A Shein, gigante chinesa de fast fashion que lidera as vendas de moda online no Brasil, já anunciou sua intenção de iniciar produção em fábricas terceirizadas no país.Uma provável associação à ABVTEX, entidade criada para estabelecer padrões éticos e responsáveis de produção para toda a cadeia, do fornecimento responsável à promoção do trabalho digno, é vista pelo setor como um indicativo de que a empresa está pronta para iniciar a produção no país.
O movimento tem incomodado as grandes varejistas como C&A, Renner e Riachuelo, que não conseguem fazer frente aos preços com a estrutura de custos local. Segundo cálculos da gestora Aster Capital, a Shein faturou R$ 7,1 bilhões no ano passado, pouco menos que o triplo das vendas digitais de Renner (R$ 1,5 bi), Riachuelo (R$ 600 milhões) e C&A (R$ 500 milhões) juntas.
A produção de categorias como jeans e calçados, artigos em que o Brasil tem forte cadeia de fornecimento, reduz enormemente os prazos de entrega de produtos que hoje levam 30 dias para chegar ao país, tornando a fast fashion ainda mais competitiva.
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