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Thu May 18 22:00:27 BRT 2023
Inovação | STARTUP
Aprenda sobre inovação com a gestão de sucesso da Pixar

Steve Blank, criador da metodologia Customer Development, faz uma comparação entre o processo de trabalho na empresa de animação e em uma startup.

· 30/08/2016 · Atualizado em 18/05/2023
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Empreender é sinônimo de aprender sempre. E isso pode ser concretizado de muitas formas. Agora, convidamos você a aprender com uma empresa que faz sucesso no mundo por meio do olhar de um empreendedor que se tornou um educador.

Quer saber como?

Este conteúdo foi desenvolvido por Steve Blank, que está mudando a forma como as startups são construídas e como o empreendedorismo é ensinado.

Steve criou a metodologia Customer Development (Desenvolvimento de Cliente), que gerou o movimento Lean Startup. E agora, neste conteúdo feito em parceria com a Endeavor Brasil, ele nos fala como podemos aprender sobre empreendedorismo por meio da Pixar, uma empresa de animação que faz sucesso no mundo inteiro. Boa leitura!

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Empreendedorismo e a Pixar - qual a relação?

Em um workshop recente de inovação com uma empresa grande, mencionei que empreendedores e intraempreendedores operam muito como artistas - no primeiro dia, eles veem algo que ninguém mais vê. Um dos inovadores do grupo disse “parece que você está descrevendo exatamente o que Ed Catmull, o CEO da Pixar, escreveu no livro Creativity, Inc."

O quê?! Eu não me perdoei por não ter pensado na Pixar.

Tenho certeza de que Catmull não se lembra mas, quando a Pixar ainda era uma startup, o vice-presidente de Marketing e Vendas me levou lá para ajudar na estratégia de marketing deles. Eu devia ter percebido que podia aprender um monte sobre criatividade corporativa olhando para a Pixar.

Então, eu comprei o livro.

Sempre pensei que, quando usava a analogia de “empreendedores como artistas”, os “artistas” que eu estava descrevendo eram pintores, escritores, escultores e compositores. Refleti sobre quais lições a Pixar, um estúdio de animação, teria para empreendedores. Quais eram os paralelos? Fundadores de startups trabalham no caos e na incerteza. Fundadores saem do escritório para falar com clientes.

Nós criamos um produto mínimo viável (MVP, na sigla em inglês) para testar hipóteses e nossa visão, e construímos uma cultura inovadora. Nunca me ocorreu que diretores de filmes de animação 3D na Pixar poderiam ser os mesmos “empreendedores como artistas”.

Acontece que eles são. Na verdade, o processo criativo da Pixar tem várias lições para fundadores de startups e inovadores corporativos. Confira algumas lições sobre inovação que podemos aprender com a empresa de animação mais famosa do mundo.

Ação

A Pixar é um estúdio de cineastas. Isso significa que toda a empresa é gerida por diretores (os artistas), e não por executivos de gestão com MBAs ou modelos financeiros ou departamentos de desenvolvimento.

Um diretor da Pixar é o equivalente ao fundador de uma startup. Na Pixar, a visão do diretor para um filme é como a visão para uma empresa. O diretor começa com a visão para uma ótima história que ele quer transformar em uma animação. No primeiro dia, tudo que ele tem é a visão - ele não sabe ainda o caminho exato para transformar aquilo em um filme. Exatamente como um empreendedor.

Diretores usam as habilidades que têm para contar uma história atraente e convencer a gestão de que a ideia inicial é poderosa o suficiente para ser concretizada. Para conseguir a aprovação, constroem um time, saem do escritório para pesquisar e, às vezes, pivotar a história, à medida que refinam a visão sobre o filme.

Uma vez que a ideia é aprovada, a empresa organiza os recursos técnicos e de produção, centenas de pessoas por trás daqueles diretores, para transformar a visão em uma realização incrível que atraia milhares de pessoas.

Valores da empresa de animação que é sucesso no mundo

Quando a Pixar começa um novo filme, ele ainda não existe. É só uma ideia na cabeça do diretor (ou, no caso de uma startup, do empreendedor). Como o diretor transforma essa ideia em realidade é exatamente como um empreendedor cria uma startup - uma combinação de visão, campo de distorção da realidade, tenacidade e persuasão.

Assim como fundadores, diretores desenvolvem modelos mentais para buscar um destino desconhecido: eles “dão uma viajada”. Alguns diretores veem isso como encontrar um caminho para fora de um labirinto, procurar uma luz no fim de um túnel ou descobrir uma montanha enterrada.


