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Sun May 07 22:02:55 BRT 2023
Finanças | SERVIÇOS FINANCEIROS
Real digital: vem aí a moeda digital brasileira

Sob controle do Banco Central, o real digital já está em testes e deve chegar ao consumidor até o fim de 2024.

· Atualizado em 07/05/2023
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O real digital, futura moeda digital oficial do Brasil, entrou em fase de testes em março e deve chegar ao consumidor até o final de 2024. Trata-se de uma versão digital do real sob controle do Banco Central (BC), ao contrário das criptomoedas, que são privadas e não têm lastro. 

Na verdade, o real digital é mais uma iniciativa do BC para integrar soluções monetárias digitais ao ambiente financeiro do país. A nova moeda digital se unirá, então, a outras ferramentas já em uso como os tokens, open finance e o pix. Falando em pix, também está em discussão um upgrade desse meio de pagamento, que se estenderia a outros países latino-americanos, como parte do fortalecimento do bloco econômico regional.  

O que é a moeda digital? 

O real digital é uma versão virtual do real produzida pelo BC, com o mesmo valor da moeda corrente e obedecendo às regras da política monetária do Brasil. Quer dizer, sua criação não implicará a expansão da base monetária, o que aumentaria a inflação. 

Quando chegar ao consumidor, o real digital poderá ser usado em transações do dia a dia, reduzindo os custos das operações bancárias e ampliando o número de pessoas no mercado financeiro, além de colaborar com a redução da circulação do papel moeda. 

De acordo com o projeto do BC, o real digital poderá ser utilizado no exterior, sem necessidade de conversão. Adotando-se também contratos inteligentes (smart contracts) será possível realizar transações mais complexas como a venda de veículos. Neste caso, a liberação do registro do veículo para o comprador ocorreria no momento da identificação automática do pagamento do valor acordado entre as partes. 

As vantagens 

Entre outras vantagens, o real digital permite: 

  • Incentivar a inovação e a concorrência no ambiente virtual.
  • Inibir a prática de crimes financeiros, como a lavagem de dinheiro.
  • Agilizar transações nacionais e internacionais.
  • Reduzir a emissão de papel-moeda.
  • Facilitar o rastreamento do dinheiro.
  • Facilitar a tributação.
  • Ser utilizado em compras no varejo.
  • Ser usado em qualquer país, sem conversão para a moeda local.
  • Manter a mesma cotação do real físico em relação às outras moedas.
  • Convertibilidade em papel-moeda a qualquer momento e pelo mesmo valor. 
  • Garantir maior segurança jurídica e mais privacidade no compartilhamento de dados pessoais.

Ao contrário do pix, que é um meio de pagamento intermediado pelos bancos, o real digital não demandará que a pessoa tenha conta em banco. Bastará o acesso à internet, e o usuário poderá pagar e receber dinheiro em transações diretas com o BC. 

Os recursos em real digital não poderão ser emprestados a terceiros – ao contrário do que ocorre com o real físico – e não são passíveis de remuneração (como as contas bancárias com correção automática, por exemplo). 

A atual fase de testes envolve apenas instituições financeiras e ocorre em ambiente fechado. Ela inclui também testes para o uso do real digital na negociação de Títulos do Tesouro Nacional. 

Prepare-se bem, então, porque o real digital veio para ficar. E conheça melhor as mudanças que vêm por aí neste material que o Sebrae preparou para você.  

Leia também: 

Desafios e aplicações do Real Digital

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