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A internet das coisas, também conhecida por IoT (do inglês internet of things), é uma tecnologia que permite a conexão de objetos e sistemas diversos por meio de redes sem fio. É a IoT que permite, por exemplo, a comunicação de um carro com a concessionária, a ativação de um serviço de emergência médica pelo relógio e até mesmo a gestão energética de sua residência ou empresa por meio de aparelhos inteligentes. É uma tecnologia especialmente útil para o setor de energias renováveis, na medida em permite um maior controle da produção e consumo, por exemplo, da energia solar. 

No contexto urbano, a internet das coisas é uma das principais tendências no desenvolvimento de cidades inteligentes. Por meio desta ferramenta, as prefeituras conseguem usar tecnologias sem fio para celulares e redes com ampla área de baixa potência para conectar e melhorar a infraestrutura, a eficiência, a conveniência e a qualidade de vida dos seus cidadãos e visitantes. 

Um setor de cidade inteligente que alcança um crescimento expressivo é o de energia. Isso porque a infraestrutura desse segmento é complexa e exige cada vez mais tecnologias para aumentar a eficiência e atender preocupações com o meio ambiente.

A crescente demanda por energia - causada pelo aumento da população e também pelo maior número de dispositivos em uso por causa da conectividade - significa que é essencial melhorar a forma como administramos todos os pontos de acesso desse setor. 

Medidores inteligentes, por exemplo, permitem a comunicação direta entre o medidor de eletricidade ou gás de sua casa e seu fornecedor de energia. Essa conexão em tempo real significa que os consumidores podem ver exatamente quanto de energia estão consumindo e seu custo resultante.  

Ao mesmo tempo, as empresas de serviços públicos podem oferecer faturamento preciso, de acordo com a análise do consumo de energia em tempo real, assim como controlar e equilibrar a demanda e o fornecimento com mais eficiência.

IBM aplica IoT em painel solar da WEG

O segmento de energias renováveis, como, por exemplo, energia solar, também tem aplicado com cada vez mais sucesso o conceito de IoT. Um painel solar da WEG, uma das maiores multinacionais brasileiras do setor industrial, surpreendeu o mercado com a aplicação da internet das coisas da IBM em produtos para uso residencial e para pequenas e médias empresas. 

Um diferencial importante é que o aplicativo móvel, desenvolvido na plataforma Cloud da IBM, pode ser acessado via computador ou dispositivo móvel, permitindo o monitoramento do sistema de forma rápida e de qualquer lugar. O aplicativo coleta informações como consumo, temperatura e produção de energia, auxiliando o cliente na melhor utilização do produto.

A tecnologia de IoT da IBM provê todo o suporte para o funcionamento do app, que também está alocado na nuvem da IBM, trazendo escalabilidade e segurança para os dados, que são captados e depois analisados.

IoT aplicada em sistemas fotovoltaicos

Em projetos de geração centralizada por meio de sistemas fotovoltaicos, o uso da internet das coisas agrega ganhos enormes. Com a tecnologia, é possível identificar problemas à distância e fazer o acionamento automático de equipes para a resolução deles. Isso ocasiona economia de pessoal de gestão e operação.

Na escala da micro e minigeração, que estão presentes no dia a dia, uma vantagem é o controle individual dos painéis, permitindo receber na palma da mão todos os avisos sobre problemas na geração de energia. 

Outra possibilidade é conectar o inversor ao sistema de automação da residência, o que garante o controle da geração de energia antes do consumo. Com isso, é possível prever quando a geração não será suficiente, indicando ao usuário medidas como alteração do consumo de equipamentos elétricos. 

É possível também acompanhar o consumo em múltiplas unidades consumidoras, saber quando o carro elétrico carregou totalmente, ou mesmo, para poupar créditos, garantir que o veículo receba a quantidade de energia de acordo com o seu padrão de uso.

Ao conectar cada medidor inteligente, cada painel solar, cada veículo elétrico e todos os outros ativos relacionados à energia, uma rede inteligente pode analisar inúmeros pontos de contatos e seus dados gerados para ajudar a gerenciar o fluxo de energia disponível e necessário no momento certo e nos lugares certos para, finalmente, executar redes inteligentes sustentáveis e eficientes.

E como tecnologias em nuvem exigem cuidados extras em relação a ataques cibernéticos, tenha em mente a necessidade de proteger a infraestrutura de medição avançada. Os medidores inteligentes desprotegidos, implementados por períodos superiores a dez anos, podem ser facilmente hackeados para alterar dados de consumo, acessar dados sensíveis ou até mesmo causar danos físicos à rede global.

O mercado de energia está em constante evolução, e o conhecimento sobre as novas tendências - como o uso da internet das coisas - abre oportunidades para novos negócios que focam no incentivo do uso de energias renováveis de forma consciente.

Saiba mais:

Se você se interessou sobre o uso da internet das coisas, aprenda com o Sebrae sobre a aplicação do conceito de Indústria 4.0 para pequenas empresas.