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As fronteiras nacionais nunca foram uma barreira para o comércio entre as nações, principalmente nesta fase de globalização econômica que estamos vivenciando há algumas décadas. E as empresas brasileiras estão expandindo o seu mercado de atuação, pensando cada vez mais em termos de exportação e de importação.  

Antes de mais nada, é preciso saber que comércio exterior e comércio internacional são conceitos diferentes, embora pareçam a mesma coisa. 

O comércio internacional diz respeito às normas que regulamentam as operações entre os países de maneira uniforme. O intercâmbio econômico-financeiro pode ocorrer entre dois países (bilateral) ou vários (multilateral). 

Já o comércio exterior abrange as regras internas do país, como leis e o ordenamento jurídico, assim como as questões logísticas, financeiras, tributárias, de fiscalização, vigilância e qualidade. 

Quem atua no comércio exterior sabe que as operações começam muito antes e terminam muito depois do embarque da mercadoria. E isso tem um custo razoável ao empreendedor. Por isso, existem diversos tipos de financiamento para exportação, seja por instituições públicas ou privadas. 

As empresas que buscam captar recursos para exportação precisam ficar atentas às oportunidades oferecidas. Para tanto, é importante que a gestão e as finanças do negócio estejam organizadas antes de buscar o financiamento, seja para qual objetivo for. 

Conheça algumas vantagens do financiamento de exportação/importação: 

• Maior prazo para pagamento; 
• Antecipação de dinheiro, o que pode solucionar, por exemplo, problemas com fluxo de caixa; 
• A responsabilidade pela cobrança ao importador é da entidade financeira; 
• O produtor fica exposto a taxas de juros internacionais, não nacionais, que geralmente são menores; 
• Isenção do IOF; 
• 100% do recebimento no ato da venda. 

Vamos conhecer agora algumas das opções de financiamento:  

• BNDES Exim Pré-Embarque – Nesta opção, o exportador solicita financiamento a um agente financeiro credenciado no BNDES. Depois da aprovação, o financiamento deve ser homologado pelo BNDES. Na sequência, o exportador produz os bens e os exporta, e paga as parcelas ao BNDES, via agente financeiro. 
• ACC e ACE – O ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) é uma antecipação de recursos ao exportador em moeda nacional tendo em vista uma exportação a ser realizada no futuro. Já o ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues) é uma antecipação de recursos em moeda nacional ao exportador, após o embarque da mercadoria para o exterior, mediante a transferência ao Banco do Brasil dos direitos sobre a venda a prazo. 
• Programa de Financiamento às Exportações (Proex) – Criado para ajudar com financiamentos as empresas que não têm recursos para a exportação. Gerido pelo Banco do Brasil (BB) e com custos compatíveis com os praticados no mercado internacional, o Proex tem duas modalidades de crédito: financiamento e equalização. Podem solicitar o Proex Financiamento os exportadores cuja receita operacional bruta anual não ultrapasse R$ 600 milhões (micro, pequenos e médios exportadores) e o Proex Equalização, empresas brasileiras de qualquer porte. 

• Proger Exportação – Linha específica para pequenas empresas, com faturamento bruto anual de até R$ 5 milhões. Ajuda no financiamento de bens e atividades que promovem a exportação, incluindo viagens para participação em eventos comerciais, aquisição de passagens, locação de espaço físico, produção de material promocional etc.  

As taxas de juros desses tipos de financiamento para exportação conseguem superar facilmente qualquer opção de empréstimo no Brasil. Isso, em suma, porque financiamento e empréstimo não são a mesma coisa. Um dos motivos das taxas de juros serem tão reduzidas nesse tipo de financiamento, ocorre em razão do valor ser captado em instituições financeiras no exterior. O outro fator, talvez o principal, é a burocracia. 

Conclusão 

Como afirmou o filósofo e economista britânico John Stuart Mill, “o comércio exterior torna as pessoas familiarizadas com novos objetos, pois podem adquirir facilmente coisas que antes elas não tinham. Isso funciona como uma espécie de revolução industrial em um país cujos recursos eram anteriormente pouco desenvolvidos por falta de energia e ambição”. 

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