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Mon Feb 07 19:35:00 BRT 2022
Mercado e Vendas | CONSUMO
Tendências para quem trabalha no mercado de vinhos

Uma série de indicadores demonstram que o momento é bom para investimentos no mercado de vinhos no Brasil

· Atualizado em 07/02/2022
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Recentemente, pesquisa da empresa Ideal Consulting, que trabalha com inteligência de mercado e é especializada em alimentos e bebidas, mostrou que a venda de vinho em litros teve um salto na pandemia, passando de 383,0 milhões de litros em 2019 para 501,1 milhões de litros em 2020; e, apesar de ter havido pequena queda em 2021, com consumo de 489,4 milhões de litros, não foi visto como retrocesso, dado que o número do ano anterior foi muito positivo.

Outro dado que reforça o bom momento é que o consumo de vinhos no país subiu 18% em 2020, de acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho; passamos de 360 milhões de litros consumidos em 2019, para 430 milhões em 2020. O dado de 2021 ainda está sendo consolidado, mas a tendência é que siga alto.

De acordo com a enóloga Suziane Antes Jacobs, professora do curso de enologia da Universidade Federal do Pampa desde 2011, o momento foi alavancado pela pandemia, mas já vinha passando por transformações estruturais. Ela aponta alguns marcos recentes para todo o setor vitivinícola, como o aumento do número de regiões produtoras de vinhos para além da Serra Gaúcha. No Rio Grande do Sul, o crescimento do número de produtores de uva e de vinho começa na Região da Campanha em meados de 2000 e, hoje, já é a segunda maior região produtora de vinhos finos no Brasil, com uma área  de 40 mil KM². 

Outro marco é ampliação dos cursos de enologia por todo o Brasil que possibilitou uma oferta de conhecimento e informação que antes não existiam, em 2010 surge o curso de enologia da Unipampa e logo outros em Petrolina (PE), Pelotas (RS), São Paulo e outros. “Junto com isso, começa uma evolução na melhora da qualidade dos vinhos com informações técnico científicas”, ressalta. O que acaba por desenvolver o nicho do turismo de vinho, ou do enoturismo, a partir de 2015. Modalidade de turismo gastronômico que leva o turista a conhecer o universo do vinho dentro da localidade em que é produzido.

Enoturismo

Fortemente demandado pelo mercado fiel e consumidor de vinho no Brasil, o enoturismo nasce de maneira informal, mas logo é visto como um grande nicho. Gabriela Pötter, agrônoma e enóloga, fundadora e diretora da Vinícola Guatambu em Dom Pedrito/RS, conta que a família já trabalhava no agronegócio com pecuária de corte, milho e arroz, quando decidiu começar a plantar uvas e depois fazer vinho, e por fim investir no enoturismo. Esse último, atualmente, é responsável por 25% do faturamento anual da vinícola, com a venda de tickets e a  venda direta dos vinhos na loja.

Entre as atividades oferecidas atualmente pela Vinícola Guatambu está o turismo rural, o  tour acompanhado por um enólogo, as atividades de harmonização de espumantes e vinhos com outros produtos da propriedade como as carnes e o arroz, os piqueniques nos jardins, entre outros. Gabriela conta que em 2021 as atividades voltaram a ser oferecidas e foram bem aceitas, pois uma característica positiva do enoturismo em épocas de coronavírus é a possibilidade de acontecer em espaço aberto e sem aglomeração. Com o aumento do contágio, a programação está suspensa, mas a intenção é voltar a ser oferecida em março.

Lojas de vinhos

De acordo com a enóloga Suziane Jacobs, a pandemia fez crescer muito essa ideia de loja de vinhos, mas deve-se prestar atenção que cada local é um local. “O tipo de vinho vai variar conforme as características de clima e do perfil dos consumidores do local,  então a gente não escapa de uma pesquisa de mercado”, revela. Em lugares mais quentes, é possível focar em vinhos mais refrescantes; é importante saber, também, que a venda é sazonal, a tendência é que as vendas aumentem no inverno, já no verão há outra bebida para competir com o consumo do vinho. 

Na pesquisa da Ideal Consulting, os meses com maiores vendas de litros de vinhos no Brasil no ano passado foram de junho a novembro, em junho registrou-se o recorde de 55 milhões de litros vendidos.

Investir em RH também é fundamental, ter um enólogo ou sommelier de vinhos à disposição faz toda a diferença para o tipo de interesse que esse público tem. Na loja, a oferta de outros atrativos como pequenos eventos de degustação, apresentação de produtos ou investimento em enogastronômica tendem a atrair mais o público. A tendência do Wine Garden em que o foco é o consumo do vinho acompanhado pela experiência da degustação ao ar livre, muitas vezes no meio do parreiral, também tem atraído o público fiel, que gosta e se aprofunda no mundo dos vinhos.

Lojas virtuais

Acompanhando o movimento de transformação digital que chegou em todos os setores, manter lojas virtuais  amplia a possibilidade da venda direta. Nos primeiros 15 dias da pandemia em 2020, quando nem todas as lojas físicas ou vinícolas tinham lojas virtuais, o setor sentiu a queda nas vendas, principalmente, as realizadas para restaurantes e lojas especializadas. Então as vinícolas começaram a investir no e-commerce e tiveram novamente as vendas alavancadas. “Provavelmente, no início da pandemia, aqueles primeiros dias, um mês, a maioria das vinícolas de pequeno porte, acredito que 80%, não tinham loja virtual ou loja hospedada em site, poderiam até ter venda via telefone ou e-mail, mas a loja virtual para receber em casa a maioria não tinha”, revela enóloga e professora da Unipampa.

Em 2022

Em 2022, a aposta é que a partir de todo esse descobrindo do consumidor com relação a quantidade e variedade de vinhos disponíveis, aumentem as vendas de vinhos de uvas finas, considerando inclusive que a alta do dólar desfavorece a importação de produtos de fora. Mesmo assim, a fatia do mercado representada pela venda dos vinhos importados aumentou de 32% em 2019 para 34% em 2021, segundo indicadores da Ideal Consulting. 

Ainda assim, especialistas apostam que os vinhos finos nacionais vão ter cada vez mais espaço, entre 2019 e 2021, portanto dois anos, a fatia do mercado representada pela venda dos vinhos finos nacionais dobrou, de 4% para 8%.

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