Conheça a empresa que o bilionário deseja levar para a Amazônia para oferecer conexão rápida e abrir possibilidades para serviços de hotéis, agências e guias.

O bilionário sul-africano Elon Musk visitou o Brasil no início de maio e anunciou que pretende instalar as operações da Starlink no Amazonas, ainda este ano. O sistema usa satélites de baixa órbita para oferecer internet de banda larga de alta potência a regiões remotas, o que permitirá revolucionar os serviços de turismo na região.
Musk é dono do grupo SpaceX, empresa aeroespacial que engloba a Starlink, e tem sido apontado como provável comprador da rede social Twitter. O sistema de transmissão usa antenas portáteis e funciona hoje nos Estados Unidos e no Canadá, em determinadas áreas.
Por lá, a legislação obriga a instalação de antenas em locais físicos, o que tende a mudar. No Canadá, já se discute a possibilidade de colocação de antenas em caminhonetes, por exemplo, para levar a internet para locais sem conexão. Na região amazônica, é possível pensar em antenas em barcos de passeio para manter turistas conectados e oferecer serviços personalizados.
Aquele rastro de pequenos pontos de luz que tem sido visto em movimento pelos céus brasileiros são os satélites da Starlink. Normalmente, esse tipo de equipamento fica a uma distância de 36 mil quilômetros (km) de distância da Terra e, se fosse usado para a transmissão de internet, geraria um atraso na transmissão de informações capaz de irritar o usuário.
As empresas de Musk têm hoje acordo com a agência reguladora norte-americana para instalar satélites de baixa órbita, em alturas de 350, 550 e 1.150 km da superfície terrestre, que também se comunicam entre si e dão velocidade à transmissão de informação. São mil equipamentos do tipo no ar atualmente, e a expectativa é passar de dez mil até o fim do ano.
TURISMO
Ter internet de banda larga possibilita conectividade a um turista que já não consegue ficar desconectado do mundo virtual e agrega valor a destinos exóticos, conforme informações do próprio governo federal, que disponibilizou o sistema por satélite na ilha de Fernando de Noronha (PE) em dezembro passado (https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2020/02/10/cdr-discute-programas-para-a-expansao-da-internet-no-interior-do-brasil). É possível para o usuário, por exemplo, fazer transmissões de fotos e vídeos em tempo real durante viagens, mas essa não é a única vantagem.
Durante a pandemia de covid-19, o turismo foi o setor que mais se digitalizou, com 85% das empresas aderindo ao modelo online, segundo a 11ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nas Micro e Pequenas Empresas, feita em parceria do Sebrae com a Fundação Getulio Vargas. Com a banda larga, porém, é possível desenvolver vários empreendimentos diferentes.
INTERNET DAS COISAS
A Internet das Coisas, ou IoT na sigla em inglês, é o nome dado à tecnologia que permite que dispositivos, equipamentos ou mesmo eletrodomésticos possam receber e enviar dados online. A primeira possibilidade é agilizar as tarefas do dia a dia, como a administração de dados e check-in em hotéis, agências de viagens e passeios. Pode-se também coletar dados e enviar informações sobre atrações locais e horários, de acordo com a localização do turista.
REALIDADE AUMENTADA
O acesso à internet com velocidade permite a criação de inúmeros empreendimentos, por exemplo, com uso de realidade aumentada. A tecnologia possibilita que o usuário visualize um ambiente físico por meio de dispositivos, como câmeras de celulares e tablets, e receba instantaneamente informações sobre um local. Dados como data de construção e estilo arquitetônico de um prédio histórico, por exemplo, podem ser acessados por viajantes e facilitar o trabalho dos guias.
Outro uso é o envio de notificações push para os turistas, com promoções e vouchers. Ou, por meio de óculos de realidade virtual, dar um gostinho dos passeios para atiçar a curiosidade dos visitantes.
GAMIFICAÇÃO
Já há uma startup em Santa Catarina que desenvolve roteiros que usam jogos para dar mais informações a turistas em meio a passeios. Com a gamificação, os usuários podem responder perguntas e decifrar enigmas pelo caminho, em troca de prêmios ou simplesmente como diversão. Pode-se ainda conversar com personagens animados, um atrativo e tanto para o público infantil.
SEGURANÇA
Por meio da internet via satélite, é possível oferecer mais segurança aos turistas. Além de permitir a localização de pessoas, o reconhecimento facial pode ser usado para habilitar pagamentos ou a entrada de viajantes em grupos distintos, que partirão para destinos diversos. Aplicativos rastreadores e mapas interativos também são formas de deixar o turista mais seguro.
Com base nessas informações, os empreendedores da região amazônica e de outros estados podem se inspirar para criar passeios e processos online. A tecnologia é uma parceira para os seus negócios!
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