Programa Pé pra Fora, do Sebrae, apresenta cases de empreendedores que estão apostando no mercado externo.

O Canal Empreender, do Sebrae, apresenta o programa Pé Prá Fora, que destaca cases de micros e pequenas empresas brasileiras que buscam exportar seus produtos ou serviços.
Numa das edições, o programa entrevistou o consultor de internacionalização e comércio exterior, Marcio de Carvalho, e apresentou a empresa MVP Exchange (Most Valuable Player Exchange), dos empreendedores Bruno Paulo e Igor Lima.
A MVP Exchange é uma empresa de intercâmbio esportivo e acadêmico, que prepara, orienta e assessora jovens para estudar e jogar fora do Brasil.
A empresa faz a ponte entre as instituições de ensino estrangeiras para obter bolsas de estudos para os alunos esportistas. O objetivo é ajudar estudantes e atletas a realizar o sonho de praticar esportes fora do Brasil.
Depois das dificuldades decorrentes da pandemia de Covid-19 – com mercados, voos e consulados fechados –, a MVP aposta na retomada do intercâmbio esportivo.
O mercado da empresa é dividido em pré (quando tem início a preparação) e o pós (quando o atleta atinge o objetivo e a operação é fechada).
Toda a operação da MVP é terceirizada, sendo feitas também parcerias com plataformas de língua estrangeira e com empresas de roupas. Os clientes da empresa são estudantes e atletas de 14 a 24 anos.
Eles chegam até o MVP por meio do “marketing boca a boca”, do pessoal que já conhece o trabalho da empresa e por meio das redes sociais. O candidato pode ser admitido por meio de prova seletiva ou por indicação de um atleta que já esteja na empresa.
O mercado de intercâmbio no Brasil é lucrativo. No ano de 2019, o setor movimentou US$ 1,3 bilhão e cresceu 5,86%, de acordo com dados da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio).
As propostas de intercâmbio são feitas por universidades estrangeiras, a maioria americanas, as quais apresentam seus projetos de bolsas e o atleta pode aceitá-la ou não. Em média, os atletas ficam em torno de 6 a 8 meses com a MVP. Além do esporte, a empresa trabalha também a educação.
Internacionalização
O processo de exportação de produtos e serviços brasileiros não é recente, mas ainda é pouco explorado. Marcio Carvalho, consultor de internacionalização e comércio exterior, explica que são quatro as formas de internacionalização de serviços:
- Comércio transfronteiriço – serviços prestados por uma empresa em um país a um consumidor em outro país. (exemplos: internet, call center).
- Consumo no exterior – abertura de unidade comercial em outro país.
- Consumo estrangeiro – turistas de outros países consumindo produtos nacionais em moeda estrangeira.
- Movimento temporário de pessoas físicas – profissionais brasileiros indo temporariamente ao exterior cedendo os seus serviços (exemplos: consultorias, treinamentos). Aqui se enquadra a MVP Exchange.
O consultor alerta que um bom planejamento é essencial para a exportação de serviços, sobretudo para as micros e pequenas empresas, que têm uma disponibilidade menor de seus ativos. Elas devem detalhar cuidadosamente suas possibilidades de exportação de produtos e serviços.
Márcio afirma que as empresas brasileiras que internacionalizam seus produtos e serviços aumentam a competitividade e passam a ser comparadas com empresas internacionais. Além disso, os recursos que entram nessas empresas são maiores e em moeda forte estrangeira.
Para o consultor, na exportação de serviços brasileiros têm se destacado, nos últimos dez anos, os serviços de consultoria – de negócios, aplicativos, tecnologia da informação, engenharia. Já na área de produtos, há muita procura por alimentos, como açaí, castanha do Brasil etc.
Ele diz que para o pequeno empreendedor – aquele que tem um bazar, uma papelaria – vale a pena pensar na exportação de serviços. Com um planejamento cadenciado, a microempresa poderá obter crédito, um programa de financiamento para a exportação e, quando obtiver o retorno, em moeda estrangeira, ela poderá fazer a quitação desses débitos.
O consultor afirma que o e-commerce e o marketplace tornaram mais fácil a exportação de produtos. Ele lembra que o próprio Sebrae tem parcerias com a Amazon, entre outros, possibilitando que micro e pequenas empresas coloquem seus produtos nesses marketplaces.
Para assistir a íntegra da entrevista, acesse aqui.
Qualquer empreendedor, por menor que seja, pode pôr o pé pra fora contando com a ajuda do Sebrae.
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