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Sat Feb 25 02:05:20 BRT 2023
Mercado e Vendas | FRANQUIA
A gestão das redes de franquias

Planejamento estratégico, análise de mercado e avaliações competitivas são requisitos básicos para implantar um franchising.

· 24/01/2014 · Atualizado em 25/02/2023
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Análise de viabilidade

O crescimento por meio do franchising tem se mostrado uma estratégia viável para um grande número de empresas. Mas, os casos de sucesso relatam um trabalho minucioso de planejamento e de avaliação do próprio negócio e do modelo que se pretende franquear antes da implementação de qualquer plano de expansão.

É fundamental que a empresa conheça o mercado onde já atua e que identifique aqueles onde pretende atuar, considerando suas vantagens competitivas, suas chances de crescimento e os riscos a serem minimizados - o que deve ser feito antes de escolher qual será o melhor canal de distribuição para seus produtos e serviços.

Após a análise e o estabelecimento de estratégias para o próprio negócio, a empresa precisará estudar a viabilidade do modelo de negócio que pretende franquear. Por essa razão, toda formatação de franquia inicia-se com a análise de franqueabilidade do negócio, seguida da elaboração de um plano de negócios para a unidade franqueada, verificando, assim, se o modelo se sustenta.

Antes de negociar o direito de uso de marca com terceiros, o empreendedor deve ter certeza de que o negócio é replicável, ou seja, franqueável. A análise de franqueabilidade avalia se a empresa dispõe das condições necessárias para ser formatada em unidades de franquia.

Definir e compartilhar a missão, a visão e os valores da empresa também é fundamental para a compreensão e a manutenção do seu modelo.

O sistema de franchising requer uma visão de longo prazo, com monitoramento e inovação constantes para adequação da sua estratégia aos desafios do mercado.

Plano de marketing

O primeiro cliente a ser conquistado por uma franquia é o seu franqueado. Será ele que, uma vez convencido do valor da marca, irá primeiramente divulgá-la nos mercados onde for atuar.

O plano de marketing elaborado pela franquia contará, e muito, com o engajamento do franqueado para que as ações planejadas alcancem o resultado esperado. Muitos são os relatos de franqueadores que desenvolveram campanhas inteiras, acreditando estar fazendo o melhor pela rede, mas que não conseguiram motivar seus franqueados a colocá-las em prática porque faltou comunicar a eles os objetivos a que o plano se propunha. Os melhores planos são aqueles que unem a visão do franqueador à experiência exercida pelo franqueado.

De fato, agradar a todos é uma tarefa praticamente impossível, mas uma vez que os planos de marketing utilizarão os recursos provenientes do fundo de propaganda, para o qual todo franqueado contribui com parte do seu faturamento, é razoável compreender que ele queira participar com opiniões sobre as ações que serão propostas.

Nesse sentido, para tornar a gestão de marketing mais efetiva, a rede deve contar com a motivação de seus franqueados. E, para ampliar o alcance das ações de marketing da franquia, a solução que se apresenta é a criação de um conselho onde haja a participação de representantes dos franqueados, mesmo que ele seja consultivo e não deliberativo.

O sistema operacional da rede

O sistema operacional da franquia envolve a definição de todos os processos de compra e venda de insumos, produtos, serviços e equipamentos. E, de acordo com cada modelo de negócio, também estão no sistema as relações entre franqueadores, franqueados, fornecedores e clientes da rede.

Um sistema operacional sólido é aquele que permite a satisfação do cliente e a rentabilização para franqueadores e franqueados, por isso é importante definir como ocorreram essas relações e quais serviços serão oferecidos. Será fundamental, por exemplo, que o franqueador decida se será fornecedor dos produtos ou se haverá uma central de compras ou fornecedores homologados que serão contatados diretamente pelo franqueado. Além disso, é essencial que o franqueado saiba onde, como e quanto comprar e de que forma esses produtos serão distribuídos e entregues aos clientes.

Ter um sistema operacional bem definido ajuda tanto o franqueador quanto o franqueado na gestão dos negócios. Por essa razão, os franqueadores incluem diversos serviços em seus sistemas, como análise e escolha do ponto, abertura da empresa, treinamento pré-operacional, assistência para a inauguração da unidade, suporte em gestão e todo o apoio necessário durante a vigência do contrato.

Quanto mais experiência adquirir, mais o franqueador aprimora seu sistema operacional, incluindo novos serviços e treinamentos que auxiliarão na gestão das franquias e, ao mesmo tempo, na supervisão para a manutenção dos padrões por ele definidos.

Unidades próprias e unidades franqueadas

A existência de unidades próprias de uma franquia justifica-se para que, por meio delas, o franqueador tenha condições de avaliar a operação e os resultados que podem ser obtidos com o modelo e para que possa utilizá-las como teste para as inovações que serão posteriormente disponibilizadas para todos os franqueados. 

Mantendo uma operação própria, o franqueador saberá avaliar como o mercado reage às estratégias estabelecidas pela franquia, conhecerá a demanda por seus produtos e serviços e poderá verificar a rentabilidade alcançada. 

Essas unidades podem ser abertas para desenvolver novos mercados sem que o franqueador recorra a franqueados para isso. Essa tem sido uma estratégia adotada por várias franquias ao iniciar seu processo de internacionalização.

Muito diferente desse posicionamento é aquele em que unidades próprias concorrem diretamente com unidades franqueadas, disputando o mesmo mercado ou oferecendo produtos e serviços que os franqueados são impossibilitados de disponibilizar.

Nesse sentido, é válido ressaltar que unidades próprias não devem existir para canibalizar o sistema. Para que a coexistência de unidades próprias e franqueadas não se caracterize como uma concorrência desleal, é imperioso manter a mesma política de preços, de promoções e de marketing para toda a rede.

