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Atualmente, a tendência que se consolida são os procedimentos estéticos e de beleza não invasivos, que sejam seguros e que tenham bons resultados. O tratamento estético não invasivo refere-se a produtos usados em procedimentos estéticos, realizados por especialistas da área da saúde, que não envolvem cirurgia ou incisão. Os tratamentos estéticos não invasivos são geralmente  indolores ou envolvem dor mínima e temporária, eles também exigem pouco tempo de inatividade mínimo e têm baixo risco de complicações.

Segundo um novo relatório da “The Business Research Company”, o mercado global de tratamentos estéticos não invasivos cresceu de US $49,6 bilhões em 2022 para US $57,27 bilhões em 2023, a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 15,5%. Este mesmo relatório aponta que o avanço tecnológico é uma tendência importante que está ganhando popularidade no mercado de tratamentos estéticos não invasivos. As empresas que atuam no tratamento estético não invasivo estão cada vez mais focadas no desenvolvimento de produtos inovadores, com tecnologia avançada e maior eficiência do produto.

O avanço das pesquisas e do desenvolvimento de procedimentos estéticos não-invasivos faz nascer uma geração de técnicas de alta performance. Para atender aos clientes do mundo moderno, o setor de estética começa a apresentar soluções high-tech que fazem intervenções mínimas e garantem resultados acima da média em problemas como pálpebras caídas, excesso de papada, olheiras pigmentadas, melasmas, perda do contorno facial e flacidez acentuada no rosto.

As clínicas de estética de todo país confirmam essa tendência, porém, hoje em dia, a alta na demanda de procedimentos estéticos não invasivos também é impulsionada pela moda da beleza natural. “Estamos vendo a ascensão da busca pela beleza natural. Só no primeiro trimestre, tivemos um aumento de 40% na busca por tratamentos de beleza ligados à saúde”, conta Erica Miguelia, CEO da Loveena Clinic, clínica de estética localizada em São Paulo. 

É com essa pegada que surgem no mercado brasileiro tratamentos que combinam técnicas como microagulhamento, ultrassom, peeling, laser e até jatos de plasma. O grande diferencial - além dos bons resultados e dos processos facilitados - é a customização dessas técnicas, que podem ser reguladas às necessidades de cada consumidor.

A flacidez que gera excesso de pele na região das pálpebras, chamada por especialistas de ptose palpebral, por exemplo, é um dos problemas estéticos mais difíceis de resolver sem o uso de cirurgias. Porém, uma tecnologia recente tem apresentado resultados surpreendentes: o jato de plasma que, em contato com a pele, gera retração imediata e estimula a renovação celular.  Segundo o médico Cyro Hirano, especialista em dermatologia, é possível notar algumas alterações na semana da aplicação do tratamento, porém o resultado final só é mostrado após 30 dias. “Após esse período, se necessário, já se pode fazer uma nova sessão, pois tudo depende da intensidade do tratamento aplicado e do grau de flacidez”, explica.

Indicado para flacidez facial média e intensa, o Lifting Temporal, criado em 2001 pelo cirurgião plástico Alex de Souza, voltou à cena por entregar resultados melhores que as técnicas injetáveis. O tratamento ameniza a queda das bochechas, a perda de contorno e promove a abertura dos olhos, atuando principalmente na região das pálpebras. Logo nas primeiras sessões é possível notar rugas e linhas de expressão atenuadas, arqueamento das sobrancelhas e redução de pele nas pálpebras superiores.

Já para acabar com a famigerada “papada”, que não é causada apenas por excesso de peso e por isso em muitos casos emagrecer não resolve o problema entra em cena o Liftera, ultrassom microfocado que reduz volume, aumenta a firmeza da pele e ainda diminui a camada de gordura da região.

Um relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) apontou que em 2020 foram realizados 1.306.902 procedimentos de cirurgia plástica estética. Isso coloca o Brasil em segundo lugar no ranking global da entidade, atrás apenas dos Estados Unidos. É notório que cada vez mais, os brasileiros valorizam procedimentos estéticos que não demandam riscos cirúrgicos e grande tempo de recuperação. Segundo o relatório da ISAPS, que considera apenas procedimentos realizados por cirurgiões plásticos, entre 2016 e 2020, o uso de procedimentos não cirúrgicos injetáveis registrou um aumento de 24,1% em nosso país. E só no ano de 2020, mais de 600 mil procedimentos não cirúrgicos injetáveis foram realizados por cirurgiões plásticos no Brasil. Os mais realizados foram aplicação de toxina botulínica e ácido hialurônico para preenchimento facial.

O último Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que contou com a participação de 1218 associados de todas as regiões do país, data de 2016, mas já apontava este aumento na busca por procedimentos estéticos não invasivos. 

Na época, o então presidente da SBCP Luciano Chaves, explicou que existiam três fatores que justificavam a demanda: “O primeiro é que pessoas mais jovens, que não procuravam cirurgias, estão procurando procedimentos menos invasivos e preventivos. O segundo é a redução de custo entre esses dois tipos de procedimentos e, por último, a maior qualificação e disponibilidade de especialistas que realizam procedimentos não invasivos”.

_{Fontes: Terra, Revista Marie Claire, Business Research, Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS)}

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