Grandes empresas já estão investindo nos novos mundos virtuais, com o metaverso e a realidade aumentada, que alargam fronteiras em todos os segmentos
O metaverso, um “segundo mundo” virtual, e a realidade aumentada, tecnologia que permite combinar imagens reais com elementos digitais, estão mudando a forma de atuar de muitas empresas, que apostam nas novas possibilidades de interação e fantasia e aprofundamento de experiências.
Tudo isso em tempo real, em 3D e 24 horas ao dia de forma on-line.
Mark Zukerberg, o chefão do Facebook, está fazendo uma grande aposta no metaverso como um “espaço virtual compartilhado coletivo”, que combina realidade virtual, internet e realidade aumentada.
Em outras palavras, nada menos do que criar um mundo novo, no qual seu avatar – o personagem virtual que você molda como quiser – tem possibilidades quase inimagináveis.
Já a realidade aumentada, ou RA, combina elementos virtuais às imagens reais, permitindo desenvolver projetos, protótipos e simular a compra de produtos. O que economiza tempo, reduz a margem de erro e aprofunda a interação com o cliente, que conquista experiências inesquecíveis.
As possibilidades
A partir da habilitação de seu avatar, ele pode se tornar universal, utilizável em qualquer espaço no Mundo virtual, graças a tecnologias como blockchain e Web3. Num primeiro momento, o Metaverso começou a ser utilizado principalmente para jogos on-line e para a exposição de marcas. Mas os horizontes estão se ampliando.
Grandes investidores
Pesos pesados da economia já circulam com naturalidade no metaverso. A Nike, gigante da área de produtos esportivos, por exemplo, criou seu próprio ambiente no mundo virtual.
Lá, os avatares podem utilizar os produtos Nike e participar de games e competições virtuais. Sua concorrente, a Adidas, está trilhando o mesmo caminho.
Já a Budweiser, criou o Budverso, no qual disponibiliza uma coleção de NFTs com imagens clássicas de produtos e propagandas da marca. NFT, aliás, é a sigla, em inglês de “token não fungível”, uma espécie de mini-criptomoeda que confere autenticidade a produtos, é negociável e colecionável.
Relacionamento entre avatares
No Brasil, várias empresas como a Companhia de Estágios e o Instituto Ayrton Senna já utilizam o Metaverso para selecionar colaboradores. A ideia é que, com o avatar do candidato conversando com o avatar do recrutador, haja maior integração e quebra das barreiras da timidez.
E a Microsoft anunciou a criação de um recurso que permite a substituição de pessoas por avatares nas reuniões a distância pela plataforma Teams.
Até o conhecido aplicativo de relacionamentos Tinder está firme no mundo virtual, permitindo que avatares se encontrem. Se esses encontros vão transbordar para o mundo real, já é outro problema.
Espaço para os micro e pequenos
Se você acha que o metaverso e a realidade aumentada são recursos restritos às grandes empresas, é melhor mudar de opinião. Primeiro, porque a popularização desses recursos está reduzindo os preços de equipamentos, como óculos especiais. Sem esquecer que já há no mercado diversos aplicativos gratuitos de realidade aumentada.
Mas o que aproxima esses recursos dos pequenos negócios são as possibilidades que se abrem. Assim, o avatar de uma cliente pode entrar em uma loja de sapatos no mundo virtual e experimentar inúmeros modelos, economizando tempo e custos para os dois lados.
Aliás, até os óculos especiais para visualização de realidade aumentada já podem ser experimentados por meio do metaverso.
É possível ainda simular a manutenção de equipamentos a distância, utilizando realidade aumentada no metaverso, o que pode economizar fortunas em viagens e estadias. Ou ainda, simular a realização de um evento, antecipando eventuais problemas.
Pequenos empreendedores já estão atuando na compra e venda de NFTs de grandes marcas. No ano passado, o craque Neymar desembolsou R$ 6,6 milhões para comprar duas NFTs colecionáveis da marca Bored Ape Yatch Club (BAYC), com imagens de macacos usando roupas e acessórios.
Demanda por novos profissionais
Esse novo mundo que se abre gera também inúmeras oportunidades para novos profissionais como cientistas e estrategistas do mundo virtual, desenvolvedores de ecossistemas virtuais, storytellers e gerentes de segurança do metaverso, além de construtores de novos mundos.
Gostou das possibilidades? Então é a sua vez de estudar as melhores perspectivas de utilizar a realidade aumentada e o mundo virtual para potencializar seu negócio. Ou, claro, de gerar novos negócios no novo mundo.
Saiba mais no Sebrae:
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