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Exportar para os Estados Unidos pode representar uma grande oportunidade de crescimento para o empreendedor brasileiro. Porém, fazer negócios com compradores americanos, pode ser um desafio.   

A cultura é algo que impacta no comportamento de compra de uma determinada região. Por isso, estudar padrões de comportamento conforme a nacionalidade é tarefa básica e, no mínimo, obrigatória para qualquer pessoa que pretende empreender em outro país. Nos Estados Unidos não é diferente. O país tem um mercado gigante, forte consumidor, com uma rede complexa de tarifas, impostos e requisitos específicos para diferentes estados. A maneira norte-americana de se comunicar e fazer negócios também é bem distinta das características culturais do Brasil, por exemplo.   

Nesse contexto, é importante entender o papel de cada agente envolvido: comprador, representante, distribuidor. Além disso, deve-se entender quais documentos são necessários no processo, como funciona a logística interna, o pagamento de impostos de importação em cada parte do país, bem como certificar-se de que todas as etapas do processo foram cumpridas.  

Vendas on-line 

Uma excelente opção para a internacionalização de produtos são as vendas on-line. Segundo dados do relatório divulgado pela divisão de comércio eletrônico da Adobe, em março de 2021 as compras on-line nos EUA foram impulsionadas em US$183 bilhões devido à pandemia de covid-19. Veja, a seguir, cinco dicas para iniciar a venda on-line nos EUA.  

1- Abra uma empresa nos EUA 

Uma marca brasileira pode atuar nos Estados Unidos tanto como pessoa jurídica brasileira, quanto como uma empresa aberta em solo americano. No entanto, a partir do momento em que o produto é internacionalizado, passivos que ocorrem nos EUA passam a impactar a matriz que fabrica os produtos no Brasil. Ou seja, receitas provenientes dos Estados Unidos podem ser taxadas globalmente - o que não é nada bom do ponto de vista tributário. Abrir uma subsidiária americana pode facilitar as coisas para a marca brasileira, pois assim a receita da empresa dentro dos EUA será totalmente americana. 

2- Faça uma procuração para quem vai trabalhar por você nos EUA 

Para não ter problemas com a lei, é necessário que o sócio, despachante aduaneiro ou prestador de serviço tenha uma procuração da empresa autorizando-o a trabalhar nos EUA em seu nome.  

3- Obtenha os documentos necessários para vender seus produtos 

A legislação americana é bem exigente e requer alguns documentos específicos. Veja:  

• Manifesto de entrada (CBP Form 7533); 
• Aplicação e autorização para entrada imediata (CBP Form 3461); 
• Simulação do direito de entrada nos EUA;
• Emissão de fatura comercial (documento que reproduz a operação de compra e venda entre o importador e o exportador); 
• Teste de embalagem (as embalagens têm que estar, obrigatoriamente, de acordo com os princípios de importação do outro país). 

Somente com estes documentos em mãos a empresa poderá exportar para a subsidiária nos EUA ou diretamente para quem irá revender os itens enviados. 

4 - Saiba enviar os produtos 

Conhecer a legislação sobre importação a fim de cumprir todas as obrigações fiscais é muito importante. É interessante contratar, em alguns casos, um despachante aduaneiro nos EUA. Ele irá se encarregar dos trâmites necessários junto à alfândega dos produtos despachados.  

5 - Fique de olho nas obrigações fiscais 

A empresa atuará em jurisdições distintas, ou seja, terá de prestar contas a receitas federais diferentes, por isso é necessário ter atenção e procurar conhecer todas as obrigações envolvidas nesse processo para manter o compliance fiscal nos dois países. 

Missão Summer Fancy Food Show 

Em 2022 o Sebrae SP, em parceria com outras entidades nacionais, promoveu uma Missão Empresarial para apoiar os pequenos negócios do segmento de alimentação. Empresários do segmento alimentício foram selecionados para participarem da Summer Fancy Food Show, a maior feira de alimentos e bebidas especiais da América do Norte, que acontece em Nova Iorque (EUA).  

A participação do Brasil, através desta missão, teve como objetivo identificar possibilidades para a internacionalização dos produtos brasileiros para o mercado americano, considerando os diferenciais dos nossos produtos como brasilidade, sustentabilidade e capacidade produtiva, por exemplo - sem deixar de se adaptar às necessidades e ao gosto do americano.    

Tendências 

É sempre importante ficar atento às tendências de mercado, principalmente quando se pensa em exportar produtos. Os americanos, bem como os chineses, estão sempre à frente dos demais mercados, ditando o que será consumido no futuro.  

Antes de embarcarem para a missão americana, os participantes foram apresentados às últimas tendências do mercado alimentício americano e mundial. Notou-se que a busca por um estilo de vida mais saudável, com alimentos considerados menos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente, feitos a partir de ingredientes saudáveis e nutritivos, é a inclinação mais fortemente percebida nos Estados Unidos. Lá, o mercado de alimentos e bebidas especiais cresceu 19,4% somente em 2020. 

Assista ao vídeo da missão empresarial do Sebrae-SP na Summer Fancy Food e veja os pontos importantes a se observar na busca pela internacionalização de produtos brasileiros para o mercado norte-americano.  

O Sebrae tem como objetivo orientar, adequar e preparar os pequenos negócios sobre como vender no mercado interno e externo. Procure o Sebrae e inicie uma carreira de sucesso em solo americano.  

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