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Empreendedorismo | INICIATIVA EMPREENDEDORA
Empresários que fazem história: Thomas Filho do Thomaz Lanches

Conheça a história por trás do negócio que é destaque em veículos nacionais, Thomaz Lanches

· 09/12/2022 · Atualizado em 13/12/2022
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As esfirras saborosas e o controle de consumo baseado na confiança do cliente trouxeram ao Thomaz Lanches o destaque em veículos nacionais e até mesmo ser parada obrigatória para muitos turistas que desejam conhecer o lugar onde a única comanda válida de consumo é a palavra do cliente. No momento de pagar, o freguês informa ao caixa o quanto consumiu, paga e vai embora. 

“Essa característica da nossa empresa não foi premeditada, mas sim comportamental. Meu pai sempre foi muito solícito, de nunca se deixar levar pelo lado somente econômico do negócio, do tipo ‘estou sendo lesado’ ou ‘passado para trás’. E essa simplicidade dele do bem, em não ter ganância, a gente conseguiu absorver para manter ao longo dos anos”, explica José Thomaz Filho, que hoje administra a marca junto à família.

E essa capacidade de confiar no trabalho e nas pessoas é realmente uma virtude do empresário José Thomaz, imigrante libanês que ao lado da esposa, Marina Mazzini Thomaz, e os seis filhos percorreu um caminho desafiador no ramo de alimentos.

“Meu pai teve inúmeros negócios, mas por grandes dificuldades econômicas da época acabavam não prosperando. Morávamos ao lado da loja, na esquina da Rua 7 de Setembro com a Rui Barbosa, que tinha um salão pequeno onde ele [pai] e minha mãe abriram um barzinho”, conta Thomaz Filho.

Mas depois de uns dois anos, o pai precisou se ausentar por problemas de saúde e, então, junto com a esposa decidiram comercializar salgados, já que Marina era muito prendada com a comida árabe. “Eles avaliaram que seria algo menos sacrificante para a família, em relação à rotina do bar. Era 1978, eu era jovem, ia para escola, mas nos tempos vagos estava sempre por lá ajudando”, recorda. 

Dificuldades, limitações e inovação

Como todo começo, a empresa passou por inúmeras dificuldades e uma delas foi a falta de clientes. “Os fregueses queriam bebidas, pois ali funcionava o bar. Mas, o tempo foi passando e o ponto virou referência para famílias e um lugar de encontro de estudantes”, recorda. 

Entretanto, mesmo consolidando um novo público para o local, em meados dos anos 80 os desafios dos planos econômicos bateram à porta da lanchonete. “Devido à falta de insumos, como a carne, passamos uma época somente com a esfirra de queijo e, para não fechar o estabelecimento, fazíamos com queijo mais temperado, enroladinho de queijo e foi quando surgiu a esfirra aberta mais elaborada, como uma alternativa”, detalha o empresário.   

Confiança 

O período marca a presença de muitos amigos e familiares no local, oportunidades em que os filhos viam o pai retirar da estufa todos os salgados e servir sem preocupação com o pagamento. “Ele sempre confiou muito nas pessoas e isso traz uma reciprocidade muito grande para nossa empresa. O grande legado é o carinho que as pessoas têm pela gente”, afirma.

Inclusive, o empresário ressalta que o mesmo princípio se aplica quando o assunto são os negócios em família. “O mais importante é a confiança. Meu pai e minha mãe nos presentearam com esse ensinamento de confiarmos uns nos outros. O que um irmão fala para o outro não tem questionamento. A confiança, a forma de atendimento e a qualidade são os nossos três pilares. Tudo o mais vai se construindo ao redor”, diz. 

Modernizar sem perder a essência

Com a empresa crescendo foi preciso modernizar a produção e para isso eles tiveram o importante apoio do Sebrae.

“Buscamos o Sebrae e tivemos uma consultoria de seis meses, com um técnico dentro da loja observando tudo, elaborando as fichas técnicas de todos os produtos, verificando as câmaras frias, o movimento, a produção todo o processo. O resultado disso foi que, se antigamente uma pessoa chegasse pedindo mil salgados, eu responderia que infelizmente não conseguiria atender. 

Hoje, não; se o pedido me dá algumas horas, eu consigo porque tenho estrutura para atender com a mesma qualidade”, afirma o filho sucessor. 

Outro ponto fundamental para o crescimento da empresa foi estar atento às novas demandas. “Esfirra doce, integral, sem carne! Isso era algo inimaginável. Fico imaginando meu avô libanês, o que diria. Mas nós temos clientes que não consomem carne, outros que pedem esfirra sem produtos de origem animal e vamos mesclando sem sofrimento. O Sebrae ajudou muito nisso. Todo ano temos consultoria para a criação de novos produtos ou inovar na parte da gestão”, diz. 

Dentre os produtos mais consumidos, as esfihas abertas e fechadas de carne são o carro-chefe. No cardápio, se destacam ainda o quibe assado e cru e os doces árabes, como o ninho de damasco.

Expansão e futuro

Para Thomaz Filho, a essência ou a receita do sucesso está no carinho, na responsabilidade, na matéria-prima, na hora de confeccionar, assim como na temperatura ideal do seu produto. “Comemoramos 44 anos em 2022 de uma empresa que era pequena, um prédio da família. Hoje temos mais uma unidade, no Corredor Gastronômico da avenida Bom Pastor, o restaurante com comidas árabes e pensamos em expandir para outros mercados, por exemplo, com nossos produtos congelados comercializados em mais lojas e conveniências, como já começamos também. Queremos produzir em escala maior, inclusive para o interior”, relata. 

 Acompanhe a série pelo Canal Sebrae/MS


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