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Wed May 17 22:02:36 BRT 2023
Inovação | CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Metamorfose – A força vital do resíduo

O século XX foi o século das grandes transformações e descobertas científicas.

· 18/04/2023 · Atualizado em 17/05/2023
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O desenvolvimento da ciência alcançou feitos fabulosos no século XX. E isso refletiu substancialmente no que costumamos chamar de “qualidade de vida”. Das vacinas, responsáveis por salvar milhões de pessoas, aos combustíveis, que impulsionam motores de carros, ônibus e aviões e ajudam a encurtar distâncias. Do plástico, que – entre tantas outras propriedades – protege e amplia a validade dos alimentos, à arquitetura que molda o perfil das cidades e racionaliza o conceito de densidade demográfica.  

Tudo isso permeado pelo que se convencionou chamar de “Era da informação”, cuja essência está diretamente ligada à forma de enviar e receber dados, que é a base da rede mundial de computadores, a internet. O mundo, que foi analógico por milhares de anos, virtualizou-se de uma hora pra outra. O que significa dizer que o conhecimento e o controle da informação adquiriram valor inestimável.

Mas, se é verdade que os ganhos foram muitos no século XX, também não há como negar que essa evolução impôs à humanidade desafios gigantescos, no século XXI. Compreender os problemas decorrentes deste salto evolucionista e encontrar soluções que tornem mais equilibrada a relação entre o ser humano e o planeta Terra tornou-se fator determinante para o futuro que estamos construindo agora.

Usar a água na medida racional, reduzir os níveis de poluição, reciclar tudo o que a sociedade produz de resíduos, encontrar formas de utilizar fontes de energia limpa, são conceitos prioritários para a preservação do meio ambiente.

Faz pelo menos vinte anos que o Sebrae está atento a essa questão, e promove iniciativas que decifram, assimilam e ampliam o conceito de sustentabilidade. Além disso, orienta os pequenos empreendedores para o desenvolvimento de atividades que geram renda, mas que também respeitam as características dos territórios, das pessoas e dos negócios.

A base da produção de conhecimentos que alimentam essa ideia está no Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), cuja sede fica em Cuiabá, no Mato Grosso. A começar pela construção do prédio em que o centro funciona, tudo ali leva muito a sério o conceito de sustentabilidade. Tanto é que o projeto, nascido a partir do traço do arquiteto cuiabano, José Afonso Botura Portocarrero, conquistou reconhecimento internacional e é hoje considerado o prédio em uso mais sustentável da América Latina.

Não por coincidência o Sebrae apoiou e trouxe para Cuiabá a cerimônia de entrega do prêmio Lixo Zero 2022, que destaca, reconhece e premia as iniciativas mais relevantes do ano em todo o país, na questão das boas práticas no trato e reaproveitamento dos resíduos sólidos. A premiação, em si, já é uma bela iniciativa por reconhecer a atitude de pessoas que fazem a diferença na busca por soluções que ajudem a tornar o mundo melhor.

Mas, há um detalhe de enorme relevância nessa história: a escolha e produção do prêmio destinado a cada iniciativa. Um prato decorativo de cerâmica que traduz, a um só tempo, os conceitos de equilíbrio, reciclagem e sustentabilidade. O desafio de produzir esse troféu foi dado a um coletivo de ceramistas, o Barro e Fogo. E aí vem o detalhe que importa. Ao escolhê-los, sem se dar conta, o Sebrae estava também impulsionando o nascimento de uma nova empresa.

A iniciativa empreendedora surge como consequência da pandemia de covid-19. Três profissionais de diferentes áreas, decididos a refletir sobre as condições de vida naquele momento, se conheceram  num curso de produção de cerâmica. O convívio nas aulas despertou a identidade  do grupo. A amizade torna-os inseparáveis. Lígia Maciel, Iuri Pompeo e Aline Kelly decidiram ouvir os seus corações a partir de uma demanda do Sebrae. O contato foi feito com o Iuri e ele compartilhou a encomenda com Lígia e Aline. Ali, naquele momento, o Coletivo Barro e Fogo começava a se transformar em uma empresa.

O troféu tem a forma de um prato decorativo. Mas, é muito mais. Reúne os quatro elementos essenciais da vida. A terra, a água, o ar e o fogo. O pó da terra, quando reunido à água, se transforma em argila. O ar é responsável pela redução dessa química. E o fogo transforma o barro em cerâmica. Além disso, a criatividade do coletivo usou o vidro reciclado para compor um resumo da biosfera Pantanal. Aves, rios, matas e cores. Tudo ali representado é nascido do reaproveitamento, do reuso e da reciclagem. Tudo é sustentável. Prova maior de que valor do artesanato e consciência ambiental são capazes de deixar o mundo muito melhor.

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