Ações que encorajem o acesso ao crédito ou financiamento para essas empreendedoras, são fundamentais para estimulá-las a abrir seu negócio.
O estudo “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas”, produzido pelo Ethos, apontou que as mulheres negras ainda são figuras raras nos cargos executivos e da alta liderança do mercado, ocupando apenas 1,6% dos espaços de gerência e 0,4% do quadro executivo dessas companhias.
Por outro lado, um estudo publicado pelo Sebrae, em 2018, revelou que as mulheres negras representam metade das empreendedoras no âmbito nacional, porém retratam uma maior proporção de informalidade e alcançam uma remuneração consideravelmente inferior em comparação com as empreendedoras brancas.
Esses dados expõem uma realidade complexa dentro do país, onde muitas dessas mulheres partem para o empreendedorismo por falta de oportunidades no mercado de trabalho formal, e não por uma oportunidade de financiamento, etc.
Um estudo publicado em parceria pelo Sebrae e FGV, em 2021, mostra que o número de empresárias negras que tiveram empréstimos negados é 50% superior em relação às empreendedoras brancas.
Todos esses dados evidenciam a necessidade de fomentar a maior representatividade das mulheres negras no empreendedorismo nacional. É necessário uma postura mais efetiva por parte do poder público no sentido de criar ferramentas de incentivo para contribuir para a inserção e qualificação das mulheres negras para o mercado. Por outro lado, ações que encorajem o acesso ao crédito ou financiamento para essas empreendedoras, são fundamentais para estimulá-las a abrir seu negócio.
https://exame.com/esg/como-estimular-o-aumento-de-empreendedoras-negras-no-brasil/