plataforma gov.br. Para ter acesso, é necessário que o cidadão tenha cadastrada uma conta gov.br na plataforma. O cadastro desta conta em que devem ser informados os dados pessoais do cidadão pode ser realizado por alguma repartição do governo onde se busca qualquer um des serviços disponibilizados na plataforma. Ou se o cidadão for consultar sobre qualquer serviço em um computador, notebook ou celular, por exemplo, e ainda não tiver a conta, ele próprio pode criá-la para acessar o serviço de que necessita. No momento da criação da conta, é necessário cadastrar uma senha. O acesso será sempre com o CPF e a senha da conta. Independentemente da forma como foi criada, não existe nenhuma cobrança de manutenção ou pela utilização da conta, nem mesmo para qualquer alteração, atualização ou troca de senha da conta. Níveis da conta gov.br Existem três níveis de segurança e confiabilidade da sua conta gov.br: bronze, prata e ouro. Cada um desses níveis dá acesso a certos processos e ações dentro do portal. O nível depende da segurança e confiabilidade dos dados que estão sendo inseridos na conta. Assim, ao criar sua conta no gov.br, quando são informados somente os dados pessoais, CPF, identidade, número do PIS e endereço, estará automaticamente no nível bronze, com confiabilidade e segurança básicas e acesso a poucos serviços digitais, tais como: Fazer o login em qualquer serviço gov.br sem precisar de senha, usando apenas a biometria do celular; Gerenciar as autorizações de uso dos seus dados; Realizar a prova de vida utilizando o reconhecimento facial. Nos níveis prata e ouro, além dos serviços do nível bronze o usuário poderá: Visualizar e compartilhar seus dados e documentos digitais; Utilizar serviços gratuitos de assinatura eletrônica no site assinador.iti.br; Acessar serviços públicos que exigem o maior grau de confiabilidade da conta gov.br; Habilitar a autenticação em duas etapas para ter mais segurança no uso da sua conta. A diferença entre eles é que você tem segurança máxima no nível ouro e segurança alta no nível prata. Para poder acessar certos serviços que exigem mais segurança e confiabilidade, é necessário aumentar o nível da conta. Para realizar a formalização do Microempreendedor Individual(MEI), por exemplo, é preciso que o empreendedor esteja no nível prata ou ouro. No artigo Como aumentar o nível de acesso da conta gov.br, explicamos os meios e procedimentos para aumentar o nível de sua conta gov.br. Para saber mais: Acesse: site do governo federal: O que é a conta gov.br Fontes: 1. O que é a conta gov.br prata ou ouro 2. Como conseguir o selo de confiabilidade MEI
Fri Apr 28 12:28:16 BRT 2023
Associativismo: importância e benefícios para as empresas
Associativismo é a aplicação de um modelo de cooperação e integração entre indivíduos ou empresas, com o objetivo de que todos se beneficiem da união e cresçam juntos. É uma estratégia de desenvolvimento ancestral, simbolizada no bordão “a união faz a força”. A metodologia pode ser aplicada em qualquer área de atuação e possibilita evoluir mais do a concorrência. A única exigência é que haja pontos e características em comum, como a utilização das mesmas matérias primas, tipos de produtos ou serviços. Uma vez identificada a sinergia, os empreendedores devem realizar um estudo de viabilidade econômica para confirmar que são capazes de suportar os custos de implantação e de manutenção da associação, que deve compreender, no mínimo, uma central de negócios, marketing e serviços. O associativismo é uma solução para fortalecer e tornar competitivos pequenos e médios negócios, inclusive constituindo um espaço de conversação entre os empreendedores, sociedade e poder público. Ao dividir despesas operacionais e somar competências, cortam custos e elevam a qualidade de seus produtos. Ainda, muito importante, possibilitam o acesso a novos mercados de forma vantajosa, podendo negociar prazos e preços com mais assertividade. O desenvolvimento técnico e profissional dos colaboradores e empresários fica muito favorecido pela troca de informações, permitindo traçar estratégias de vendas conjuntas. As vantagens econômicas e de gerenciamento são muitas, entre elas: União – pensar coletivamente e permite trocar experiências e crescer em conjunto; Aculturamento – possibilita adotar mais facilmente uma cultura empreendedora; Compra conjunta – aumenta o poder de barganha e facilita o acesso aos grandes fornecedores do mercado; Fixação da marca – associar o negócio a uma rede maior confere ganhos a cada um dos participantes; Capacitação de pessoal – empresários e funcionários melhor qualificados melhoram a gestão do negócio, a qualidade do trabalho e o atendimento aos clientes; Lucratividade – ao melhorar as margens de comercialização, as empresas podem conseguir um aumento considerável no faturamento; Parcerias – fundamentais para a implementação de ações promocionais; Conceito de Loja – a padronização no visual dos estabelecimentos, desde a fachada, layout interno e externo, passando pela uniformização e aparência dos funcionários, informatização e modernização de processos, traz inúmeros benefícios; Competitividade – empresas ganham visibilidade ao utilizar benefícios como comprar bem e barato, maximizar e diversificar o mix de produtos, capacitar-se gerencialmente, viabilizar treinamentos para a equipe de colaboradores e organizar melhor o estabelecimento como um todo. Saiba Mais: O associativismo cria uma visão de negócios mais igualitária Tudo o que você precisa saber para criar uma associação de sucesso