Tecnologia desenvolvida por Pesquisadores da Unesp permite a classificação de uma população de peixes com características desejáveis para melhoramento genético, de forma rápida e com menos estresse provocado nos indivíduos. O desenvolvimento de um software que usa inteligência artificial para fazer medições precisas em tempo real, acoplado a um dispositivo portátil que pode ser levado a campo, realiza a classificação dos melhores animais rapidamente.
Os estudos desenvolvidos procuraram diferenciar os Pacus (Piaractus mesopotamicus) redondos dos elípticos. De acordo com a pesquisa peixes selvagens costumam ter o corpo mais arredondado e essa característica pode pesar na escolha dos consumidores. Para promover essa característica nos descendentes, selecionam-se matrizes que tenham uma relação proporcional entre altura e largura. Com isso, obtém-se um maior rendimento de lombo e “costela”, como são chamados alguns dos cortes tradicionais dessa espécie.
Criar uma população inteira com as características desejáveis, pode exigir a medição de até 2 mil peixes por geração. Se considerarmos a obtenção desses dados pelos métodos tradicionais, esse processo pode demorar dias e acarretar em uma série de riscos a sanidade dos peixes, como o acometimento de fungos devido ao manejo e estresse.
Fonte: https://grandefm.com.br/aquicultura-inteligencia-artificial-ajuda-no-melhoramento-genetico-de-peixes