Dados brasileiros do Relatório Especial do Edelman Trust Barometer 2022: Confiança e as Mudanças Climáticas destacam a preocupação com as ações contra os efeitos nocivos das mudanças do clima. Na publicação, 79% acreditam que as ações precisam ser aceleradas; e 63% que pouco ou nenhum progresso já foi feito.
Nesse contexto, as ONGs (65%) são a única instituição em que os brasileiros confiam para atuar corretamente. Empresas (48%) e Governo (49%) não têm a confiança dos brasileiros e a Mídia (52%) aparece no patamar de neutralidade. “Existe um espaço importante para as empresas atuarem e liderarem ações de combate às mudanças climáticas, mas é fundamental que atuem em parceria com as demais instituições”, comenta Ana Julião, gerente geral da Edelman Brasil.
No país, 65% confiam que empresas farão o que é certo em geral, mas essa confiança cai 17 pontos, ficando no patamar de 48% quando a pergunta é específica sobre o enfrentamento das mudanças climáticas. “É essencial que as empresas reconheçam não apenas a necessidade de agir para reduzir o impacto climático, mas também de educar e fornecer informações confiáveis ??sobre como os indivíduos podem reduzir seu próprio impacto e inspirar com soluções tangíveis”, diz Ana.
O estudo ainda aponta:
- 10 das 13 indústrias não são consideradas confiáveis para combater a crise climática: Carvão (32%), Bancos (38%), Óleo e gás (39%), Moda (42%), Fast food (42%), Automotivo (45 %), Transporte (45%), Varejo (48%), Companhias elétricas (55%) e Alimentos e bebidas (55%). Os únicos setores confiáveis ??são Agricultura (65%), Tecnologia (73%) e Energia Renovável (84%).
- 69% acreditam que as empresas devem parar de anunciar produtos ou incentivar atividades prejudiciais ao meio ambiente; e 71% acreditam que os produtos devem ter um rótulo ou um QR code para permitir que as pessoas vejam facilmente seu impacto ambiental, avaliado por uma agência independente.
Fonte: https://exame.com/esg/confianca-brasil-mudancas-climaticas/