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Mercado e Vendas | DEMANDA DE CONSUMO
Esperança no Carnaval fora de época

Apesar de serem fortemente afetados pelo adiamento do Carnaval, setores como turismo e bebidas esperam recuperação em abril

· 07/03/2022 · Atualizado em 09/03/2022
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O Carnaval no Brasil é uma festa popular que remonta aos tempos coloniais. Cordões, ranchos, corsos, frevos, afoxés, maracatus, escolas de samba e blocos fazem parte da rica tradição carnavalesca brasileira.

Em 2021, em razão da pandemia da covid-19, o reinado de Momo foi cancelado pela primeira vez no país. Em 2022, em razão do avanço da variante Ômicron, a festa foi adiada para 21 de abril, dia de Tiradentes.

Foi a segunda vez que o Carnaval foi adiado no Brasil; a primeira ocorreu em 1912, quando a folia foi postergada de fevereiro para abril em razão da morte de José Maria Paranhos da Silva Jr., o Barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores.  

Não sabemos as consequências daquele adiamento de 1912 na economia do país, que então era predominantemente agrário e exportador. Mas em 2021, o impacto foi muito grande, principalmente nos setores de turismo e comércio de bebidas. E, em 2022, o estrago foi menor e ainda pode ser anulado em abril, quando Momo finalmente retomará seu reinado. 

Um levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP) mostra que a não realização do Carnaval na data prevista este ano deve provocar uma queda de 30% a 35% nas vendas do comércio em fevereiro. 

“Em 2020 tivemos mais de 600 blocos nas ruas aqui de São Paulo. Foram mais de 15 milhões de pessoas participando, segundo a Prefeitura – um número que é maior do que a população da cidade”, enumera Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP. “Destes, 80% eram pessoas da Grande São Paulo e 20% pessoas de fora da capital”. 

O presidente da FCDLESP conta que em 2020 foram consumidos nada menos que 1,5 bilhão de litros de cerveja na capital. “Números desse porte movimentam toda a economia, não apenas a indústria da cerveja, mas também os fornecedores, a agricultura – tudo é uma roda que alimenta a economia”, explica.

Mesmo com o adiamento, Stainoff acredita que, até agora, o Carnaval de 2022 já foi melhor do que o de 2021. “No ano passado, todos nós acreditávamos que a pandemia iria diminuir em razão da vacinação. Então, veio a variante Delta e ela causou um grande impacto na economia e assustou a todos nós. Em 2022, a vacinação está bem mais adiantada e a variante Ômicron, apesar de ser mais contagiosa, parece ser menos grave. Por isso é que nós tínhamos esperança de ter um faturamento maior agora nos segmentos de bares, restaurantes e hotéis e no varejo que vende produtos como fantasia, máscaras etc. Infelizmente isso não aconteceu”.

Migração

Para o presidente da FCDLESP, parte do turismo que se realizava na capital em outros carnavais migrou em 2022 para cidades turísticas, especialmente as localizadas no litoral paulista, mas também para estâncias hidrominerais. Essa migração, no entanto, não trouxe dividendos ao setor hoteleiro, já que a maioria dos que viajaram optou por alugar casas. 

Bares e restaurantes também não tiveram grandes ganhos, porque, desta vez, grande parte dos turistas comprou bebidas em supermercados, em lugar de consumi-las fora de casa. “Em consequência, o valor agregado nos bares e restaurantes foi bem menor agora do que nos anos anteriores. Ainda não temos os números, mas já temos a certeza desse impacto”, diz Stainoff.

Ele acrescenta que o preço de uma bebida vendida no supermercado é diferente do preço daquela vendida em bares e restaurantes. “Até porque quando este setor está envolvido, existe todo o trabalho de mão de obra, de geração de emprego, pois durante períodos como o Carnaval haveria um acréscimo de pessoas empregadas nestes locais, especialmente daqueles locais próximos de onde desfilam os blocos de carnaval”, conta. 

“Não podemos nos esquecer de que a inflação e o desemprego tomaram boa parte dos recursos que normalmente as pessoas teriam para gastar no carnaval”, pondera o presidente da FCDLESP.

Expectativa

Stainoff espera que o adiamento do Carnaval para abril possibilite ao varejo e ao setor hoteleiro e de bares e restaurantes uma recuperação, com uma movimentação semelhante à que ocorreu em 2020. “São Paulo é o terceiro PIB do Brasil e qualquer crescimento do PIB de São Paulo impacta na economia do país. Isso sem contar cidades como o Rio de Janeiro, na qual o Carnaval faz parte da vida da cidade”, compara.

“Esse adiamento para nós é uma novidade. Ainda não sabemos como vai ocorrer, se os blocos irão para as ruas, como será o comportamento das empresas, especialmente na questão do emprego e renda. Ainda estamos discutindo com o pessoal da Abrasce (Associação Brasileira de Shoppings Centers) e outros setores”, ele acrescenta. 

“Mas eu estou otimista. Acredito que o adiamento trará bons resultados. E isso será importante não só economicamente, mas na recuperação do ânimo das pessoas no Brasil. Nós estamos aí passando dois anos de pandemia e agora temos a oportunidade de voltar à vida normal”, pontua Stainoff.

Preocupações

Ele lembra que apesar de a vacinação estar avançada, nós ainda não retornamos ao patamar de vendas do período de pré-pandemia. “Nossa esperança é de crescimento, claro, mas temos a preocupação com a economia mundial, com os impactos que a guerra na Ucrânia está causando no petróleo, no dólar, no custo dos alimentos e das commodities. Tudo isso pode afetar bastante o custo da economia brasileira”, analisa. 

“As pequenas empresas são as que mais sofrem e as que têm menos capacidade de absorver esse impacto de inflação alta, de desemprego e de se recuperar. Então, o Sebrae vai ter um grande trabalho pela frente de apoiar a recuperação dessas empresas. Contamos com o Sebrae, sabemos da sua importância no apoio às pequenas empresas. Então, vamos lutar, temos muita esperança”, conclui o presidente da FCDLESP.

Saiba mais

Veja neste link como repensar o modelo de negócios das empresas ligadas ao Carnaval.

Clique aqui para saber como os pequenos negócios podem se reinventar no Carnaval.

Veja aqui como o adiamento do Carnaval afetou o comércio em SP.

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