Na Pixar, se você é um diretor com paixão por um projeto, você faz o pitch de um MVP simples - nesse caso, um storyboard, que é uma ilustração bruta, um esboço, que ajuda a contar uma história página por página. Se você consegue convencer John Lasseter, o Diretor Executivo de Criatividade, o filme recebe sinal verde, ou seja, recebe verba para produção. O processo é o mesmo se você faz um pitch para um fundo de VC.

Um dos sistemas da Pixar para manter o filme em um desenvolvimento regular é garantir doses frequentes de feedback aberto e honesto de outros diretores experientes, em reuniões habituais chamadas de Braintrust. Um diretor compartilha o progresso da obra em forma de storyboards, demonstrações, etc. (o que na startup chamaríamos de MVP), e as críticas são: “você considerou X, ou pensou sobre Y?”

Diretores são livres para criar as próprias soluções. Contudo, se os feedbacks são dados e nada muda… aí temos um problema. E se o diretor perde a confiança no time de apoio, a gestão da Pixar interfere.

Nas incubadoras Lean Launchpad e I-Corps, nosso equivalente de Braintrust são reuniões semanais, em que times apresentam o que aprenderam falando com clientes e seus MVPs, enquanto instrutores dão feedbacks contínuos.

Os assassinos da inovação

Ed Catmull aponta que um dos impedimentos para inovar é o medo de falhar. Em uma cultura baseada no medo, as pessoas evitam o risco. Eles replicam o que já sabem que deu certo no passado. Sua solução na Pixar foi fazer os diretores falarem de seus erros e sua parte de responsabilidade neles.

Tratar do fracasso, publicamente, com inovadores respeitados, cria um ambiente seguro para outros se arriscarem.

O segundo insight de inovação da Pixar é o poder da tentativa e erro - a noção de falhar rápido (um dos princípios da Lean Startup).

Catmull diz que até as pessoas mais espertas não preveem todos os resultados possíveis de uma ação. Gestores que planejam demais levam mais tempo para descobrir que estão errados. Eles veem a mudança como uma ameaça ao modelo de negócios existente - e é. Interesses próprios motivam a oposição a mudanças, mas a falta de atenção própria reforça isso ainda mais.

Finalmente, a observação de Catmull de que “a originalidade é frágil” serve tanto para o processo da startup quanto para a produção de filmes. Nos primeiros momentos da Pixar, a originalidade estava longe de ser bonita. Esboços de filmes lá são chamados de “bebês feios”. No entanto, embora possa ser feio, é o oposto daquilo que é estabelecido e enraizado.

Gestão da inovação

Dailies

As primeiras fotografias de cenas são a forma que animadores (e cineastas) mostram e mensuram seu progresso. Todos podem comentar, mas o diretor decide o que alterar, se algo se alterar. Dailies são o equivalente a mostrar as iterações no seu MVP.

Pesquisas de campo

A Pixar queria evitar a armadilha de cortar e remontar partes feitas para filmes antigos, então eles estabeleceram as pesquisas de campo (o “sair do escritório”) para garantir autenticidade e evitar clichês. Animadores voaram para o Havaí e praticaram mergulho para fazer “Procurando Nemo”, foram para a Escócia enquanto produziam “Valente” e dirigiram pela Rota 66 para fazer “Carros”. Os vídeos da Pixar parecem autênticos, porque são reflexos do mundo real.

Lean Startups são construídas em torno das mesmas noções das pesquisas de campo da Pixar. Para as startups, não há fatos que estejam dentro do escritório, então os empreendedores têm que dar o fora dali. Eles trabalham duro para entrar na pele do cliente, para entender suas necessidades e desejos e experienciar sua rotina.

Pivot

Diretores podem pivotar, contanto que seu time acredite nas razões para a mudança de rumo. Quando você perde a confiança do seu time, eles se mandam.

O mesmo acontece com empreendedores. Se o pivot não dá certo ou o conselheiro da Pixar sente que, mesmo depois de vários feedbacks, o filme ainda está indo pela direção errada, eles substituem o diretor - exatamente como seria se um empreendedor perdesse a confiança do seu Conselho Administrativo.

O poder dos limites

Apesar de os filmes da Pixar serem incrivelmente detalhados, uma de suas maiores forças é saber quando parar. Em uma startup, saber focar apenas no que é necessário é a arte do fundador.

“Autópsia”

Depois que um filme é finalizado, a Pixar combina uma “autópsia”, uma reunião que resume o que deu certo, o que deu errado e o que poderiam fazer melhor. Nas aulas da Lean Launchpad e I-Corps, os professores fazem autópsias semanalmente e uma conclusão ao fim da aula. Mais importante, a apresentação final dos times não é um “demo day”, mas uma apresentação de “lição aprendida”, resumindo quais eram suas hipóteses, o que fizeram e o que aprenderam.

Lições aprendidas

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