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O mundo da moda vem passando por grandes transformações, muitas delas sob a influência de uma tendência que impacta os negócios no mundo todo: a sustentabilidade. Nesse sentido, as marcas estão se reinventando, principalmente pelas exigências de um consumidor mais consciente e preocupado em causar menos impacto ao meio ambiente. Foi para atender essa demanda que nos últimos anos surgiram os chamados modelos de negócios circulares. A previsão é que esses negócios consigam abranger 23% do mercado de moda global até 2030, aproveitando uma oportunidade de US$ 700 bilhões.

Para que você possa entender melhor algumas das mudanças que vêm ocorrendo, o Sebrae traz para você a série de artigos intitulada Novos modelos de negócio, apresentando três exemplos que tomam como base o conceito de sustentabilidade: biblioteca de roupas, produção on demand e upcycling. Neste, você vai conhecer um pouco sobre o upcycling.

O termo upcycling, no inglês, significa reutilização. A ideia é dar um novo uso a materiais que seriam jogados no lixo, o que permite ampliar a vida útil desses produtos. Imagine o impacto positivo que isso pode proporcionar no segmento da moda, considerado um dos que mais causa danos ao meio ambiente, pelo excesso de produção e pelo descarte. 

Dessa forma, o upcycling, ao reutilizar estoques e criar novos produtos a partir de algo que já existe, elimina a necessidade de compra de matérias-primas, pois a confecção é feita com estoques parados ou com a utilização de peças antigas. É possível, por exemplo, garimpar itens vintage e transformá-los em looks exclusivos ou aproveitar tecidos utilizados na criação de coleções antigas para elaborar novos produtos.

Marcas famosas e mesmo pequenos negócios já estão investindo no upcycling. É o caso da Comas, que produz peças a partir de estoques parados e resíduos industriais do setor. Ela também promove cursos e realiza mentorias para disseminar o valor e a importância do upcycling na moda sustentável. Outra empresa que aderiu à iniciativa é a Insecta Shoes, que produz sapatos veganos, reutilizando roupas de brechó. Além disso, transforma garrafas PET em tecido e confecciona o solado dos produtos com borracha reciclada. Já o Ateliê Bangalô, uma marca de moda artesanal, utiliza refugos da indústria e garimpos duráveis em seus produtos, além de trabalhar com confecção sob demanda. Em sistema de assinatura, a BumpBox promove a reutilização de roupas para mulheres grávidas

Como se vê, o conceito permite que se utilizem diversas metodologias, mas a principal delas é o aproveitamento de tecidos: transformar, por exemplo, um vestido em uma blusa, saia; bermudas em saias ou bolsas, enfim, a criatividade é primordial para inovar e produzir peças diferenciadas, num modelo de negócio que não para de crescer. Dados indicam que o mercado global de peças usadas deve mais do que dobrar até 2025 e que 76% dos consumidores planejam gastar mais com roupas usadas nos próximos cinco anos.

Quer saber quais são os principais benefícios em adotar esse novo modelo de negócio? Então, confira no infográfico a seguir.

Aproveite também para pensar em novas estratégias para o seu negócio, realizando os cursos do Sebrae. Para isso, faça a sua inscrição nos links que disponibilizamos. Caso necessite de maiores informações, ligue para o 0800 570 0800.

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