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Inovação | SUSTENTABILIDADE
Como evitar o desperdício de água

A indústria brasileira ainda perde grande parte da água produzida, mas várias iniciativas estão sendo adotadas para reverter esse curso.

· 15/03/2023 · Atualizado em 07/05/2023
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No Brasil, o setor industrial tem 21% de participação no Produto Interno Bruto (PIB), consumindo 10% de toda água captada para uso no país. Mas, de acordo com os relatórios do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério das Cidades, a região Sul do Brasil ainda desperdiça aproximadamente 37% do volume total de água do Brasil. 

Grande parte do problema é causado por vazamentos do setor industrial.

Ultimamente, grandes investimentos estão sendo realizados em iniciativas para reduzir essas perdas, como reaproveitamento de água de um processo produtivo em outro, sistemas alternativos de captação, como da água da chuva, restritores de vazão nas águas das torneiras e conscientização de colaboradores para a economia de água. 

A seguir, apresentamos uma lista com iniciativas bem-sucedidas de uso eficiente da água em sete segmentos industriais. Confira: 

1. Automobilístico

Entre 2008 e 2013, a indústria brasileira automobilística reduziu em 50% o desperdício de água na fabricação de veículos. Para isso, implantou sistema de reúso de água, sistemas alternativos de captação, especialmente da chuva e de poços, sistemas de reciclagem de água no processo produtivo e restritores de vazão de água das torneiras. Entre as experiências de destaque estão as da FIAT, que reaproveita 99% da água no processo produtivo, e da Volkswagen do Brasil, que reduziu em 6,6% o consumo de água. 

2. Florestas plantadas

A indústria de base florestal – celulose, papel, pisos, painéis e carvão vegetal – vem contribuindo efetivamente com o uso racional da água, tanto na base florestal quanto no processo industrial. As modernas práticas de manejo florestal, os mosaicos de florestas plantadas e nativas, a participação ativa em fóruns e comitês de bacias hidrográficas em diferentes regiões do país são algumas das ações permanentes de empresas para otimizar o uso da água. 

3. Mineração

Por causa do nível de dependência da água do setor de mineração, há uma produção de estudos para a promoção do conhecimento em relação ao uso dos recursos hídricos em área de influência das operações. O segmento participa ainda de fóruns do sistema hidrológico, como os comitês de bacia, e, desde 2000, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) conta com o Programa Especial de Recursos Hídricos, que fortalece a participação do setor no processo de formulação de políticas públicas de recursos hídricos. 

4. Químico

A indústria química reduziu em 25% a captação de água entre 2006 e 2016. Além disso, o potencial poluidor dos efluentes gerados pelo setor tem sido reduzido ao longo dos anos, resultado da otimização dos processos, redução de vazamentos, melhorias nos ciclos de lavagem dos equipamentos e segregação de descartes. 

Além disso, 7% de todo efluente gerado foi recuperado para uso industrial em 2015. Para ajudar as empresas do segmento a melhorar a eficiência de uso da água, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) lançou, em 2016, o Manual de Gestão Eficiente de Recursos Hídricos. 

5. Alumínio

Empresas do setor de alumínio investem cada vez mais em sistemas de gerenciamento do consumo de água. A Metalúrgica Albras, por exemplo, lançou em 2009 o projeto Gota Zero, para monitoramento do desperdício de água. A partir da iniciativa, a indústria adotou medidas de reúso, recirculação e redução do consumo. 

Já a Alcoa desenvolveu um projeto, em parceria com a Ambev, para reaproveitar nas operações de refinaria da Alumar (MA), parte dos mais de 3 mil m³ de água que a cervejaria trata em sua Estação de Tratamento de Efluentes Industriais e descartava, diariamente, no rio Pedrinhas.  

6. Cimento

Atualmente 99% do parque industrial de produção de cimento emprega o processo via seca e a água é utilizada nas torres de arrefecimento e injeção nos moinhos, para o resfriamento do material, representando um consumo de 100 litros por tonelada de clínquer. A água empregada para resfriamento dos gases é absorvida no processo e liberada na forma de vapor, sem nenhum contaminante, enquanto a utilizada para resfriar os equipamentos passa por separadores de óleo e é reaproveitada. 

7. Construção

Cada vez mais a eficiência hídrica é aspecto central em projetos de engenharia e arquitetura, que levam em conta os sistemas hidráulicos de alimentação, reserva e distribuição e consideram a medição individualizada, zonas de pressão, entre outros. Em sistemas de suprimento de água são consideradas a prevenção de perdas e as soluções para impedir o uso excessivo do recurso. 

Conclusão 

Iniciativas semelhantes podem ser adotadas por outras indústrias, inclusive de menor porte, para promover um uso eficiente da água que, apesar de abundante em nosso país, é um recurso finito, que precisa ser preservado.

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