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Você sabe o que é phygital? A palavra circula no mundo da publicidade e diz respeito  à junção de físico (physical) e digital. Trata-se de uma estratégia para agradar o consumidor que busca uma experiência bem mais especial e atrativa ao transitar em dois universos - o off-line e o on-line. Algumas pessoas podem confundir essa proposta com o já divulgado metaverso.

A diferença é que enquanto o metaverso sugere a formação de uma realidade paralela, até com venda de terreno virtual, o phydigital lida com experiências reais, ou seja, não se trata de um avatar, mas do próprio consumidor se perceber em ambientes conhecidos como um campo de futebol, uma loja, um teatro.

Este consumidor, já acostumado a comprar pela internet, se mostra disposto a aceitar mais interação para se relacionar com o produto. E quanto mais experiências imersivas viver, mais vínculos emocionais terá com a marca, e maior o seu interesse de compra. Esta característica exige maior personalização nos canais de vendas e nas redes sociais. 

Em busca de vendas, as empresas pensam em novas ações de marketing para seus clientes, antigos e potenciais, levando em conta as múltiplas plataformas disponíveis e o bom relacionamento com o consumidor.

A integração entre os meios offl-ine e on-line é cada vez mais relevante. Um exemplo que conhecemos bem são os investimentos em influenciadores, que devem ser entre cinco e dez bilhões de dólares globais em 2022, segundo um estudo da Business Insider Intelligence.

Assim, os influenciadores se tornaram parte indispensável do orçamento de publicidade das marcas, principalmente, na moda. Para aproveitar os mais diversos nichos, as marcas demandaram profissionais especializados em mapear, criar estratégias e analisar resultados das ações com influenciadores.

Mas não são somente os influenciadores  o foco para alcançar o melhor relacionamento com este novo consumidor.

Investimentos para a nova internet

Os últimos anos têm sido bastantes movimentados também para o metaverso. O metaverso, do qual ouviremos falar cada vez mais, é um mundo paralelo e totalmente digital, que tem sido alvo de altos investimentos por parte de grandes empresas como Microsoft e Meta (Facebook).

E não pense que são só as empresas de tecnologia que estão empenhadas, pois os investimentos feitos agora irão impactar várias áreas de atuação no futuro. Chegarão aos escritórios, às reuniões (hoje por videochamada), às salas de aula, ao entretenimento e às competições esportivas, em uma lista interminável de possibilidades. 

O entretenimento é um trunfo

Imagine assistir com seus amigos a final do Brasileirão no melhor lugar da arquibancada. A entrega do Oscar, a Copa do Mundo ou qualquer outro evento, como propõe o phygital? 

Mas como isso seria possível? O universo na nuvem, baseado em realidade aumentada, precisará de muitos recursos, anos e colaboração de corporações de diferentes setores.

Envolve desenvolver a economia por meio de bens e serviços que ainda não existem e, provavelmente, fazer nascer muitas novas empresas ao longo do caminho, pois não serão apenas uma ou duas empresas sozinhas capazes de desenvolver todo este ambiente.

A linha divisória entre a realidade física e a virtual já vem se dissipando e continuará assim  durante a próxima década.

O metaverso no marketing de influência

O metaverso e o phygital, cada um à sua maneira, proporcionarão uma experiência imersiva, capaz de envolver muitas pessoas ao mesmo tempo, criando desejo de consumo on-line e físico, vínculo emocional e mesmo sensações físicas.

A oportunidade de viver experiências será cada vez mais frequente e necessária para as marcas, como, por exemplo, provar uma roupa digitalmente ou assistir a um desfile de moda como se estivesse presente.

Estamos diante de uma nova economia, que incentiva experiências criativas, com possibilidades infinitas para gerar relacionamento e consumo.

Você poderá se teletransportar instantaneamente como um holograma para chegar ao escritório sem deslocamento ou visitar a casa de seus pais ou amigos para saber das novidades.

As pessoas terão avatares para interagir umas com as outras, terão também o seu espaço neste mundo e usarão acessórios especiais mais simples ou mais luxuosos.

Uma grande parte do mercado de trabalho será modificada, e haverá espaço para novas profissões, sejam técnicas ou de experiência do usuário. O Bank of America incluiu o metaverso na sua lista de 14 tecnologias que revolucionarão a nossa vida.

Possivelmente, já no final da década, passaremos mais tempo no metaverso do que na "vida real". Enquanto isso não acontece, prosseguem os investimentos no phygital e saberemos reconhecê-los. Como na velha canção, "tu vens, tu vens, eu já escuto os seus sinais".

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