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Sat Jul 15 13:48:46 BRT 2023
Empreendedorismo | ECONOMIA CRIATIVA
Finanças sustentáveis e economia criativa

Esses conceitos fundamentais integram a abordagem ESG (Ambiental, Social e Governança) e se tornaram novos paradigmas econômicos

· Atualizado em 15/07/2023
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O conceito de finança sustentável é um dos pilares da abordagem ESG (iniciais em inglês para ambiental, social e governança) que vem sendo adotada atualmente pelo moderno mundo corporativo.  

As finanças sustentáveis podem ser definidas como o processo que considera cada uma dessas abordagens ao decidir sobre investimentos de longo prazo. O aspecto ambiental inclui mitigação e adaptação às mudanças climáticas, biodiversidade, prevenção da poluição e economia circular. O aspecto social inclui combate à desigualdade, inclusão, investimento em capital humano e direitos humanos. E a boa governança de instituições públicas e privadas garante que considerações sociais e ambientais sejam incluídas na tomada de decisões dessas entidades. 

A adoção do conceito de finanças sustentáveis é uma tendência mundial, que vem ganhando cada vez mais adesão dos agentes de mercado, pois o desequilíbrio entre o uso dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico pode comprometer o futuro da civilização no planeta. 

O mercado financeiro sempre busca antever o futuro: quando alguém faz um investimento hoje está visando a resultados amanhã. A partir do momento em que a sociedade entendeu que os recursos naturais são finitos, tomou-se consciência de que é preciso regular o consumo, pois do contrário não haverá futuro para a civilização no planeta. “Não existe planeta B”, alertou certa vez o então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.  

Com experiência e sensibilidade a problemas sociais e ambientais, os empreendedores sustentáveis desenvolvem oportunidades, criam ou melhoram mercados por meio de ações que resultam na redução de custos. Assim, esses empreendedores criam valor econômico ao mesmo tempo em que reduzem o risco de degradação ambiental. 

Economia criativa 

Bons exemplos de finanças sustentáveis vêm do ecossistema das startups, empresas inovadoras que buscam transformar a maneira de fazer negócios. São atividades chamada Economia Criativa, conceito que designa modelos de negócio que têm origem em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com o objetivo de gerar trabalho e renda. 

Se um lado temos a Economia, que se refere à ciência que regula a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços, do outro temos a criatividade, a possibilidade de criar algo novo ou transformar algo que já existe. O pesquisador britânico John Howkins afirma que a Economia Criativa é a relação entre a economia, a criatividade e o campo simbólico. 

Conclusão 

O desenvolvimento sustentável remete à procura de uma nova forma de conceber as soluções para os problemas que têm desafiado vários países do mundo nessa fase de globalização econômica e financeira. Essa modalidade de desenvolvimento contempla, além do aspecto ambiental, as dimensões social e cultural. Assim, as propostas que procuram fomentar o setor da economia criativa possibilitam a elaboração de estratégias para um desenvolvimento inclusivo, sustentável e sustentado. 

Finanças sustentáveis e economia criativa, portanto, são conceitos complementares e sinérgicos. Enquanto a economia criativa relaciona-se a uma forma de gerar riqueza, de maneira inovadora, a finança sustentável é a atividade que direciona os investimentos aos empreendimentos que levam em conta a sustentabilidade. 

Concluímos então que os investimentos, linhas de créditos, apoios financeiros – ou seja, qualquer forma de injeção de recursos voltados a fomentar o empreendedorismo – deverão, cada vez mais, considerar o aspecto da sustentabilidade do negócio como um elemento decisório para a liberação de recursos. 

Para os empreendedores do século 21, é importante ter em mente que não é mais possível pensar em negócios que não resultem de uma equação equilibrada entre recursos e consumo e que não promova crescimento e desenvolvimento desconsiderando o respeito às pessoas, ao meio ambiente e à cultura.  

Atualmente, atuar de maneira criativa, sustentável e inovadora é a única forma de empreender em busca de resultados de sucesso. 

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