this is an h1

this is an h2

Wed Jun 07 13:11:12 BRT 2017
Mercado e Vendas | FRANQUIA
Acompanhe o desempenho de sua franquia

A criação de grupos de desempenho, o monitoramento digital e o mentoring contribuem para a definição do posicionamento estratégico das franquias

· Atualizado em 07/06/2017
Imagem de destaque do artigo
Grupos de desempenho

A medição de crescimento por franqueado é realizada por comparativos, tendo como exemplo, a mensuração da lucratividade por semestre, custos e sua evolução, entre outros recursos e indicadores de resultados.

Segundo Steve White, assistir ao crescimento dos franqueados gera melhorias. Os indicadores mostram quais os franqueados estão entre os melhores, o que os torna referência para os demais integrantes da rede.

É preciso mostrar e compartilhar como os franqueados cresceram através de suas próprias idéias. É importante frisar que não se deve identificar o franqueado no benchmark, para o cliente final. O cliente final não precisa saber que aquela loja é a mais lucrativa da rede, por razões óbvias.

Redes mais estruturadas criam grupos de desempenho entre aqueles que se destacaram. Esse grupo se reúne por dois dias ao ano e compartilha suas experiências com os demais. Há um compromisso de sigilo entre os pares e quanto ao plano de ação a ser traçado.

Na reunião do ano seguinte, ocorre a verificação do que foi realizado ou não. Um termo de compromisso é assinado em relação ao compartilhamento integral de todos os dados, incluindo assuntos de ordem pessoal.

O diálogo constante com franqueados é fundamental, sobretudo, no que se refere ao balancete da franquia. Nem sempre esse diálogo é fácil. Há situações em que um franqueado que obteve sucesso em uma unidade, decide pela abertura de uma segunda loja e encontra problemas sérios.

Por isso é preciso acompanhar o balancete. Também é importante que fique claro para todos os conselheiros que eles não terão o que querem da rede franqueadora, mas o que precisam para alavancar a companhia. A visão de negócio deve ser macro e sistêmica e não pessoal. 

Monitoramento digital

Os canais de comunicação online devem ser monitorados constantemente, ressaltando que a resposta dos usuários ao conteúdo postado será sempre mais importante do que o número de seguidores.

Fundamental e estratégico é agregar valor com assuntos que possam complementar o cotidiano daqueles que interagem na rede, sobretudo os clientes finais, de forma construtiva e criativa, oferecendo dicas de qualidade e funcionalidade para o dia a dia das pessoas.

O Facebook, LinkedIn e Youtube são meios eficazes de despertar o interesse sobre uma determinada rede de franquias junto ao cliente final, desde que a informação seja bem trabalhada e direta. A maioria dos seguidores são clientes da marca e podem se interessar em adquirir uma ou mais unidades.

Essas mídias são ferramentas estratégicas para se obter “leads”, que são potenciais compradores de franquias. Através delas, o potencial comprador entrará no site da marca – que representa o meio mais eficaz para captação de “leads” -, e navegará por cerca de uma hora, antes de preencher um formulário de cadastro para se candidatar à aquisição de uma franquia.

A cada 100 “leads” que demonstram interesse por uma franquia, apenas quatro, em média, são considerados satisfatórios, ou seja, apresentam o perfil ideal.

No website, o conceito da marca, a descrição do histórico da rede e os testemunhais devem ser envolventes e transmitir uma imagem consistente ao interessado. A utilização de vídeos eleva o valor do conteúdo e os aspectos financeiros devem ser apresentados de forma objetiva e com transparência. 

Outros recursos podem ser utilizados para identificar potenciais “leads” com maior assertividade: os sistemas de “Geofusion” e “Geomarketing”.

Participação em feiras, jantares, seminários, anúncios em revistas, entre outros, podem despertar a atenção de potenciais compradores, porém com menores possibilidades de êxito. O custo para obter um bom “lead” pode chegar a 20 mil dólares, dependendo do porte da rede.

