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Ter uma proposta de governança é a única maneira de ser aceito por financiadores e pelo mercado. Ninguém vai investir em uma empresa que não tenha um mínimo de práticas e padrões de governança. Por isso, é importante que a microempresa construa um processo de governança mínimo, visando a atender as expectativas de todas as partes interessadas do negócio. Algumas diretrizes devem ser levadas em consideração:

• Preparar e publicar um documento com a missão da empresa, expondo a visão de médio e longo prazo; 
• Elaborar um código de conduta para gerenciar as atitudes e práticas internas da empresa;
• Construir um plano de sucessão empresarial, principalmente as empresas familiares;
• Definir o processo de remuneração dos sócios e a forma de tomar decisões na empresa;
• Elaboração anual de relatório de gestão e desempenho;
• Realização e transparência das demonstrações contábeis; 
• Estar em conformidade legal com normas e leis.

A governança é fator relevante para qualquer organização, de pequeno ou grande porte, financeira ou do terceiro setor. Ela é uma ferramenta capaz de planejar estrategicamente as ações e processos do negócio, valorizando a gestão e os resultados da empresa como um todo. 

A governança torna os processos administrativos mais transparentes, gerando maior confiança e alinhamento entre todas as partes da empresa. Nesse sentido, ao aderir às práticas de governança, as empresas conseguem evitar riscos de fraudes, corrupção e má administração.

Dessa maneira, implementar práticas de governança traz as seguintes vantagens para os negócios:

Melhor relacionamento entre stakeholders

Práticas de governança fortalecem o relacionamento com os chamados stakeholders, que são os clientes, comunidades e fornecedores. Assim, a empresa passa a ter mais acesso e facilidade a financiamentos, já que seus processos de gestão são indicadores de eficiência e responsabilidade.

Profissionalização

A governança profissionaliza o ambiente com foco na transparência e na responsabilidade da gestão. São fatores que refletem nos colaboradores e em toda a estrutura da empresa.

Redução de custos

A organização passa a tomar decisões estratégicas de forma coerente, e o desperdício de recursos tende a diminuir. 

Transparência

Transparência na gestão gera em toda a equipe de colaboradores e nas partes interessadas do negócio um sentido de confiabilidade. 

Maior valorização no mercado

Empresas que realizam práticas de governança são mais valorizadas no mercado, tendo maior capacidade para receber apoios financeiros e parceiros comerciais. A governança contribui para que as empresas tenham uma forma de gerir organizada e transparente, mostrando responsabilidade, transparência e confiabilidade.

Diferenciação no mercado

A governança é a base do ESG e, segundo especialistas, não há “E” (Environment) ou “S” (Social) se não houver o G (Governance). Uma pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias do Rio de Janeiro mostrou que o maior empecilho para a formalização de parcerias com fornecedores é a ausência de práticas de governança.

Também é importante entender a diferença entre governança e a gestão de uma empresa. Resumidamente, a gestão é a forma de pôr em prática a governança. Assim, a governança cria as orientações e regras de funcionamento, e a gestão tem a função de tirá-las do papel e transformá-las em realidade.  

A principal estrutura de governança das empresas é a constituição de um conselho de administração. No caso das micro e pequenas empresas, pode-se pensar em um conselho consultivo, visto a impossibilidade de remunerar o conselho de administração. Assim, organizar os processos como retirada de lucros e remuneração dos sócios, contabilidade, prestação de contas e responsabilidade tributária são fundamentos importantes da governança nas empresas.

A governança parte dos princípios da empresa. Antes de qualquer ação, deve-se estabelecer seus princípios e, a partir disso, construir estruturas e processos de governança.

Para saber mais, leia os textos a seguir:

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