Conheça a história de Beto Pereira, presidente do renomado Grupo Pereira
À frente da presidência do renomado Grupo Pereira, que administra as superlojas Fort e Comper, o renomado empresário Beto Pereira tem muitas histórias inspiradoras e, dentre elas, um segredo de família: ele quase foi médico.
Filho de pai e mãe que começaram no ramo de alimentos em 1972, com um armazém em Itajaí (SC), Beto se preparava para estudar medicina, enquanto os irmãos já ajudavam a família nos negócios.
“A minha história era escutar meus pais, em casa, comentando que eu era o filho destinado a ser médico. Mas, como as relações familiares eram muito intensas, ouvia muito os mais velhos contarem sobre os negócios nos encontros, almoços, fins de semana. Tentei medicina, passei em enfermagem. Morava em Florianópolis, e um dia resolvi trabalhar em um supermercado. Eu morava em cima de um, e nunca havia pensado em trabalhar nessa área”, relembra.
E então, o que parecia uma realidade distante, para quem estudava uma ciência completamente diferente, se tornou uma paixão.
“Eu estava com 18 anos e meu pai já tinha uma equipe formada que trabalhava com ele. Comecei a ajudar na loja, fui interagindo e aquilo foi tomando proporções boas, desafiadoras, como a criação de uma regional em Florianópolis do Comper”, destaca.
A chegada em MS
Mas, os grandes desafios logo apareceram para o, então, jovem que já havia se consolidado no ramo de supermercados junto à família.
“Em 1983 houve uma grande enchente no Vale do Itajaí. O Vale era frequentemente inundado, mas neste ano especialmente a loja teve muito prejuízo e meu pai pediu que um filho viesse para o Centro-Oeste, porque ali era o futuro. Eu tinha apenas passado por Campo Grande uma vez, não conhecia bem, e vim mesmo assim”.
Recém-casado e com uma filha de 1 ano, o empresário chegou na capital sul-mato-grossense com a missão de prosperar com os negócios da família. Abriu a primeira loja, localizada na avenida Zahran, ao passo que os irmãos inauguravam, também, suas lojas em Cuiabá e Brasília.
Com o tempo, eles decidiram juntar os empreendimentos e, em 1986, com o plano Cruzado compraram, em Campo Grande, a loja do bairro São Francisco.
“Havia uma grande falta de produtos no mercado e, pelo relacionamento que eu herdei do meu pai, da minha mãe e dos meus irmãos, eu consegui ter um abastecimento diferenciado. E aí, uma pequena loja do São Francisco foi a razão do grande crescimento no Centro-Oeste, pois dali vieram as demais lojas na Capital e o grupo toma uma outra proporção”.
Crescendo com a comunidade
Um dos grandes valores que permeia todas as lojas do grupo, conforme explica o empresário, é um ensinamento deixado pela matriarca da família, Hiltrudes Pereira: a empresa faz parte de um contexto social.
“A minha mãe sempre foi uma pessoa muito envolvida com a comunidade e isso possibilitou o envolvimento de pessoas boas em nossos negócios, com a formação de colaboradores e equipes. Temos um selo no crachá dos funcionários que identificam o tempo que estão com a gente, então, é muito gratificante andar pelos corredores e encontrar essas pessoas que estão há 10, 15, 20, 30 anos conosco”, reflete.
Junto com o Sebrae
Para o empresário, a satisfação é ainda maior quando observa o real crescimento profissional dessas pessoas dentro do grupo. “Tem colaboradores que entraram como operador, ganhando R$ 1.500; e hoje são gestores regionais, com remuneração entre 18 e 20 mil reais. Isso demonstra uma ascensão social fantástica”, pontua.
Uma realidade que, segundo ele, sempre foi possível com o apoio do Sebrae. “O Grupo Pereira tem, hoje, aproximadamente, 16 mil colaboradores, e o Sebrae é grande parceiro, principalmente quando assunto é a qualificação deste profissional que tanto contribui com a empresa. É com certeza a indicação certa que tenho a passar a qualquer um que me perguntar sobre como se destacar no mercado”, diz.
Sucessão e futuro
A sucessão de todo esse legado é algo levado a sério e com projeto específico para a terceira geração, mantido pelo Grupo e que recebe a colaboração de instituições renomadas, como a Insper e FGV.
“Nossa preocupação é ter bons acionistas. Se tivermos muita sorte, alguém da família ocupará a presidência, mas o foco não é esse, e sim preservar a empresa para que ela mantenha o nosso propósito e os nossos valores”.
Sobre o futuro, Beto Pereira expõe que o Brasil ainda guarda excelentes oportunidades de expansão para a empresa, como a recente loja inaugurada em Jundiaí.
O menino que queria ser médico e hoje administra o gigante Grupo Pereira é um leitor voraz de biografias, implantou um espaço de leitura e empréstimo de livros e revistas aos colaboradores, e apaixonado por espécies nativas. “Em todas as nossas lojas, quando um colaborador entra na empresa ele ganha uma muda de árvore, geralmente é um ipê, com a seguinte mensagem: ‘o sol é para todos, a sombra é para quem planta uma árvore’”, finaliza.
Acompanhe a série pelo Canal Sebrae/MS
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