O conflito no relacionamento entre franqueadores e franqueados tem sido avaliado como o principal problema para a gestão de franquias. Mesmo que não possam ser todos eliminados, esse, ao menos, pode ser evitado.

Logística de distribuição

A logística de distribuição é um dos fatores críticos de sucesso de uma franquia por impactar o preço final dos produtos e a confiabilidade quanto ao suprimento dos estoques das unidades franqueadas.

Um grande desafio para o franqueador é estabelecer um sistema de logística de distribuição de produtos para a rede que tenha um nível ótimo de eficiência e eficácia, uma vez que os custos logísticos podem tanto estimular quanto inviabilizar a operação da franquia.

Na prática, o nível de serviço logístico varia de uma franquia para outra, mas o principal objetivo sempre será a satisfação do cliente. Para algumas, o diferencial estará no prazo de entrega; para outras, na disponibilidade de estoque. Em ambos os casos, o nível será medido da recepção do pedido até a entrega do produto ao cliente, não esquecendo que exigências legais ou necessidade de atendimento ao cliente podem exigir um serviço de apoio posterior à venda ou de logística reversa.

Muitas vezes, a opção pela distribuição dos produtos deve-se à manutenção do segredo do negócio ou do padrão de qualidade exigido na elaboração dos produtos, mas as condições estabelecidas pela franquia para a distribuição precisarão levar em conta a viabilidade do negócio para o franqueado.

Posicionamento da marca

No sistema de franquias, uma empresa terá o direito de utilizar a marca de outra e de comercializar seus produtos e serviços, gerando no consumidor a expectativa de ver o mesmo modelo de negócio nos diversos locais onde ele se deparar com aquela marca. Mas, quando pensamos nas redes de franquias espalhadas por todo o território nacional, e até mesmo no exterior, logo percebemos que a manutenção do posicionamento da marca não é tarefa fácil.

Mesmo que pensemos numa expansão para apenas alguns estados, as diferenças socioculturais e de mercado exigirão um grande esforço do franqueador para que a identidade da marca não se perca.

Na gestão da rede, deve-se avaliar até que ponto poderão ser feitas adequações ao modelo sem que ele se descaracterize. Também é presico estabelecer como será feito o controle sobre o uso da marca para que ela continue sendo percebida como única, independentemente do local onde suas unidades estejam instaladas e de ações pontuais de marketing criadas para atender a necessidades específicas de alguns mercados.

Torna-se fundamental, portanto, o planejamento estratégico de marketing e de comunicação integrada em toda a rede para que a marca não sofra agressões a ponto de prejudicar sua imagem. Isso não implica desconsiderar as observações feitas pelos franqueados nem ignorar as diferenças dos mercados locais, mas exige o estabelecimento de uma comunicação padronizada para a rede, com valores, missão e visão comuns a todos.

Estrutura interna para gestão da rede

Inicialmente, enquanto houver um número reduzido de franqueados, a estrutura interna da franqueadora preparada para atender à rede será pequena, bastando ser composta por profissionais com perfil multidisciplinar, que conheçam a operação e que sejam capacitados para atuar dentro do sistema de franchising.

Mas, desde o primeiro momento, a gestão de uma rede de franquias tem necessidades distintas da operação própria do franqueador, de modo que sua estrutura interna precise ter algumas áreas fundamentais para atendimento aos franqueados, como: operações, marketing e vendas, administração e setor financeiro.

Mesmo havendo a contratação de consultoria especializada para a formatação da franquia, caberá ao franqueador e à sua equipe todo o trabalho de gestão da rede, incluindo a captação e a seleção de franqueados.

O sistema de franquias envolve a oferta, ao franqueado, de um grande número de serviços presenciais ou a distância. Não basta conhecer a operação do negócio. O suporte à rede inclui atividades que a operação própria não exige, como os que envolvem o treinamento do franqueado e sua equipe, a implantação, o monitoramento e o suporte à unidade franqueada.

Algumas dessas funções poderão ser realizadas pelo franqueador e por funcionários que atuem na unidade própria da franquia, mas a estrutura interna deverá aumentar de acordo com o crescimento da rede e a necessidade de manutenção da qualidade no atendimento aos franqueados e clientes.

Gestão de pessoas

Onde há pessoas existe a chance de conflitos. Essa parece uma frase simplesmente pessimista, mas seu objetivo é ressaltar a importância que deve ser dada à gestão de pessoas nas redes de franquias.

Os conflitos podem até ser encarados como fatores que estimulam as mudanças, mas devem ser administrados para que a crítica não se torne um empecilho à gestão e à motivação dos franqueados. Desse modo, parte-se do princípio de que todo problema requer uma solução.

O franqueador precisará exercer sua liderança e envolver-se diretamente no relacionamento com seus franqueados, já que ele é o modelo de sucesso no qual os franqueados desejam espelhar-se.

Com o crescimento no número de unidades, sua presença será mais pontual e haverá a participação mais intensa dos consultores de campo. Ainda assim, suas diretrizes precisarão continuar a ser sentidas pelos integrantes do canal.

Se, inicialmente, pertencer a uma rede é um fator determinante para a compra da franquia, com o passar do tempo, seguir os padrões e as determinações da franquia pode ser motivo de insatisfação do franqueado por ele considerar-se apto a resolver sozinho todas as questões, mas ser impedido de promover as mudanças que deseja.

Cabe ao franqueador, então, saber ouvir e manter uma boa comunicação com todos os franqueados, sendo proativo e se antecipando para solucionar os problemas apontados pelos consultores de campo e pelos próprios franqueados.

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