Conheça a história de Paulo Menegazzo, proprietário da Cantina Romana
A verdadeira culinária italiana tem endereço em Campo Grande: Cantina Romana. Referência quando o assunto é massa fresca que enche a boca e os olhos d’água, o lugar que conquista o sul-mato-grossense há mais de quatro décadas nasceu de uma história de amor na Itália.
O proprietário, Paulo Menegazzo, se aventurou no país europeu onde morou por um ano e conheceu a italiana Cristina, com quem se casou e veio morar em Campo Grande. “Quando já estávamos aqui há um ano e meio, com nosso primeiro filho prestes a nascer, meu sogro e minha sogra vieram embora para cá também”, conta.
Roma em Campo Grande
Os sogros, que trabalhavam no ramo de restaurante, sugeriram a ideia de abrir na cidade Morena. “Eles tinham experiência com essa área, mas eu não. Começamos com uma porta pequena, poucos funcionários, bem enxuto, e eu fui aprender a administrar um restaurante. Para isso, trabalhei em todos os setores praticamente. Tudo era bem familiar e, com o tempo, foi crescendo e se tornou essa referência que é hoje”, conta.
O nome, claro, faz referência ao local de origem da família da esposa: Roma. O seu grande professor foi o sogro, que conseguiu repassar ensinamentos valiosos em um curto período.
“Três anos após abrirmos a empresa ele faleceu e isso fez a minha responsabilidade aumentar”, recorda.
Pouco tempo depois, em 1989, a esposa Cristina também faleceu e Dona Clara, a sogra, em 95. “Foram mortes naturais, e eu fiquei sozinho para dar andamento a esse negócio, administrar, fazer o papel que eles faziam. Eu tive de aprender. Me dediquei muito e fui conseguindo”, reflete.
Inovação e crescimento
Hoje, o empresário tem o apoio dos seus filhos e da irmã na administração dos negócios. “Meus dois filhos trabalham na empresa e administram comigo junto aos meus gestores. À medida que as coisas foram crescendo, Campo Grande também, sentimos a necessidade de aumentar e inauguramos a Pizzaria Romana, que tem 25 anos”, conta.
O sabor e o tempo
Manter os sabores da Cantina Romana mesmo com o passar dos anos, segundo o Paulo Menegazzo, é uma prioridade da marca. A engenharia dessa experiência ´gastronômica é constantemente monitorada pela empresa.
“Nossa satisfação é saber que uma pessoa veio aqui há uns 20 anos, comeu uma lasanha, retornou à Campo Grande, veio nos visitar e comeu a mesma. Isso acontece, dentre outros cuidados, porque não alteramos a receita, são nossas, os molhos são caseiros e as massas artesanais, feitas à mão. A chefe das massas está conosco há 35 anos, já se aposentou, mas nos atende em assistências. As sobremesas também são produzidas no restaurante. Compramos os produtos e fabricamos aqui artesanalmente”, observa.
Delivery
O sistema delivery, implantado há 26 anos na empresa, contribuem com a excelência dos serviços da Cantina Romana. “O motorista que fez a nossa primeira entrega está até hoje com a gente. Isso é crucial, porque, eles conhecem nossos clientes pelo nome, sabem como levar o prato, a forma de entregar e abordar o cliente. Isso tem muito valor”, avalia Menegazzo, reiterando a importância do sistema durante a pandemia.
“Somos o restaurante mais antigo em delivery de Campo Grande, então, com o isolamento social ficamos 70 dias de portas fechadas e muito apreensivos. Contudo, tínhamos a estrutura do delivery pronta para atender e foi o que nos segurou bem, pois isso significou estar um passo à frente dos demais”, esclarece o empresário.
Ao falar de gestão e inovação o empreendedor destaca o grande conhecimento adquirido junto ao Sebrae. “Nas consultorias que tivemos, o Sebrae indicou um caminho em que a Cantina Romana avançou em posicionamento e gestão. Com o Sebrae temos a oportunidade de participar de diversas feiras e exposições”, pontua.
O constante aprendizado mais a dedicação em família e alinhamento de trabalho entre gestores e equipe permitiram que o negócio já registre um movimento maior ao período anterior à pandemia. O que permite ao empresário um pouco mais tranquilidade na condução da empresa.
“Sou muito realizado e feliz pelo que conseguimos. Não quero parar de trabalhar, mas hoje diminui o ritmo, trabalho menos e consegui um equilíbrio para trabalhar em uma empresa familiar tão longeva”, conclui.
Acompanhe a série pelo Canal Sebrae/MS
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