Caso não haja essa disponibilidade de recursos, utilize meios alternativos e bastante eficazes como os otimizadores de busca (Google Adwords). Pode-se também recorrer ao trabalho dos “brokers”, captadores que conhecem a operação da franquia e são remunerados por comissão.

Mentoring

No processo de mentoring, os franqueados que se destacam são convidados pela rede franqueadora a dar suporte presencial em unidades que estejam passando por dificuldades.  Eles também podem ser chamados para realização de mesas redondas, para a discussão de soluções gerenciais e contribuição de ideias e sugestões.

Segundo Barbara Moran, Presidente e CEO da Moran Family of Brands, em sua rede, os mentores geralmente não são remunerados, a menos que sejam encaminhados para darem suporte a algum franqueado em dificuldade. Nesse caso, recebem US$ 250,00 por dia e suas despesas são custeadas pela rede.

Em algum momento, o franqueado precisará de um mentor. Não há um treinamento formal para se tornar um, mas os interessados devem preencher um formulário que os orienta para os quesitos que serão trabalhados com o franqueado.

O papel fundamental do mentor é solucionar problemas e, em sua atuação, ele se comunica diretamente com o supervisor de campo da loja franqueada. Geralmente, é desenvolvido um portifólio (“profile”) do franqueado, que apresenta a avaliação de crenças e valores do franqueado.

Alguns mentores não encontram afinidade com as pessoas em treinamento. Há outros casos em que o mentor escolhido por seu destaque na rede é muito bom no que faz, mas não conta com a simpatia dos demais franqueados da rede.

Nessa situação, pode-se buscar uma interação mais indireta com a rede, para o desenvolvimento do trabalho. Após a finalização do trabalho presencial do mentor, ele permanecerá em constante comunicação com o franqueado e realizará encontros formais a cada 30 ou 60 dias.

O franqueado envolvido no processo de mentoring comumente reclama do excesso de informações repassadas, porém, elas são essenciais para ajuste de erros e de processos administrativos e operacionais como um todo. Algumas redes realizam seminários de operação regionais e locais para ensinar melhores práticas de produção, por exemplo. Geralmente, eles são realizados a cada três meses e produzem um bom resultado.  

Redes com estruturas mais desenvolvidas estabelecem níveis de franqueados, com diferenciação entre os mais dependentes e os independentes.  Geralmente são apresentados 3 a 5 níveis de franqueados, conforme suas forças e fragilidades.

Existem franqueados que são bons em fazer dinheiro, mas não conseguem manter o estabelecimento limpo, o que justifica a definição de níveis. Os franqueados que insistem em permanecer com vícios operacionais e administrativos sofrerão pressão natural da rede para se superarem.

Como o mentor tem como tarefa solucionar problemas, é preciso orientar os franqueados quanto ao planejamento. Ele poderá ser simplificado e deverá conter basicamente análise SWOT, um plano de “ataque” baseado em oportunidades, elaboração de um orçamento e definição de metas. Exemplo: quanto se quer alcançar em dinheiro e em quanto tempo?

Esse é um quesito que serve para avaliar o nível de engajamento e proatividade do franqueado. O franqueado que busca maior qualidade de vida e demonstra menor ambição poderá ser identificado como um problema para a rede, conforme a cultura da companhia.

A paixão pela marca é o que faz as pessoas se moverem. Um forte posicionamento estratégico da marca aliado às crenças e valores de uma rede de franquias são fundamentais para geração de comprometimento. No entanto, o monitoramento e a comunicação com entrega de valor são a chave para estreitar laços de relacionamentos duradouros e geradores de lucratividade. 

Antônio Augusto Gonçalves de Abreu
Analista do Sebrae Minas


O conteúdo foi útil pra você? Sim Não
Obrigado!

Foi um prazer te ajudar :)

Precisa de ajuda?

Nós temos especialistas prontos para atender você e o seu negócio de forma online e gratuita.

Acesse agora

Posso ajudar?