Para escolher o melhor ponto física possível para varejo ou serviços avalie ode tráfego de pedestres, o perfil do público-alvo e custo-benefício do investimento

Um bom ponto comercial é muito importante para o sucesso de uma loja física ou serviço. A localização certa atrai clientes, aumenta as vendas e fortalece a marca, enquanto um ponto mal escolhido pode levar a prejuízos.
Com planejamento você pode encontrar o local perfeito para seu negócio prosperar.
Estudos apontam que a localização impacta diretamente até 70% do faturamento de negócios físicos, segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Um ponto comercial bem localizado atrai clientes organicamente, reduz custos de marketing e aumenta a visibilidade.
Por outro lado, um local com baixo tráfego ou público desalinhado ao seu negócio pode comprometer o retorno. Para o varejo (como lojas de roupas ou cafeterias) e serviços (como salões de beleza ou escritórios), a escolha do ponto exige análise estratégica.
Avalie o tráfego de pedestres
O fluxo de pessoas é um dos principais indicadores de um bom ponto comercial. Locais com alto tráfego de pedestres, como centros comerciais ou ruas movimentadas, aumentam as chances de atrair clientes espontâneos.
Para avaliar o tráfego, observe em diferentes horários. Visite o local em dias úteis, finais de semana, manhãs e noites para mapear o fluxo.
Você pode até contar o número de pedestres, usando um contador manual ou aplicativo (como o Click Counter) para registrar o número de pessoas que passam pelo ponto em uma hora. Um mínimo de 500 pedestres/hora em horários de pico é ideal para o varejo, segundo especialistas do Sebrae.
Mas quem são estas pessoas? Verifique se os pedestres estão apenas de passagem ou são consumidores em busca de compras. Ruas com lojas complementares (ex.: moda ao lado de acessórios) atraem públicos mais qualificados.
Ferramentas como o Google Maps ajudam a analisar o fluxo de veículos e transporte público próximo, que também impacta o acesso ao ponto.
O ponto comercial deve combinar com o perfil dos seus clientes. Um salão de beleza de alto padrão, por exemplo, precisa de um bairro com público de alta renda, enquanto uma loja de produtos populares se beneficia de áreas com grande circulação de classes C e D.
Para ter mais clareza, pesquise a demografia: consulte dados do IBGE ou ferramentas como o Mosaic (da Serasa Experian) para entender idade, renda, hábitos de consumo e densidade populacional da região. Por exemplo, bairros com muitas famílias são bons para lojas de produtos infantis.
Observe se o público local frequenta comércios semelhantes ao seu. Uma academia pode prosperar perto de condomínios residenciais, enquanto uma livraria se beneficia de áreas com universitários.
Converse também com potenciais clientes na região ou use enquetes em redes sociais para confirmar se seu produto ou serviço atende às necessidades locais.
Por exemplo: uma confeitaria ou lanchonete próxima a escritórios pode atrair público que busca lanches rápidos.
O aluguel é um dos maiores custos fixos de um negócio físico, podendo representar 10-15% do faturamento, conforme a ABF. Para garantir um bom custo-benefício, compare preços por metro quadrado. Pesquise o valor médio de aluguel na região. Um bom ponto de 50 m² com aluguel de R$ 5.000/mês deve gerar vendas suficientes para cobrir esse custo.
Considere despesas adicionais, como IPTU, condomínio, reformas e taxas de luvas (pagamento pelo ponto). Um aluguel acessível, porém com alto custo de manutenção pode não valer a pena.
Para projetar o retorno, estime o faturamento com base no tráfego e ticket médio. Por exemplo, uma loja de roupas com ticket médio de R$ 100 precisa de 500 vendas/mês para cobrir um aluguel de R$ 5.000, assumindo uma margem de 50%.
E, se possível, negocie períodos de carência (ex.: 3 meses sem aluguel para reformas) para reduzir o impacto inicial.
Negociação do aluguel
Procure negociar o aluguel para conseguir condições viáveis. Use este checklist:
- Pesquise o mercado: compare preços de aluguéis na região para embasar sua proposta.
- Verifique o contrato: leia cláusulas sobre reajustes, multas por rescisão e prazos (mínimo de 12 meses é comum).
- Peça carência: solicite 1-3 meses sem aluguel para reformas ou adaptações.
- Negocie luvas: se exigirem pagamento pelo ponto, peça redução ou parcelamento.
- Consulte um advogado: antes de assinar o contrato para evitar cláusulas abusivas.
- Considere pontos alternativos: tenha 2-3 opções para aumentar seu poder de negociação.
A concorrência pode ser uma aliada ou ameaça, dependendo da estratégia. Use este checklist para avaliar:
- Mapeie concorrentes diretos: liste negócios com produtos/serviços semelhantes em um raio de 1 km. Uma pizzaria perto de outra pode dividir clientes, mas estar perto de restaurantes complementares atrai público.
- Pense nos seus diferenciais: veja preços, qualidade, atendimento e promoções dos concorrentes. Ofereça algo único, como delivery rápido ou produtos personalizados.
- Saturação: evite áreas com muitos negócios idênticos, a menos que seu diferencial seja claro.
- Pesquise avaliações: use Google Reviews ou redes sociais para entender a percepção dos clientes sobre concorrentes. Baixa satisfação pode ser uma oportunidade.
Outros fatores a considerar
Locais de fácil acesso atraem mais clientes. O local deve ser fácil de chegar e ter infraestrutura. Verifique a proximidade de transporte público, estacionamentos ou ciclovias.
Visibilidade: pontos em esquinas ou com vitrines amplas têm maior impacto visual. Uma vitrine bem projetada pode aumentar as visitas em 20%, segundo o Sebrae.
Confirme se o ponto tem energia elétrica adequada, acesso à internet e segurança (ex.: câmeras, portaria).
Áreas com zoneamento comercial evitam problemas legais; do contrário, consulte a prefeitura para confirmar.
Teste e valide a escolha
Ainda antes de assinar o contrato, teste o ponto:
- Simule operações: passe um dia no local, observando o movimento e interagindo com lojistas vizinhos.
- Faça um plano financeiro: estime custos (aluguel, reformas, marketing) e faturamento esperado com base no tráfego e ticket médio.
- Consulte especialistas: o Sebrae oferece consultoria gratuita para validar a escolha do ponto.
Dicas
- Comece pequeno: um ponto de 20-30 m² é mais fácil de gerenciar e reformar.
- Use tecnologia: ferramentas como Google My Business e redes sociais amplificam a visibilidade do ponto.
- Após a abertura, monitore métricas como fluxo de clientes e faturamento nos primeiros meses para ajustes.
- Se possível, teste o ponto com uma loja temporária antes de um contrato longo.
Com planejamento, seu negócio físico terá uma base sólida para crescer. Comece agora: visite pontos, converse com lojistas e consulte o Sebrae para transformar sua ideia em realidade.
Fontes
- Sebrae: dados sobre tráfego e impacto da localização.
- ABF: estatísticas de faturamento e custos no varejo.
- Fipe: preços médios de aluguel comercial.
- Google Maps e IBGE: ferramentas para análise de tráfego e demografia.
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