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Há um mercado fonográfico em expansão no Brasil, caracterizado por novas dinâmicas produtivas e de distribuição. Para novos empreendedores e quem já está no setor, vale acompanhar as mudanças, mantendo-se sempre atualizados com novas tendências e potenciais na área.

Samba, axé, sertanejo, funk, forró, gospel, tecnobrega, eletrônica, MPB, rock, ritmos populares, entre mistos de ritmo que surgem e aumentam essa variedade. Esses são apenas alguns dos inúmeros gêneros que compõem o repertório musical brasileiro.

A influência de diversos povos possibilitou que o país desenvolvesse musicalidade própria, reconhecida mundialmente pela variedade e qualidade sonora.

Aliado a esse fértil terreno criativo, o mercado fonográfico passou nos últimos anos por uma revisão de suas formas produtivas, provocada principalmente pela consolidação dos meios digitais e a pandemia de covid-19.

Novas bandas e intérpretes surgiram, impulsionando o mercado de produtoras, gravadoras, estúdios e plataformas de streaming de todos os portes: dos pequenos aos grandes empreendimentos.

Streaming é tendência

O formato streaming está crescendo, desde que foi adotado no Brasil, e a tendência é continuar crescendo no mundo inteiro. De acordo com a Agência Brasil, as plataformas de streaming musical tiveram seu crescimento impulsionado pela pandemia e continuarão sendo o formato de consumo mais utilizado, tanto nas plataformas de streaming interativo, quanto nas plataformas on demand, cujo conteúdo fica disponível para ser reproduzido na hora que o usuário quiser.

As vendas físicas de CDs, vinil e DVDs representam cerca de 0,5% do faturamento do setor. O número de lojas especializadas em música reduziu drasticamente após anos de pirataria física, tornando-se um nicho de mercado de produtos em formato físico.

Cadeia fonográfica

O processo básico de produção fonográfica segue dinâmica linear. As etapas são desenvolvidas sequencialmente, gerando como resultado o produto final: um álbum (pode ser físico ou digital), bem como o gerenciamento de todo o processo de divulgação.

A cadeia fonográfica pode ser dividida em quatro etapas básicas:

• Criação: fase na qual se dá o processo artístico e conceitual da obra. Está voltada, primeiramente, aos artistas e músicos. O papel da produtora, nessa etapa, é o de prospecção, por meio da avaliação do potencial de mercado do material que os artistas apresentam;
• Produção: aqui começa especificamente o trabalho da produtora, que é responsável pela captação e edição do áudio que comporá o álbum final. O bom andamento desta etapa depende da qualidade dos equipamentos da gravadora e da capacidade técnica do pessoal envolvido no processo;
• Divulgação: finalizado o álbum, é necessário torná-lo conhecido. Para isso, a produtora deve elaborar um cuidadoso plano de marketing, que envolve shows, material de divulgação impresso ou digital, kits promocionais e divulgação nas diversas mídias;
• Distribuição: é a atividade final do processo, que gerencia o esquema de distribuição do álbum. No caso de um CD físico ou vinil, a gravadora elabora um esquema de circulação em lojas especializadas ou em eventos ligados ao setor. Já quando se trata de um álbum digital, a etapa de distribuição torna-se parte da divulgação, que pode ser feita nos mais diversos canais virtuais: desde plataformas de compartilhamento de arquivos até as redes virtuais de relacionamento.

Implementando um projeto

Como a produção digital introduziu novas demandas e diversificou o mercado da indústria fonográfica, o que impulsionou o surgimento de gravadoras independentes, agora não é mais necessário grande espaço para montar um estúdio de gravação.

É possível organizar um pequeno estúdio até mesmo em um cômodo da casa. Essa facilidade, no entanto, não é sinônimo de amadorismo, a exemplo dos shows transmitidos ao vivo, da própria residência dos artistas, durante o período de isolamento da pandemia. Para isso, capacitação e conhecimentos técnicos e de mercado são fundamentais para o sucesso do empreendimento.

Para que o projeto dê certo e possa expandir, é necessário desenvolver um Plano de Negócios, que traçará as estratégias a serem desenvolvidas. O Sebrae auxilia nesse processo de elaboração do plano, procure a unidade mais próxima.

Potencialidades do setor

A diversificação dos meios de produção e de distribuição são os principais atrativos para quem se interessa em montar ou expandir uma gravadora no mercado independente de música.

É possível trabalhar com um produto físico, como um CD ou até mesmo vinil, que voltou a ser produzido por muitas bandas ou com versões digitais, que tem ampla difusão entre o público.

A divulgação e a distribuição na internet também diminuem custos e possibilitam que o produto seja apresentado diretamente para os potenciais grupos de interesse. É preciso que o empreendedor esteja atualizado sobre as ferramentas de divulgação.

O Sebrae oferece bons meio para formar estratégias de atuação no mercado on-line, veja abaixo alguns dos cursos gratuitos oferecidos:

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Marketing digital para sua empresa: reforçando sua presença

Dica de ouro

Outra vantagem do setor é a possibilidade de trabalhos em parceria com outras empresas. Por exemplo, produtoras audiovisuais, agências publicitárias ou de design, que demandam a produção de spots ou jingles. Além do lançamento de selos musicais independentes.

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